O presidente
venezuelano resolveu ordenar, como parte do estado de exceção e de emergência
econômica decretado por ele, a intervenção nas fábricas que estiverem
paralisadas e a detenção dos empresários que pararem a produção com o objetivo
de, segundo ele, "sabotar o país".
Ele
declarou que, "No âmbito desse
decreto em vigor (...) tomemos todas
as ações para recuperar o aparelho produtivo que está sendo paralisado pela
burguesia (...), e quem quiser parar
para sabotar o país que vá embora, e o que fizer isso deve ser algemado e
enviado para a PGV (Penitenciária Geral da Venezuela)".
Inicialmente,
a medida pode respaldar a tomada de quatro fábricas de cerveja da Empresas
Polar - a maior produtora de alimentos e de bebidas do país, uma vez que as unidades
de produção se encontram paralisadas, em consequência das dificuldades de
acesso a divisas para importar insumos, conforme informação prestada pela companhia,
à vista do rigoroso controle cambial imposto desde 2003, ainda na gestão do presidente
mentor da Revolução Bolivariana.
Em
reunião com seus seguidores, o presidente apelou para o povo ajudá-lo a
recuperar o que ele considera de plantas paralisadas pela burguesia, para serem
entregues ao próprio povo.
O
governo venezuelano enfrenta severas crises social, política, econômica e humanitária,
que têm forte reflexo na avaliação no desempenho do presidente, como a sua reprova
por 68% dos venezuelanos, segundo o instituto Venebarómetro.
O
próprio nome já especifica a real finalidade do estado de exceção adotada pelo
presidente venezuelano, ficando muito claro que a medida implica a restrição
dos direitos civis, em especial no poder de intervir nas indústrias, fábricas e
empresas que estejam paralisadas, inclusive podendo encarcerar seus
proprietários.
Trata-se
de estado totalitarista que muda na marra, por ato ditatorial, o sistema econômico,
em consonância com a famigerada ideologia da plena dominação imposta pelo
sistema socialista/comunista, que traz no seu bojo o ímpeto degenerativo dos
princípios da competência, eficiência, legalidade, bem assim dos direitos
humanos.
É
evidente que o povo é responsável pela truculência administrativa pela qual a Venezuela
se depara, na atualidade, porquanto foi o povo que fez sua opção de colocar no
poder pessoa que demonstra completo despreparo, à vista de seus desastrados
atos e da degeneração do país, em especial no que diz respeito às políticas
econômicas.
Convém
frisar, a propósito, que o Brasil ainda não está totalmente imune de passar por
projeto político nos moldes da Venezuela, tendo em vista que as medidas de
degenerência implantadas naquele país têm a simpatia da presidente afastada e
de seu partido, uma vez que o presidente bolivariano sempre mereceu os melhores
apoios do governo brasileiro para seus projetos deletérios que conduziram
aquela nação à bancarrota, sob o manto do sistema socialista, comprovadamente
obsoleto, retrógrado, à vista da situação de total precariedade e destruição.
À
luz do caos evidenciado na Venezuela, há cabal demonstração de que o dito
popular segundo o qual "o povo tem o governo que merece" se encaixa com
perfeição no caso da Venezuela, em que o governo socialista/bolivariano
conseguiu destruir a economia do país e a dignidade da população e ainda
continua governando com a mão fortíssima da tirania própria do sistema socialista/comunistas,
que ainda têm a insensatez de atribuir a falência e a degeneração da sua gestão
a fatores estranhos e misteriosos ou a burguesia e a oposição, sem nunca
aceitar ou assumir as próprias deficiências e precariedades, que são
indiscutivelmente notórias.
A
deterioração da Venezuela é realidade que os brasileiros devem conhecer e se
inteirar sobre seus detalhes, para perceber que todo processo deletério tem
como causa a adoção naquele país do famigerado sistema socialista/comunista,
cujos princípios foram capazes de conduzi-lo ao verdadeiro inferno, em que o
povo é obrigado a conviver com as piores crises social, política, econômica e
humanitária. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 27 de junho de 2016
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