sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Só Soberba!

 

Diante de cerradas hostilidades por parte de brasileiros contra integrantes do Supremo Tribunal Federal, em visita a Nova York, um ministro perdeu a paciência com um manifestante e disse: "Perdeu, mané, não amola!", evidentemente se referindo ao resultado da eleição presidencial.

A cena foi gravada e postada no Instagram e logo viralisou, justamente porque essa vulgar expressão é domínio das gangues de delinquentes que assaltam e roubam e, como consolo, eles pronunciam exatamente esse texto, que o ministro nem se preocupou em expressá-lo, como se isso, para ele, também fizesse parte do vocabulário dele e da sua turma, que não se preocupam em ser lembrados por expressão chula usada por criminosos.

Trata-se de resposta de ministro, em linguagem comum na comunicação no submundo da criminalidade, o que bem demonstra a soberba de parte da elite de servidores da República, que não se envergonha de perder a compostura e o respeito, quando ele deveria primar pela defesa do honra do relevante cargo de ministro da suprema corte da Justiça brasileira.

O ministro perde excelente oportunidade para ser elegante, civilizado e respeitoso para com o contribuinte que paga o subsídio dele, que exige que ele seja sempre educado e modelar como homem público, uma vez que ele tem o dever de representar a dignidade da Justiça brasileira, que sempre se engrandece quando seus membros defendem a linhagem do decoro e da dignidade perante a sociedade e o mundo.

A linguagem usada pelo ministro é considerada das mais vulgares, uma vez que a expressão em si é a forma maldosa do bandido consolar a sua vítima, em forma de autêntica crueldade, sempre depois de assaltá-la, mostrando todo o seu desprezo ao ser humano, que tem sido alvo da criminalidade desenfreada e incontrolável no país tupiniquim, infelizmente.

Quando um ministro do Supremo não se ruboresce em usar expressão tão apropriada à normalidade da criminalidade, isso mostra completa decadência de um povo, que se conforma com a mediocridade no seio da República, haja vista que pouco se viu ou nada foi visto que a mídia tivesse condenado atitude tão vil, com a contundência que o caso exige, porque isso serve de precedente perigoso e totalmente inaceitável, sob o prisma da evolução da humanidade.

Ao tentar menosprezar o brasileiro, com verdadeiro ar de deboche e superioridade, a atitude do ministro denota verdadeiro escárnio, em desrespeito à liturgia do relevante cargo de ministro da mais alta corte de Justiça do Brasil, que não se envergonha em descer ao submundo da criminalidade, com o emprego de recurso linguístico do domínio da delinquência que ele tem o dever de combater.

Nem precisa perguntar que país é este, porque, possivelmente, em nenhum outro país, evidentemente, fora o Brasil, uma alta autoridade da República teria condições de protagonizar tamanha mediocridade, em público, mesmo como forma de tentativa de se rechaçar hostilidade, que sempre há maneira inteligente de se contorná-la sem necessidade da vulgarização da autoridade ministerial.

A verdade é que o ministro quis que a sua reputação ganhasse a dimensão tal, por conta e risco da sua soberba, exatamente dizendo o que pensa sobre quem perdeu a disputa presidencial, sem o menor respeito à dignidade que merece o ser humano, uma vez que a expressão por ele usada apenas banaliza, no seio da sociedade, o sentimento comum no submundo da criminalidade, que precisa urgentemente ser combatida e banida, como forma de se contribuir para a evolução da humanidade.

Brasília, em 18 de novembro de 2022

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