Segundo informações
oriundas do Itamaraty, foi criada comissão para estudar e produzir levantamento
sobre a caótica situação de funcionamento do corpo diplomático brasileiro,
tendo-se em conta a quantidade de embaixadas, consulados etc.
Com rombo
inédito em suas contas, a chancelaria estima débito da ordem de R$ 3,2 bilhões
às entidades internacionais e corre sério risco de perder poder de voto em
algumas delas. O chanceler solicitou ao órgão competente do governo a liberação
da quantia de R$ 800 milhões, para sanar parte das dívidas, a par de prometer reduzir
custos.
Alguns diplomatas acreditam
que o fechamento de postos poderia causar aumento imediato dos custos, com
mudanças, rompimento de contratos e outros compromissos financeiros, mas as
dificuldades orçamentárias impõem a necessidade de estudos para o enxugamento
de postos inúteis e dispendiosos.
Normalmente,
o fechamento de embaixadas gera impacto político e muitas críticas, justamente
por contrariar interesses de segmentos da diplomacia, que não estão nada
preocupados com a situação de penúria do orçamento do Itamaraty nem do país,
cuja pasta vem passando por vexames, diante do estreitamento dos recursos que
lhe são destinados, nos últimos tempos.
Não
há dúvida alguma de que é imperioso acabar com a farra da gastança com
embaixadas, consulados ou postos absolutamente dispensáveis, situados em países
ou lugares sem a menor importância econômica ou estratégica para os interesses
do Brasil, dando a impressão de que o país tem dinheiro sobrando.
Aliás,
é preciso rever, com urgência, o plano megalomaníaco do ex-presidente petista
de abrir embaixadas até em planeta inexistente, como forma de mostrar que o
Brasil tinha força diplomática e poderia ser forte candidato ao Conselho de Segurança
da ONU, cujo projeto não passou de enorme estupidez, porque as grandes nações
perceberam a ambição ridícula de país que não tinha nem mesmo condições para
manter a segurança nacional, quanto mais integrar órgão da relevância daquele
conselho, que precisa de muita competência que passa ano-luz de distância do
país tupiniquim.
Além
do mais, o governo petista aparelhou o Itamaraty para manter excelentes
relações diplomáticas exclusivamente com países socialistas, simpatizantes do
bolivarianismo retrógrado, de modo a haver enorme distanciamento dos países
evoluídos e desenvolvimentos econômico e democraticamente, permitindo a
progressiva involução da diplomacia brasileira, que, no passado recente, havia
alcançado respeitabilidade no mundo, justamente por suas inteligência e
competência com relação às políticas internacionais.
No
governo petista, a diplomacia brasileira passou por período negro, justamente
pela imposição de ideologia que prestigiava as relações com países socialistas,
em claro desprezo ao estreitamento com as nações que poderiam contribuir para o
desenvolvimento socioeconômico, fato que contribuiu para gigantesco retrocesso
da posição de vanguarda que o país já havia conquistado, graças ao esforço ao
aprimoramento e aos avanços diplomáticos.
O
chanceler poderia empregar os princípios do bom senso e da racionalidade, para
determinar amplos e profundos estudos sobre a real situação da diplomacia
brasileira no mundo, de modo que sejam levadas em conta, de forma justificada,
a necessidade estratégica da sua existência em cada localidade e a indicação
dos benefícios propiciados para o Brasil, em termos sociais, políticos e
econômicos, aferindo, em especial, o custo-benefício das despesas, que são
monstruosas e ainda são causa de muito desperdício, luxo e suntuosidade, bem
diferentes da realidade do estado de pobreza e carência dos brasileiros e da
própria existência dos aparatos dispendiosos que levaram o país a ficar
inadimplente em diversas localidades, com persistentes cobranças que maculam a
imagem do Brasil.
O
chanceler precisa mostrar competência para enxugar, de forma expressiva, os
gastos com a diplomacia e imprimir o sistema de eficiência no funcionamento do
corpo diplomático brasileiro, pelo mundo, de modo que a sua existência seja
devidamente justificada exatamente pelos resultados benéficos aos interesses
brasileiros.
Sabe-se
que, durante os últimos governos criaram ou promoveram serviços diplomáticos
sem nenhum critério técnico sobre a sua real necessidade senão para o
atendimento de conveniência pessoal e partidária, para a satisfação de
objetivos alheios aos interesses nacionais.
O
momento de dificuldades orçamentárias exige que o chanceler adote medidas de
racionalização e aperfeiçoamento das atividades diplomáticas, de modo a
contribuir para as tão ansiadas austeridade e economicidade pelos brasileiros
que se sacrificam diante de enorme carga tributária, enquanto não há
demonstração de racionalização quanto aos órgãos da administração pública, que
precisam passar por inadiável enxugamento, para funcionar com eficiência e
efetividade. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 09 de junho de 2016
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