quarta-feira, 9 de novembro de 2022

À luz da verdade?

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, o mais famoso ministro do Supremo Tribunal Federal, que também é o presidente do Superior Tribunal Eleitoral, declarou, com ênfase, o seguinte: “A última questão do nosso simpatizante aqui de governo corrupto, colocado para fora do Brasil, pela corrupção, pela falta de vergonha na cara, de ter roubado bilhões e bilhões. Se ao invés de roubar bilhões, tivessem investido na segurança. Se ao invés de desviar dinheiro para construir porto em Cuba, tivessem investido em presídios, nós estaríamos muito melhor.”.

A manifestação do ministro do Supremo, conforme mostra o aludido vídeo, guarda perfeita harmonia com a realidade dos fatos, quer queiram ou não, porque ele faz afirmações à luz dos reais acontecimentos, mencionando e acusando legítimos e precisamente os atributos de governo liderado por político que é a síntese da desonestidade na vida pública, à vista das investigações policiais e sentenças judiciais, confirmando a existência de fortes esquemas criminosos na gestão dele.

O ministro tem sim sublime autoridade para a confirmação da verdade sobre a rapinagem havida no governo do candidato eleito, porque não poderia haver manifestação diferente, uma vez que ela tem por base decisões judiciais, confirmadas em três instâncias do Poder Judiciário, no caso das condenações à prisão do futuro presidente da República, por ele ter sido envolvido em recebimento de propinas com recursos públicos.

A declaração do ministro mostra, que ele é fonte confiável com capacidade para autenticar a fidelidade dos fatos, quando ele diz o que realmente foi o governo da pessoa que se envolveu em falcatruas, fato que ajuda à compreensão sobre o tamanho do nível de muitos brasileiros que entendem que pessoa com as qualidades mencionadas pelo ministro tem condições morais, em especial, à vista dos princípios de imaculabilidade e honestidade, com capacidade para presidir o país com a grandeza continental do Brasil.

É bem se ver, que o Brasil sempre foi respeitado por sua dignidade como nação honrada, antes dos governos da esquerda, sob a visão interna e dos mundos, que nunca havia sido comandado por pessoa dessa linhagem, que a tanto nem chega a envergonhar os seus eleitores, porque certamente eles estão plenamente sintonizados com o status quo de desmoralização e esculhambação na gestão pública, conforme mostram os fatos e os resultados das urnas.

A declaração do ministro certamente foi dada ainda quando os brasileiros tinham vergonha na cara e estavam absolutamente conscientes sobre o verdadeiro significado dos salutares princípios da moralidade, da ética, da honestidade, da legalidade, da dignidade, entre outros, na administração pública, o que vale dizer que eles tinham a exata compreensão sobre a necessidade, sob a ótica da civilidade, da integridade e do zelo para com a coisa pública, que não se permitia, porque era considerado ato irregular, proibido se desviar recursos dos contribuintes para atividades estranhas às finalidades públicas.

Esse fato apenas demonstra a normalidade de uma sociedade sadia, digna e respeitada, justamente quando imbuída da defesa dos bons princípios e das melhores condutas de cidadania, em harmonia com o mundo evoluído, sério e civilizado, em termos de valorização da grandeza republicana e democrática.

Infelizmente, a partir do próprio ministro, que convergiu ao pensamento contrário do seu discurso, sem que nenhum fato novo tenha ocorrido, nesse ínterim, para possibilitar a mudança de entendimento, uma vez que o objeto causador da afirmação dele, no sentido de que o político é desonesto, por ter comando governo corrupto, continua intacto, com plena validade, não justificando comportamento de leniência com a desonestidade na administração pública.

Isso demonstra que algo muito estranho pode ter acontecido na mentalidade dele e na de 60 milhões de brasileiros, que abraçaram político absolutamente insignificante, em termos de moralidade e dignidade perante a vida pública, conforme a confirmação nesse sentido na declaração do ministro do Supremo, feita em estrita consonância com a realidade dos fatos havidos, na certeza de que, contra fatos, não há argumentos.

Afinal, que aceitem ou não, porque os fatos falam mais alto, as declarações do superministro do Supremo têm o condão de patentear a falta de personalidade moral daqueles que apoiaram a candidato que, sabidamente, liderou governo desonesto, em razão de ter, na sua gestão, havido o desvio de bilhões de reais, em especial, dos cofres da Petrobras.

O mais grave de tudo isso é que ele não teve o mínimo de escrúpulo por tamanha degradação moral, tanto que ele não se preocupou em prestar contas por seus atos perante a Justiça e a sociedade, que votou nele de olhos vendados, como se ele tivesse condições de comprovar conduta ilibada e idoneidade, na vida pública.    

A verdade é que essa dura realidade compromete seriamente a grandeza de brasileiros, que demonstraram, com a força do seu coração, por meio do voto, o sublime sentimento de amor à desonestidade na vida pública, diante da aceitação, sem nenhuma restrição, ao menos da exigência de que o candidato eleito tivesse a dignidade de, antes, limpar seu nome perante a Justiça e a sociedade, porque isso seria o mínimo por parte da obrigação cívico-política dele, em respeito aos valores de honradez do Brasil e dos brasileiros.

Brasília, em 9 de novembro de 2022

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