Conforme
notícia publicada na imprensa, o presidente da República teria reclamado do
longo interregno entre a proclamação do resultado da votação e a posse no
candidato eleito.
Eis
a notícia que corre nas redes sociais: “Jair Bolsonaro (PL) se queixou do
tempo que terá de esperar até que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), tome posse, no dia 1° de janeiro de 2023. O ex-capitão fez a
reclamação a interlocutores que o visitavam, segundo coluna da Mônica Bergamo,
na Folha de S. Paulo. O atual chefe do Executivo disse que a lei deveria mudar,
permitindo que o novo governante tomasse posse logo após a abertura das urnas.
Ele apontou ainda que a longa espera é aflitiva. De acordo com Bolsonaro, o
presidente que deixa o cargo já não tem poder algum e suas opiniões são
irrelevantes. Portanto, restaria a ele ficar batendo ponto, esperando o tempo
passar. Na ocasião do encontro com os interlocutores, o atual chefe do
Executivo passou a impressão de que estava chateado e triste por ter perdido o
pleito, algo que não esperava.”.
Essa
é a notícia que circula na mídia e que não foi nem confirmada nem desmentida
pelo governo, embora se trate de informação da maior importância para o povo, que
vem se sacrificando nas ruas, em permanente vigília, implorando, nas frentes de
quartéis, por socorro por parte de quem tem o dever de atender ao clamor
popular ou, na pior das hipóteses, esclarecer o que realmente vem pensando em
fazer diante de gravíssima crise político-eleitoral que grassa no país.
Na
verdade, tem sido sepulcral o silêncio do presidente do país, acerca desse
assunto, depois das eleições, em total contraste com o comportamento dele em situação
como essa, em que ele sempre liderou os movimentos de protestos contra os atos
anticonstitucionais protagonizados por outros poderes.
No
presente momento, seria importante a palavra oficial do presidente do país,
diante da crise político-eleitoral que foi instalada depois do fechamento das
urnas.
Isso
vale dizer que o líder dos conservadores tem o dever de informar ao povo que
ele se sente confortável com o apoio popular e vem se esforçando para correspondê-lo,
se for o caso, por meio de medidas que estão sendo estudadas, com vistas à
busca do necessário saneamento dos questionamentos suscitados sobre o resultado
da votação.
Enfim,
não se trata de se questionar os meios de comunicação que divulgam os fatos, mas
sim a sua verdadeira versão, se eles procedem ou não e isso somente é possível
se houver confirmação ou desmentimento da notícia em si, como no presente caso,
que não houve manifestação oficial alguma sobre a possível queixa presidencial,
uma vez que a transparência é fundamental no governo, em especial quando se trata
de momento crucial de crise, em que a sociedade se impacienta, à espera de notícias
sobre a verdade dos fatos.
Brasília,
em 21 de novembro de 2022
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