Em
mensagem postada no Facebook, uma pessoa disse que estava feliz por ter votado
no presidente eleito à Presidência da República, tendo explicado que a vitória
dele deverá ser aceita por todos, porque o voto em determinado candidato faz
parte do processo democrático.
Em
mensagem, eu disse que é terrivelmente desolador se falar em democracia para se
amparar a eleição de quem não consegue preencher os requisitos de conduta
ilibada e idoneidade, na vida pública, que é condição sine qua non para
a prática de atividades políticas, em todas às suas formas.
No
caso, o governo dele se envolveu em esquemas criminoso de monstruoso desvio de
dinheiro e de recebimento de propina, tendo a cumplicidade por parte de
antipatriotas para se eleger, que ainda não se envergonham de se esbaldar de
felicidade, quando deveriam se sentirem culpados, tristes, acabrunhados, pelo
protagonismo da desgraça ao Brasil e aos brasileiros.
É
muito degradante que a pessoa não consiga perceber a deformidade moral em
ajudar a eleger pessoa implicada na Justiça, por responder a processos penais, para
presidir o país, como se isso fosse motivo de orgulho democrático para a nação,
quando deveria se envergonhar diante da sua cumplicidade com quem é acusado pelo
envolvimento do desvio de recursos públicos.
Pobre
Brasil, cujos filhos ficam felizes com a volta ao poder de ex-presidiário, que
não conseguiu provar a sua inocência quanto aos casos denunciados à Justiça
contra ele, tanto que ele foi condenado à prisão, pela prática dos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Isso
significa dizer que se trata motivo suficiente de incompatibilidade para o
exercício de cargo público eletivo, caso muitos eleitores tivessem vergonha na
cara e desejassem respeitar os verdadeiros princípios da democracia, da
honestidade, da moralidade e da dignidade, na administração pública, porque
eles foram instituídos somente para o respaldo de atos legitimados pelas lisura
e imaculabilidade, na vida pública.
Diante
dessa clara manifestação de apoio a autêntico político que teve seu governo
envolvido em atos terríveis de desonestidade, é preciso se lamentar pela
compreensão de pessoas de que isso possa se inserir na prática democrática,
porque não há a menor possibilidade de que ela possa respaldar a assunção de
político em plena decadência moral a qualquer cargo público.
Na verdade, a pessoa teria chegado, ao que tudo indica, à simplista conclusão no sentido de que esqueçam o passado sujo do político, na vida pública, de vez que o povo o aceita da maneira como ele é, com os seus aleijões e as suas deformidades alheios aos princípios republicano e democrático, à vista do resultado das urnas.
Trata-se,
na verdade, da evidenciação do desmemoriamento de pessoas para a aceitação de algo
que não encontra justificativa nem muito menos amparo na democracia, que tem
como princípio o respaldo a real dignificação dos atos da vida pública.
Brasília,
em 14 de novembro de 2022
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