Diante de cerradas hostilidades
por parte de brasileiros contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, em
visita a Nova York, um ministro perdeu a paciência com um manifestante e disse:
"Perdeu, mané, não amola!", evidentemente se referindo ao
resultado da eleição presidencial.
A cena foi gravada e
postada no Instagram e logo viralisou, justamente porque essa vulgar expressão
é domínio das gangues de delinquentes que assaltam e roubam e, como consolo,
eles pronunciam exatamente esse texto, que o ministro nem se preocupou em
expressá-lo, como se isso, para ele, também fizesse parte do vocabulário dele e
da sua turma, que não se preocupam em ser lembrados por expressão chula usada
por criminosos.
Trata-se de resposta de
ministro, em linguagem comum na comunicação no submundo da criminalidade, o que
bem demonstra a soberba de parte da elite de servidores da República, que não se
envergonha de perder a compostura e o respeito, quando ele deveria primar pela
defesa do honra do relevante cargo de ministro da suprema corte da Justiça
brasileira.
O ministro perde excelente
oportunidade para ser elegante, civilizado e respeitoso para com o contribuinte
que paga o subsídio dele, que exige que ele seja sempre educado e modelar como
homem público, uma vez que ele tem o dever de representar a dignidade da
Justiça brasileira, que sempre se engrandece quando seus membros defendem a linhagem
do decoro e da dignidade perante a sociedade e o mundo.
A linguagem usada pelo
ministro é considerada das mais vulgares, uma vez que a expressão em si é a
forma maldosa do bandido consolar a sua vítima, em forma de autêntica crueldade,
sempre depois de assaltá-la, mostrando todo o seu desprezo ao ser humano, que
tem sido alvo da criminalidade desenfreada e incontrolável no país tupiniquim,
infelizmente.
Quando um ministro do
Supremo não se ruboresce em usar expressão tão apropriada à normalidade da criminalidade,
isso mostra completa decadência de um povo, que se conforma com a mediocridade
no seio da República, haja vista que pouco se viu ou nada foi visto que a mídia
tivesse condenado atitude tão vil, com a contundência que o caso exige, porque
isso serve de precedente perigoso e totalmente inaceitável, sob o prisma da
evolução da humanidade.
Ao tentar menosprezar o
brasileiro, com verdadeiro ar de deboche e superioridade, a atitude do ministro
denota verdadeiro escárnio, em desrespeito à liturgia do relevante cargo de
ministro da mais alta corte de Justiça do Brasil, que não se envergonha em
descer ao submundo da criminalidade, com o emprego de recurso linguístico do
domínio da delinquência que ele tem o dever de combater.
Nem precisa perguntar
que país é este, porque, possivelmente, em nenhum outro país, evidentemente,
fora o Brasil, uma alta autoridade da República teria condições de protagonizar
tamanha mediocridade, em público, mesmo como forma de tentativa de se rechaçar
hostilidade, que sempre há maneira inteligente de se contorná-la sem
necessidade da vulgarização da autoridade ministerial.
A verdade é que o ministro
quis que a sua reputação ganhasse a dimensão tal, por conta e risco da sua
soberba, exatamente dizendo o que pensa sobre quem perdeu a disputa
presidencial, sem o menor respeito à dignidade que merece o ser humano, uma vez
que a expressão por ele usada apenas banaliza, no seio da sociedade, o
sentimento comum no submundo da criminalidade, que precisa urgentemente ser
combatida e banida, como forma de se contribuir para a evolução da humanidade.
Brasília, em 18 de novembro
de 2022
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