Nos
últimos dias, o governo da Venezuela decidiu adotar medidas as mais
desesperadas no país, com vistas à economia de energia elétrica, a começar pelo
descomunal racionamento que obriga o fechamento de repartições públicas,
escritórios, comércio e demais serviços que dependem da eletricidade.
Em
muitos casos, as repartições somente ficam abertas dois meios períodos por
semana, mostrando a precariedade do fornecimento de eletricidade, que se
potencializa com o racionamento de água, que é outra preocupação para a
população, que não tem alternativa senão economizar, ao máximo, energia e água.
Os
infortúnios nacionais da falta de eletricidade e de água se juntam ao cruel desabastecimento
de gênero de primeira necessidade e de remédios, constituindo o conjunto de
bens essenciais e indispensáveis à sobrevivência do ser humano, que é obrigado
a se sacrificar com a compulsória contribuição para economizar o máximo de tudo
que estiver ao seu alcance.
As
dificuldades na prestação de serviços e na produção naquele país têm sido
visíveis, diante das condições impostas pelo rigoroso controle fiscal do governo,
que não libera a importação de insumos indispensáveis à produção de alimentos e
de produtos para o abastecimento da população.
Um
representante do grupo de defesa dos direitos humanos disse que “Há muitos problemas, mas o que eu nunca
tinha visto são protestos para reivindicar simplesmente comida”.
A
crescente crise econômica da Venezuela é alimentada pelos baixos preços do
petróleo, que é o principal produto de exportação do país, mas ela vem sendo
agravada por forte estiagem que abalou a geração de energia elétrica e por
longo declínio na produção manufatureira e agrícola, que também contribuiu para
complicar a vida política do presidente do país, que foi obrigado a decretar
estado de emergência, em demonstração de extremo sufoco administrativo.
Especialistas
políticos avaliam que as graves e sucessivas crises político-administrativas contribuíram,
de forma decisiva, para a perda de apoio da população ao presidente, que sente
o distanciamento do governo até mesmo de importantes membros de seu partido
socialista.
De
igual modo, antigos aliados, como o Brasil, estão se afastando do presidente
daquele país, que tem sido alvo de críticas, por sua truculência contra aqueles
que se declaram contra seu programa de governo, que tem por base a Revolução
Bolivariana, cujos fundamentos deletérios conseguiram transformar a nação
próspera em um país extremamente carente e dependente de quase tudo, deixando a
população em enormes dificuldades, principalmente quando ela precisa ir às
compras, pelo sacrifício do enfrentamento de filas intermináveis.
Enquanto as
crises se agravam e degradam a vida da população, o governo demonstra
incapacidade de encontrar solução para os problemas que se amontoam a cada dia,
diante da escassez de recursos.
Os
entendidos de política consideram que o afastamento da presidente brasileira se
traduz em grande vitória para os brasileiros, à vista da enorme simpatia
nutrida pela petista ao regime bolivariano, que se encaminhava a passos largos
para também ser implantado no Brasil, com as mesmas características dos planos
suicidas que arrasaram e destruíram aquele país.
Para
o bem dos brasileiros, o afastamento da presidente do poder tem o condão de
quebrar o elo que o PT mantinha com o governo bolivariano, que também usa o
povo como massa de manobra para se manter no poder, sob os pseudos argumentos
da distribuição de renda e da proteção aos menos favorecidos, porém o real
objetivo é mesmo o pernicioso viés estritamente populista, que é usado em benefício
de seus ideais de plena dominação e de perenidade no poder.
À
toda evidência, o mesmo destino de decadência e depauperação do Estado já estava
traçado com todos planos de dominação para o Brasil, caso o governo petista tivesse
ou tenha continuidade, porque a Revolução Bolivariana faz parte da dominação da
esquerda para a América Latina, que tem como escopo a integração de países
socialistas do século XXI, nos termos do Foro de São Paulo, largamente
defendido pelas lideranças petistas.
Mas o afastamento em definitivo desse
desgraçado plano de plena dominação ainda pende da vontade dos senadores, que
precisam se conscientizar sobre a crueldade ínsita do governo petista contra os
brasileiros de bem, que não merecem passar pelas agruras que vem passando o
povo venezuelano, que é obrigado a enfrentar racionamento de energia e de água
e ainda o desabastecimento de gêneros de primeira necessidade e de remédios,
além da privação aos direitos à liberdade individual e ao usufruto dos
princípios democráticos, para se expressar livremente.
Os
brasileiros precisam se conscientizar sobre os verdadeiros sentimentos da
esquerda, que insiste em implantar o socialismo nas terras tupiniquins, para
que o povo se preste à massa de manobra dos políticos gananciosos e
aproveitadores, exatamente como acontece na Venezuela, onde a riqueza foi
destruída em nome do socialismo/comunismo, que é causador da tragédia que se
alastra com o poder do vigoroso declínio e da ruína sem precedentes, nas nações
que optaram pelo regresso e ao subdesenvolvimento socioeconômico. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 20 de junho de 2016
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