Segundo
pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, encomendada pelo site de VEJA, o governo do presidente interino tem
desaprovação de 55,4% dos ouvidos no levantamento, que ainda disseram que há
pouca esperança de mudanças nos rumos da economia com o governo em exercício.
Ainda
de acordo com a pesquisa, o primeiro mês da atual administração tem aprovação
de 36,2% dos entrevistados.
O
desempenho do peemedebista é igual ao que se esperavam dele por 52,7% dos
entrevistados, enquanto, para 23,3%, ele se mostra pior que o esperado e, para
18,6%, houve melhora do que a expectativa.
As
mulheres lideram a desaprovação à gestão do peemedebista, com 59,1%, enquanto
os homens puxam o índice para baixo, em 51,5%.
O
índice mais elevado de desaprovação do presidente chega a 64,7%, na Região
Nordeste, que é tradicional reduto do PT, por sempre dar ampla vitória aos
candidatos majoritários do partido. Entre os mais pobres, com salário de até R$
1.446,00, a desaprovação é de 58,2%.
A
aprovação do presidente interino atinge 41,4% com entrevistados acima de 60
anos, elevando-se para 44,2% com os moradores do Sul do país.
Para
44,6% dos entrevistados, o afastamento da petista não deve impactar a economia.
Na opinião deles, as situações referentes à recessão e à alta no desemprego vão
permanecer como está. Na visão de 33,2% dos ouvidos, a economia vai melhorar e
pode piorar, na avaliação de 19,3%.
A
pesquisa também revela que, em comparação ao início da gestão de ambos os
presidentes, quase a metade dos entrevistados considera que pouco mudou, sendo
que 48,8% acham que a administração do peemedebista tem sido igual à da
petista, mas, para 28,9%, ele está indo "melhor" que ela, e para
16,9%, ele tem desempenho pior.
Quanto
ao afastamento da petista, 66,7% dos entrevistados não consideram golpe o
impeachment contra a democracia, fato que tem sido bastante explorado por ela e
seus simpatizantes, evidentemente por conveniência, eis que isso até se tornou principal
mantra de defesa da presidente. A absurda tese do golpe somente convenceu 29,5%
dos entrevistados, que estão convencidos dessa anormalidade jurídica.
Com
pequena maioria de 53,5%, os entrevistados acham que o presidente em exercício conseguirá
chegar ao fim do mandato, em 2018, mas outros 40,3% disseram que o peemedebista
sofrerá impeachment, ou seja, ele será afastado do cargo antes do término do
mandato.
À
toda evidência, por questão de justiça e de bom senso, a pesquisa em comento somente
mereceria a devida credibilidade se seus resultados tivessem por base elementos
exclusivamente da gestão do presidente interino, uma vez que os resultados
provenientes do rombo das contas públicas, da má administração e das mazelas da
gestão da presidente afastada não fazem sentido ser avaliados no atual
contexto, por haver incoerência quanto à dinâmica administração de ambos.
É
indiscutível que o objetivo da pesquisa é mostrar situação, em princípio, que
sirva de balizamento sobre a avaliação do desempenho dos governantes, individualmente,
em termos comparativos, mas a sua credibilidade deve se fundamentar em
resultados relacionadas com elementos e dados das exclusivas gestões da
presidente afastada e do presidente interino, uma vez que as avaliações por
parte dos entrevistados provêm, lamentavelmente, ainda da economia em
frangalhos e da inexistência de empregos e produção, impedindo que haja
investimento e confiança na gestão do peemedebista, comparativamente com a da
petista.
Não
parece justo que o presidente interino seja julgado por atos que não tenha
cometido, principalmente no que diz respeito aos desastrosos resultados da
economia, porque ele pegou o país em completa destruição, em recessão
econômica, desemprego em pleno vapor, inflação, juros e dívidas públicas nas
alturas, com a retirada do capital estrangeiro, porque os investidores não confiavam mais na então presidente do país,
diante de tantas mazelas que contribuíram para travar o processo de
desenvolvimento.
Parece
impossível se fazer avaliação sobre o desempenho da gestão do presidente
interino, quando os indicadores econômicos são praticamente todos do governo dela,
porquanto os dados de avaliação são absolutamente negativos e atrelados às
políticas adotadas na administração anterior, o que significa dizer que o
resultado da pesquisa não pode ser considerado normal, por se basear em
elementos inadequados.
Na
verdade, pretende-se mostrar que o quadro econômico, em especial, não é
apropriado para se avaliar o real desempenho do presidente interino, uma vez
que os dados são absolutamente inconsistentes e qualquer conclusão não reflete exatamente
a situação de momento.
Convém
que as pesquisas, para a sua fidedignidade e consistência, sejam realizadas com
base no exclusivo desempenho de cada governante, de modo a se puder cumprir a real
finalidade de sopesar os atos da lavra de cada qual, obviamente com a
possibilidade de se mostrar os resultados isolados da gestão específica. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 18 de junho de 2016
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