quarta-feira, 16 de novembro de 2022

O pensamento é livre?

            Diante de crônica da minha lavra, uma pessoa houve por bem suscitar dúvidas sobre o desempeno do presidente da República, a par de pretender que eu justificasse atos praticados pelo governo.

Devo esclarecer que não tenho obrigação de explicar coisa nenhuma sobre absolutamente nada, porque não escrevo em nome do governo nem faço propagando em prol dele, mas mostro, no caso, de acordo com os fatos e os pronunciamentos do próprio candidato da esquerda, a realidade do que aconteceu, conforme vídeos que circulam nas redes sociais, em que ficam expostas as deficiências inerentes ao seu desempenho no governo dele.

          A verdade é as investigações da Operação Lava-Jato mostraram a extensão dos rombos causados nos cofres da Petrobras, em especial, no que diz ao envolvimento dele como um dos responsáveis pelos crimes, como no caso dele, que já foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e isso é fato capaz de desabonar a conduta dele.

Escrevo com base no meu pensamento e muito do que você disse é verdade, mas nem por isso eu tenha que explicar nada, mesmo porque eu não levanto a bandeira em prol do governo, porque reconheço que o Brasil merece ser presidido por estadista de verdade.

Acontece que a polarização obriga que fosse escolhido o menos ruim e foi isso que fiz, com o descarte do candidato da esquerda, à vista do seu terrível currículo de homem público, que foi capaz de liderar, no governo dele, os esquemas criminosos do mensalão e do petrolão.

Apenas digo, conforme mostram os fatos que o candidato eleito, se tivesse um pingo de sensibilidade política, ele jamais se apresentaria como representante do povo, porque ele responde a processos penais na Justiça, além de já ter sido julgado e condenado à prisão por improbidade administrativa, em razão de não ter conseguido provar a sua inocência quanto aos fatos de que tratam as ações penais pertinentes e isso é fato comprovado, da maior gravidade, ante os princípios republicano e democrático.

Quem achar que ele tem algum mérito, é o mesmo direito de quem acha que ele não tem as menores condições morais e cívicas sequer para praticar atividades políticas, porque ele é incapaz de atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, exatamente porque responde a ações penais, na Justiça, o que vale dizer, quer queira ou não, que ele é autêntico ficha suja, enquanto não conseguir limpar o nome dele junto à Justiça.

Sem nenhuma intenção de defender o presidente do país, impõe-se que se reconhecer que ele carrega consigo muitos defeitos e os fatos mostram isso, mas ele tem condições de atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, porque inexiste processo penal ou criminal contra ele, na Justiça.

É preciso ficar claro que há mensagens em vídeos, que circulam nas redes sociais, mostrando o candidato eleito criticando a restrição de abortos no Brasil, por entender que se trata de política pública, de condenar a polícia porque prende e judia de quem rouba celular, apenas para suprir a necessidade de tomar cervejinha, além de dizer que se ressente da falta de invasões de propriedade particulares.

Isso dá a entender que todos os desvios de civilidade, quase inexistentes no atual governo, nesse particular, poderá voltar à normalidade na próxima gestão, além de outras manifestações contrárias aos princípios humanitários, que não condizem com as condutas e os costumes de paz e harmonia social.

Enfim, a democracia é o campo político que permite que as pessoas possam se expressar livremente, inclusive fazendo os comentários e as análises sobre os fatos da vida, de forma equilibrada e justa, sem necessidade de acusar nem criticar desnecessariamente ninguém, salvo quando os debates passarem para outro contexto de acusações injustas, quanto mais em se tratando de política, que tem contado com a influência da ideologia, em que todos têm razão e, ao mesmo tempo, ninguém tem razão, porque o direito de opinião é livre e pessoal e se conforma com o pensamento e a verdade de seus intérpretes.


        Brasília, em 16 de novembro de 2022

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