segunda-feira, 20 de junho de 2016

Barbaridade administrativa


Nos últimos dias, o governo da Venezuela decidiu adotar medidas as mais desesperadas no país, com vistas à economia de energia elétrica, a começar pelo descomunal racionamento que obriga o fechamento de repartições públicas, escritórios, comércio e demais serviços que dependem da eletricidade.
          Em muitos casos, as repartições somente ficam abertas dois meios períodos por semana, mostrando a precariedade do fornecimento de eletricidade, que se potencializa com o racionamento de água, que é outra preocupação para a população, que não tem alternativa senão economizar, ao máximo, energia e água.
Os infortúnios nacionais da falta de eletricidade e de água se juntam ao cruel desabastecimento de gênero de primeira necessidade e de remédios, constituindo o conjunto de bens essenciais e indispensáveis à sobrevivência do ser humano, que é obrigado a se sacrificar com a compulsória contribuição para economizar o máximo de tudo que estiver ao seu alcance.
As dificuldades na prestação de serviços e na produção naquele país têm sido visíveis, diante das condições impostas pelo rigoroso controle fiscal do governo, que não libera a importação de insumos indispensáveis à produção de alimentos e de produtos para o abastecimento da população.
Um representante do grupo de defesa dos direitos humanos disse que “Há muitos problemas, mas o que eu nunca tinha visto são protestos para reivindicar simplesmente comida”.
A crescente crise econômica da Venezuela é alimentada pelos baixos preços do petróleo, que é o principal produto de exportação do país, mas ela vem sendo agravada por forte estiagem que abalou a geração de energia elétrica e por longo declínio na produção manufatureira e agrícola, que também contribuiu para complicar a vida política do presidente do país, que foi obrigado a decretar estado de emergência, em demonstração de extremo sufoco administrativo.
Especialistas políticos avaliam que as graves e sucessivas crises político-administrativas contribuíram, de forma decisiva, para a perda de apoio da população ao presidente, que sente o distanciamento do governo até mesmo de importantes membros de seu partido socialista.
De igual modo, antigos aliados, como o Brasil, estão se afastando do presidente daquele país, que tem sido alvo de críticas, por sua truculência contra aqueles que se declaram contra seu programa de governo, que tem por base a Revolução Bolivariana, cujos fundamentos deletérios conseguiram transformar a nação próspera em um país extremamente carente e dependente de quase tudo, deixando a população em enormes dificuldades, principalmente quando ela precisa ir às compras, pelo sacrifício do enfrentamento de filas intermináveis.
Enquanto as crises se agravam e degradam a vida da população, o governo demonstra incapacidade de encontrar solução para os problemas que se amontoam a cada dia, diante da escassez de recursos.
Os entendidos de política consideram que o afastamento da presidente brasileira se traduz em grande vitória para os brasileiros, à vista da enorme simpatia nutrida pela petista ao regime bolivariano, que se encaminhava a passos largos para também ser implantado no Brasil, com as mesmas características dos planos suicidas que arrasaram e destruíram aquele país.
          Para o bem dos brasileiros, o afastamento da presidente do poder tem o condão de quebrar o elo que o PT mantinha com o governo bolivariano, que também usa o povo como massa de manobra para se manter no poder, sob os pseudos argumentos da distribuição de renda e da proteção aos menos favorecidos, porém o real objetivo é mesmo o pernicioso viés estritamente populista, que é usado em benefício de seus ideais de plena dominação e de perenidade no poder.
À toda evidência, o mesmo destino de decadência e depauperação do Estado já estava traçado com todos planos de dominação para o Brasil, caso o governo petista tivesse ou tenha continuidade, porque a Revolução Bolivariana faz parte da dominação da esquerda para a América Latina, que tem como escopo a integração de países socialistas do século XXI, nos termos do Foro de São Paulo, largamente defendido pelas lideranças petistas.
          Mas o afastamento em definitivo desse desgraçado plano de plena dominação ainda pende da vontade dos senadores, que precisam se conscientizar sobre a crueldade ínsita do governo petista contra os brasileiros de bem, que não merecem passar pelas agruras que vem passando o povo venezuelano, que é obrigado a enfrentar racionamento de energia e de água e ainda o desabastecimento de gêneros de primeira necessidade e de remédios, além da privação aos direitos à liberdade individual e ao usufruto dos princípios democráticos, para se expressar livremente.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre os verdadeiros sentimentos da esquerda, que insiste em implantar o socialismo nas terras tupiniquins, para que o povo se preste à massa de manobra dos políticos gananciosos e aproveitadores, exatamente como acontece na Venezuela, onde a riqueza foi destruída em nome do socialismo/comunismo, que é causador da tragédia que se alastra com o poder do vigoroso declínio e da ruína sem precedentes, nas nações que optaram pelo regresso e ao subdesenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de junho de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário