segunda-feira, 13 de junho de 2016

Leviandade e prepotência


O ex-presidente da República petista reclamou dos cortes na alimentação e nas viagens em aviões oficiais, promovidos pelo governo do presidente em exercício, em relação à presidente afastada.
Na ocasião, ele reconheceu falhas na gestão da sucessora, sem decliná-las, e disse esperar que a petista volte ao cargo para corrigi-los.
O petista foi muito econômico sobre referências à sucessora, mas não poupou críticas ao presidente em exercício, ao afirmar que ele “... deu um golpe não na Dilma, mas na decisão do Senado que o colocou como interino. Temer não tinha o direito de fazer o que fez. Ele cortou até o almoço da Dilma. Amanhã vamos comer marmitex”.
Ele aproveitou para criticar a escolha do ministério do governo provisório, acusando a suposta influência do presidente afastado da Câmara dos Deputados.
O petista também ironizou as manifestantes pró-impeachment, ao afirmar que “Os coxinhas agora estão com vergonha por que foram para a rua bater panela e o resultado não foi um risoto, foi Temer. Os coxinhas sabem que o ministério de Temer é o ministério do (Eduardo) Cunha. Mas sempre haverá nesse país mais gente de cabeça erguida, decente, do que coxinhas.”.
O ex-presidente disse que as medidas adotadas contra a petista, como a restrição ao uso de aviões oficiais, “não vão impedir (a presidente afastada) de sair pelo país, para denunciar esse governo”.
Ele adiantou que tem “dívida com a sociedade brasileira”, mas evitou se posicionar sobre as eleições de 2018.
O petista afirmou que “Estão me acusando de tudo quanto é nome, divulgando as bobagens que falo. É medo de eu voltar. Ainda é muito cedo para pensar em 2018. Já estou com idade de me aposentar. Mas não pensem que vão destruir aquilo que nós construímos”.
Na única referência direta à Operação Lava-Jato, o ex-presidente ressaltou que a operação “submeteu os petroleiros a condições humilhantes”. Lula afirmou que foi o presidente que mais investiu na estatal e que a descoberta do pré-sal foi “seu maior orgulho como presidente e como cidadão”.
O petista também afirmou que a “elite nunca aceitou a Petrobras” e teceu diversas críticas às “elites”, discurso comum em seu governo. “A elite brasileira, incompetente para governar este país, achava que tudo iria se resolver se a gente vendesse as empresas. Eu queria provar que o peão seria capaz de pensar politicamente o Estado brasileiro melhor do que toda a elite”.
O ex-presidente defendeu ações de seu governo junto ao BNDES e demais bancos públicos, ao afirmar que “Se é público, é para todos” defendeu a mobilização da sociedade contra a privatização de empresas e serviços públicos, além de criticar a agenda econômica do governo em exercício.
Ao criticar as pessoas que são contrárias à cartilha ideológica do PT, qualificando-as de disso ou daquilo, o ex-presidente demonstra não somente fortes preconceito e discriminação ao direito democrático de se pensar livremente, mas todo seu ódio contra os brasileiros que defendem os princípios da competência, dignidade, legalidade, honestidade e integridade na administração do país, os quais nunca foi foram desprezados e ignorados, nos últimos tempos, conforme evidenciam os resultados da gestão petista.  
Chega a ser risível a forma leviana como o ex-presidente se refere às prepotências e onipotências dos governos petistas, apesar da indiscutível devastação das instituições do Estado e dos princípios da ética, moralidade, legalidade e dignidade, a exemplo dos pífios resultados econômico, social, político e administrativo, muito bem retratada na terrível recessão econômica, no desemprego, nos péssimos serviços públicos, na inexistência de investimentos, entre tantas mazelas que indicam, de forma incontestável, a passagem no comando do país da pior presidente de todos os tempos, a ensejar não as críticas insensatas e injustas, mas o humilde reconhecimento pela forma deletéria como a gestão petista foi irresponsavelmente causadora dos piores fracassos gerenciais, ante as completas desestruturação e desorganização da administração governamental, aliadas ao retrocesso histórico de todos os indicadores, principalmente sociais e econômicos.   
O presidente interino poderia aproveitar o ensejo para também suspender o cartão corporativo, tanto da presidente afastada como de quem os tem, a par de ter reduzido, com absolutos acerto e justiça, a farra com alimentação para quase 200 servidores no Palácio da Alvorada, para a petista e seus auxiliares não produzirem absolutamente nada em prol dos brasileiros
Eles estão apenas comendo, do bom e melhor, e ganhando às custas dos bestas dos contribuintes, que pagam pesada carga tributária para a manutenção do pior governo da história republicana, enquanto têm mais onze milhões de brasileiros, quase todos pais de família, nos martírio e infortúnio do desemprego, fruto das desastradas e fracassadas políticas econômicas executadas por governo que teve por mérito nefasto a trágica recessão econômica, a desindustrialização, a péssima prestação de serviços públicos, os juros altos, a inflação fora de controle, a redução da arrecadação, a inexistência de investimentos em obras, a retirada do grau de investimento, enfim de muitas mazelas que impedem o país retomar o caminho do desenvolvimento.
A incompetência administrativa contribuiu para prejudicar os interesses dos brasileiros, que tiveram, na sua maioria, o infortúnio de acreditar nas mentiras de quem não tem a sensatez, a par das maldades causadas ao povo, de renunciar ao cargo de presidente do país, depois de ter o levado à ruína e ao extermínio, ficando, ao contrário, insistindo em retornar ao Palácio do Planalto, certamente para concluir o seu maléfico e sinistro projeto de completo desmoronamento das instituições e das políticas governamentais, como forma de satisfazer apenas a vontade de insignificante minoria dos maus brasileiros, que não conseguem enxergar, por absoluta miopia patriótica, o conjunto das malignidades protagonizadas pelo governo petista contra os interesses nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de junho de 2016

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