Na
tentativa de moralizar a aplicação de recursos públicos, o presidente da
República interino começou a chafurdar o ninho das comunicações petistas
patrocinado com dinheiro dos contribuintes, tendo determinado o corte da
principal fonte de recursos repassados para blogueiros considerados aliados e
favoráveis aos ideários petistas.
Em
declarada batalha da guerra da comunicação contra os petistas, o presidente
interino determinou a retirada do orçamento de despesas destinadas àqueles
aliados da presidente afastada, tendo bloqueado, de início, o valor de R$ 8
milhões dos R$ 11 milhões previstos para gastos, este ano, com publicidade de
ministérios e estatais, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal, como se não tivessem programas prioritários do governo.
O
governo apresentou a justificativa de que os veículos seriam "instrumento de opinião partidária",
obviamente com ácidas críticas ao atual governo e ao impeachment da petista, tendo
informado que a verba será direcionada para iniciativas de divulgação de "múltiplas opiniões", ou seja, ela
será aplicada em atividade apartidária, bem diferente da destinação inicial.
Conforme
a comunicação oficial, deixarão de receber recursos públicos blogs e sites como
Brasil 247, Diário do Centro do Mundo e Conversa Afiada, O Cafezinho, Pragmatismo Político, entre
outros meios de comunicação que tinham o objetivo de defender os programas
sociais do governo afastado, com indiscutível viés publicitário moldado com a
cara e a imagem do Partido dos Trabalhadores.
O
Palácio do Planalto esclareceu que foram preservados os contratos de publicidade
em veículos considerados apartidários e destinados à promoção de debates de
relevância pública e social, a exemplo do Observatório
de Imprensa, autodefinido como "website e programa de rádio e TV brasileiro cujo foco é a análise da
atuação dos meios de comunicação em massa no país", e o site Congresso em Foco, que se
dedica à divulgação de matérias do Legislativo.
Enquanto
o governo petista destinava milhões de reais para blogueiros fazerem
disseminação de fatos nem sempre verdadeiros, com versões exclusivamente favoráveis
ao governo, cuja gestão não passava de completo fracasso, os hospitais continuam
sucateados e as pessoas não são atendidas ou morrem por falta da devida assistência
sob a responsabilidade do Estado. É simplesmente inacreditável que ainda
existiam governo que deixava de priorizar as políticas públicas, para utilizar expediente,
com recursos públicos, para a promoção de algo que não funcionava: a gestão pública.
É
lamentável que o país, mergulhado no mar de tanta carência e muita miséria, dava-se
o luxo de permitir que o governo petista contratasse blogueiros a peso de ouro
para fazer propaganda sobre algo inverossímil, inexistente, sem o menor
aproveitamento para o interesse público, em clara demonstração de desperdício
de recursos que deviam ser aplicados em programas que beneficiem a sociedade,
que passa por privações justamente diante da escassez do dinheiro que era repassado
para futilidades e publicidades inúteis.
O
governo sensato, sério, cuidadoso e responsável precisa exigir, em cada despesa
programada, o real resultado do custo-benefício para a sociedade, como forma de
satisfação do atendimento do interesse público, determinando a apuração de
responsabilidades nos casos de desperdícios de recursos públicos, como parece
ser o repasse de dinheiro do contribuinte para blogueiros fazerem propaganda de
algo inexistente, eis que os resultados da gestão petista se traduzem em
verdadeiros assombros, à vista da generalizada insatisfação do povo.
Diante
da constatação da realização de despesas completamente dispensáveis, por não corresponderem
nem atenderem às finalidades públicas, convém que o governo se comprometa a
fazer pente-finte no Orçamento da União, com vistas a identificar os gastos que
não estejam devidamente enquadrados nos objetivos de interesse da população, de
modo a escoimá-los em definitivo e destiná-los ao atendimento de atividades que
se apresentam carentes de recursos, tendo em vista a imperiosa e urgente
necessidade de priorização das políticas públicas, em atendimento ao bem comum.
Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 10 de junho de 2016
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