Na ocasião
especial depois do resultado das eleições, achei interessante aproveitar o
momento para suscitar ligeira avaliação sobre a gestão do presidente da
República, evidentemente sob a minha ótica, tendo por base a minha experiência de
vida.
Quando se
faz o balanço do desempenho do governo, é preciso discorrer sobre toda gestão,
mas a minha análise cinge-se a apenas alguns aspectos que, possivelmente, podem
ter tido influência direta na decisão dos brasileiros quanto à descontinuidade dele
no Palácio do Planalto.
Não
comento as realizações benéficas do presidente do país, porque as considero
como sendo atos próprios por força do dever funcional de quem se elege somente
para fazer o bem e o melhor para o povo e o país.
Isso não
pode ser considerado como mérito funcional para o fim de compensar o que aconteceu
de notório desvio de rota, uma vez que esta falha é sim que precisa ser anotada,
para ser devidamente censurada, exatamente pela forma inaceitável da sua inadequação
às metas prometidas na campanha eleitoral, de somente implementação de boas e
proveitosas ações em prol do povo.
De antemão,
pode-se dizer que, no geral, como estadista moderno, evidentemente sem compará-lo
a ninguém, o desempenho dele foi bem
abaixo da crítica, vejam bem, sob o prisma do estadista, porque ele não teve condições
normais para tomar posse como verdadeiro chefe de estado e de governo, à vista
do seu comportamento como mero vigário que vigiava os paroquianos e a tudo, permitindo-se
abdicar da sua principal função de governar com eficiência o país, de fato e de
direito, função especial para a qual ele foi eleito pelo desejo do povo.
Vejam-se
que as principais políticas públicas foram relegadas a segundo plano, quando o
governo de verdade teria cuidado, de forma prioritária, da reformulação administrativa,
cuidando, em essência, da melhoria da educação, da saúde pública, da
infraestrutura, da segurança pública, da modernização da gestão pública, por
meio da reestruturação de todas as políticas de incumbência constitucional do
Estado, que praticamente ficou acéfalo, em termos de competência e eficiência
administrativas.
Na
verdade, o presidente do país estava muito mais interessado nos assuntos potencialmente
discutidos na mídia e na imprensa, para acompanhar as notícias referentes ao
seu governo, porque ele tinha interesse em discutir com políticos de baixo
clero, artistas, cantores e com as pessoas que falavam mal do seu governo.
Ressalvado
o belíssimo trabalho do Ministério da Infraestrutura, com muitas e importantes obras
realizadas e inauguradas, no território nacional, o que também não chega a ser
nenhuma novidade, porque todo governante se elege para produzir o melhor para o
país e muitas obras em benefício da população, o desempenho dos demais
ministérios não se destaca em absolutamente nada, em forma de bons exemplos que
mereçam aplausos, ante a inexistência de resultados excepcionais.
Verifica-se
que o governo não se empenhou em movimento e mobilização para exigir que os
demais órgãos conformados com a mera rotina administrativa apresentassem
projetos importantes e até revolucionários, em termos de, ao menos, justificar
a existência de mais de vinte ministérios, que deveriam ter a iniciativa de
mostrar serviços em benefício da sociedade, muito além do que vem sendo feito,
que tem sido a mera manutenção da máquina pública.
A esperança
de muitos brasileiros era a de que o presidente da República se despertasse da
letargia que o dominava por todo o seu governo, quando ele se manteve em estado
de permanente sentimento de golpismo à vista, por suas atitudes, a ponto de
dizer, em ato público, que não cumpriria mais decisões de ministro do Supremo e
outras aleivosias improprias de verdadeiro estadista, fatos estes que o
distanciavam das verdadeiras funções do governante preocupado estritamente com as
suas legítimas funções de mandatário da nação.
