Integrantes do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em número de 1.400 homens,
invadiram a fábrica da Suzano Papel e Celulose, na cidade de Mucuri, sul da
Bahia.
A
ocupação causou a interrupção de algumas atividades da indústria, que é uma das
maiores de celulose do país, conforme comunicado do MST. A empresa, porém,
afirma que a planta funciona normalmente.
Além de
questionar o modelo de produção do agronegócio e defender a reforma agrária, a
manifestação também tem como alvo o governo do presidente interino, que é
considerado ilegítimo e golpista, nas palavras de um membro da direção do
movimento, que disse, in verbis: "Não aceitamos as ações deste governo
ilegítimo e golpista que se configuram num ataque às conquistas sociais da
classe trabalhadora".
Segundo
publicação do grupo, no site do movimento, o objetivo da manifestação era
defender a reforma agrária, protestar contra a extinção, pelo presidente interino, do
Ministério do Desenvolvimento Agrário e criticar o atual modelo de produção do
agronegócio.
A
Suzano é multinacional que fabrica e exporta celulose de eucalipto, cuja
plantação se caracteriza como monocultura, devido à característica da planta.
Isso faz com que, segundo o MST, a diversidade de produção no território seja
suprimida.
Além
disso, de acordo com o movimento, o uso de agrotóxicos pela empresa prejudica
as “poucas áreas cultivadas pelas
famílias camponesas” e a monocultura do eucalipto provoca “o êxodo rural de
milhares de famílias camponesas e povos originários”.
Outro
argumento do movimento contra a Suzano é de que o cultivo exclusivo de
eucalipto provoca a morte das nascentes de rios da região e o descontrole
ambiental, como a invasão de borboletas do eucalipto em algumas cidades. A nova
situação teria provocado enfermidades.
Segundo o
MST, a manifestação em tela faz parte da Jornada Nacional de Lutas, que tem por
finalidade a invasão a setores estratégicos, a exemplo das ocupações em curso
de oito sedes regionais do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária) e três da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e Parnaíba).
Nesse
caso, felizmente, as instalações da Suzano foram desocupadas por volta das 18h,
conforme informação prestada, em nota, pela direção da empresa: "A fábrica está operando normalmente e a empresa já está tomando todas
as medidas jurídicas necessárias".
Trata-se
de mais uma invasão do MST, desta feita em uma empresa modelo de competência na
produção de papéis e celulose, que emprega milhares de brasileiros e contribui,
de forma significativa, para o conjunto das exportações do país, além de ser
contribuinte que paga tributos, inclusive para manter legiões de malfeitores
trasvestidos de “sem terras” abusando da boa vontade das autoridades e da
população e que nada produzem e ainda ficam perturbando a vida de quem
trabalha, produz e recolhe tributos.
É
sem dúvida mais um ato irresponsável, destrambelhado e ilegítimo protagonizado
por desocupados e desordeiros do MST, que praticam vandalismo e colocam em
risco o emprego de inúmeras pessoas, que têm a responsabilidade de cuidar da
sua família.
O
mais grave de tudo isso é que não há temor a coisa nenhuma, nem à legislação do
país, às autoridades constituídas e muito menos às propriedades pública e
privada, principalmente diante da certeza da impunidade e da imposição de
responsabilidades pelos danos causados aos valores e aos patrimônios dos
brasileiros.
O
governo precisa impor sua autoridade, com vistas às delimitações da
responsabilidade de quem se encontra fora da lei, abusando dos limites de
tolerância da sociedade, que tem sido complacente com esse movimento que se
agigantou nas asas do governo petista e representa, agora, o seu exército, nas
palavras do todo-poderoso, tendo o poder ilegítimo de se achar no direito de
invadir onde bem entender e o faz sempre na presunção de que tudo vai ficar
como dantes no quartel de Abrantes, ou seja, ninguém do movimento será
responsabilizado pela destruição e baderna, que sempre acontecem por ocasião
das invasões ilegítimas e desafiadoras.
É
absolutamente inadmissível que o país, enfrentando graves crises de toda ordem,
com destaque para a econômica, com enorme reflexo no desemprego, submeta-se à
maluca vontade de movimento constituído por sem juízo e sem miolo, que fica
perambulando para cima e para baixo, às custas de quem tem responsabilidade,
trabalha e produz, provocando e causando desordem, com o objetivo do
atendimento de seus objetivos, como se o país não tivesse prioridades
importantes e inadiáveis.
Em
coerência com o julgamento do novo ministro da Justiça, que teria dito que não
iria permitir os atos terroristas do MST, o governo realmente não pode
transigir com as injustificáveis invasões de propriedades dos brasileiros,
devendo as autoridades constituídas pôr limites aos baderneiros, esclarecendo
que os atos de insubordinação ao ordenamento jurídico do país serão respondidos
em igual intensidade, em termos de responsabilização sobre as arbitrariedades,
inclusive com as imediatas sanções legais aos culpados, na fora de prisão dos
dirigentes do movimento e daqueles que foram identificados praticando atos de
destruição .
Convém
que o governo federal mostre autoridade perante o MST e outros movimentos sócias
que se julgam acima da lei e de todos, deixando muito claro que não serão
toleradas agressões ao direito de propriedade, à integridade social e muito
menos ao ordenamento jurídico do país, porquanto será exigido o respeito à
ordem pública, à propriedade e aos valores republicanos, sob pena de o
descumprimento dos preceitos constitucional e legal implicar as imediatas sanções
recomendadas para os casos pertinentes. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 16 de junho de 2016
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