A
Organização Mundial da Saúde (OMS) descartou cancelar ou mudar a sede da
Olimpíada do Rio de Janeiro, à vista de apelo feito por 150 especialistas, no
sentido de adiar ou transferir a competição mundial, em razão do vírus da zika,
que tem sido motivo de preocupação por parte dessa importante organização
mundial.
Segundo
a OMS, até o momento, "cancelar ou
mudar a sede dos Jogos Olímpicos não mudaria de maneira significativa a
propagação internacional do vírus da zika".
A
OMS sustentou que "As pessoas seguem
viajando a estes países por muitos motivos, a melhor maneira de reduzir o risco
é seguir as recomendações de saúde pública".
O
Brasil é o país mais atingido pelo vírus da zika, com cerca de 1 milhão e meio
de pessoas afetadas desde 2015. Outros sessenta países registraram casos deste
vírus, que se propaga através de mosquitos.
Os
mencionados especialistas alertaram que "Toma-se um risco desnecessário quando 500.000 turistas estrangeiros,
provenientes de todo o mundo, se dirigem aos jogos e se expõem à cepa, antes de
voltar aos seus países, onde a infecção pode se tornar endêmica".
Médicos
e pesquisadores das principais universidades do mundo disseram em carta que "Nossa maior preocupação é a saúde pública
mundial. A cepa brasileira do vírus da zika afeta a saúde de maneiras que a
ciência nunca havia observado antes".
Não
se pode ignorar que o vírus da zika pode causar sérios transtornos neurológicos
e microcefalia, que são formas de malformação na qual a criança nasce com a cabeça
pequena ou na qual a cabeça para de crescer depois do parto.
Embora
não veja restrição à realização da Olimpíada, a OMS, de forma absolutamente
incoerente, recomenda que mulheres grávidas não viajem aos países ou regiões
onde foram registrados casos de transmissão sexual do vírus da zika e, nesse
caso, se inclui o Rio de Janeiro.
Por
seu turno, a OMS achou por bem alertar as pessoas que viajarem ao Brasil, para
a Olimpíada, que observem as recomendações de saúde pública de seus países
antes de partir e consultar um médico.
Parece
não restar dúvida de que o pedido em referência tem completas consistência e
plausibilidade, sobretudo porque trata-se de apelo de, nada mais nada menos, 150
especialistas que têm conhecimento de causa e a sua manifestação funciona como
medida cautelar de enorme importância para a saúde mundial, considerando que o
evento terá a presença de pessoas dos continentes, que poderão ser prejudicados
com a transferência do vírus da zika para as localidades de origem dos
visitantes.
Os
governos dos países sérios e preocupados com a integridade da população
prioriza os gastos públicos no saneamento das mazelas existentes, como forma de
demonstrar a real competência da gestão pública, enquanto as republiquetas
nomeiam como metas prioritárias eventos como Copa do Mundo e Olimpíada, que são
empreendimentos próprios para países que convivem sem qualquer deficiência na
prestação de serviços públicos e que esses empreendimentos podem contribuir
para propiciar a promoção da sua imagem, diferentemente dos países atrasados
que gastam onde não há benefício para a população.
A
situação da dengue é, indiscutivelmente, motivo de muita preocupação, por se
tratar de doença endêmica que a incompetência do governo brasileiro não
permitiu controlar a sua incidência, em que pese o mundo científico ter
demonstrado que realmente há intranquilidade e insegurança diante da possibilidade
da disseminação do vírus mundo afora, sem que o governo tupiniquim assuma
qualquer responsabilidade por mais esse desastre na saúde pública, agora com possível
abrangência mundial, ficando a cargo de cada país arcar com o ônus pela
incompetência brasileira.
Os
fatos mostram, à saciedade, que os governos petistas são responsáveis pelos
micos da Copa do Mundo de Futebol e da Olimpíada, por terem causado altíssimos
investimentos em obras específicas para os eventos, cujo retorno resultaram em enormes
prejuízos para os brasileiros, à vista da concentração de recursos em projetos ou
atividades que continuam consumindo altos dispêndios, sem utilidade para a
população, enquanto as carências localizadas permanecem sem a presença do
Estado, exatamente por falta de recursos.
Convém
que os brasileiros protestem, com veemência contra a realização desses eventos
megalomaníacos, absurdos, dispendiosos, inúteis e dispensáveis, em circunstâncias
tal que o país apresenta enormes carências em áreas sociais, tendo em conta que
não há a menor razão plausível a justificá-los, ante as notórias inexistências de
serviços públicos de qualidade e de obras públicas, principalmente de
saneamento básico, que poderiam minimizar a epidemia do vírus da zika, as quais
poderiam ter sido implementadas com os recursos aplicados nas obras
superfaturadas e absolutamente injustificáveis dos eventos em comento, que se
traduzem em pesado ônus para os contribuintes. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 17 de junho de 2016
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