É
evidente que muitos fatos marcaram a atuação pífia do presidente do país, mas o
seu governo, em particular, vai ficar marcado, em cores vivas, pelas reiteradas
agressões e acusações a integrantes do Supremo Tribunal Federal, que ajudaram a
empurrá-lo, de modo intencional e proposital, para as profundezas do abismo,
com as consequências mais terríveis para os brasileiros, diante dos péssimos
reflexos de toda ordem, em especial, para a economia, com influência no desempenho
do mercado financeiro, que entravam em constantes abalos estruturais, por causa
do desequilíbrio emocional e psicológico dele.
Nem se
fale da terrível crise causada apela pandemia do coronavírus, em cujo combate
ele se houve da mais lamentável maneira possível, quando decidiu protagonizar o
que foi denominado de negacionismo, em que ele entendeu de intervir diretamente
no gerenciamento da saúde pública, sem ter qualquer experiência na área, se
metendo, de forma indevida, em todos os assuntos muito mais do que o próprio órgão
incumbido constitucionalmente da saúde pública, que também teve desempenho desastroso,
em tudo, inclusive na compra das vacinas.
A propósito,
o Ministério da Saúde ficou quase acéfalo, sendo dirigido por estrategista em
suprimento de material do Exército, sem noção alguma de saúde pública, enquanto
o vírus da pandemia consumia, em escala progressiva, milhares de vidas humanas,
em razão da visível omissão do governo, que demorou para comprar vacinas,
permitindo atrasou de quase um mês do início da imunização da população,
quando, a partir de então, o quadro de mortes teve real declínio, com alívio
das internações de doentes.
Em que pese
todo esse desastre na imunização, não poucos foram os atritos causados por ele no
seio da sociedade, quando ele resolveu ser contra às orientações emanadas pelo
próprio governo, quando se aglomerava com o povo, sem máscara, e, para agrava
ainda mais a situação, o presidente do país resolveu, pasmem, não se vacinar,
sendo péssimo exemplo de estadista que tem a obrigação de ser o espelho para a população,
como seu fiel protetor, por meio de boas e saudáveis atitudes próprias do cargo
presidencial, que não tem nada a ver como pessoa, que é livre para pensar e
agir como bem quiser.
À toda
evidência, faltou ao governo a experiência dita por muitos brasileiros quanto a
ausência de efetivas mudanças na administração do Brasil, em no que se refere
às transformações nas estruturas do Estado, que não pode permanecer estático na
operacionalidade das suas funções básicas, ante a necessidade da reformulação, do
aperfeiçoamento e da modernidade, justamente para melhor satisfazer aos objetivos
institucionais.
Infelizmente, o presidente da República
desperdiçou excelente oportunidade para promover revolução nas estruturas da
administração pública, que poderia ter contribuído com a implementação de medidas
de modernidade, moralidade, competência, eficiência, equilíbrio, tolerância,
sensibilidade, racionalidade, compromisso com a verdade, entre outros componentes
necessários à harmonização de medidas capazes de ter levado o Brasil facilmente
ao desenvolvimento socioeconômico, mostrando o seu bom desempenho como verdadeiro
estadista, apenas preocupado com o bem comum do povo.
A síntese
da verdade é que os pontos fracos do mandatário do país contribuíram, de forma
decisiva, para que ele entregasse, de bandeja e mão beijada, o seu governo a
pessoa que é símbolo de incompetência e de desonestidade, à luz dos fatos
históricos, quando esse desastre jamais poderia ter acontecido, caso os ensinamentos
do bom estadista tivessem sido a cartilha de quem preferiu trilhar por caminhos
próprios, que o conduziram ao verdadeiro abismo, por permitir que o Brasil passe
a ser governado pelo socialismo, com o adjunto de todas as desgraças possíveis
e imagináveis.
Os fatos ocorridos neste governo mostram que o Brasil
carece sim do competente e eficiente estadista, para cuidar exclusivamente da
defesa dos interesses da população e ainda sobrar bastante tempo para que eles
possam revolucionar a gestão pública, com a execução de muitas e importantes mudanças
e obras de impacto, porque estas medidas são indispensáveis à propulsão do
desenvolvimento que tanto anseiam os brasileiros.
Brasília, em 8 de novembro de 2022
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