O presidente do Equador advertiu que seu governo
"reagirá com a maior radicalidade"
se a presidente da República do Brasil, afastada temporariamente, for
destituída ao final do processo de impeachment.
Ele afirmou que "Se a presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff, for afastada
definitivamente de seu cargo, pelo menos o Equador reagirá com maior
radicalidade. O que está acontecendo
no Brasil é muito grave para o Brasil, mas para a democracia na região é um
precedente funesto. Não se pode
destituir uma presidente democraticamente eleita com mais de 50 milhões de
votos e com grande maioria no Congresso, no Senado e mais ainda com a traição
do vice-presidente e seu partido”.
Após o afastamento da petista pelo Senador Federal,
o governo daquele país chamou para consultas seu embaixador no Brasil, tendo
emitido comunicado no qual apelou à "plena
vigência e preservação" da ordem constitucional no Brasil.
O presidente equatoriano disse que "Nós tomamos algumas medidas e eu penso que a
Unasul (União de Nações Sul-americanas) reagirá
mais radicalmente quando acabar o devido processo", tendo avaliado que
"não há nenhuma acusação concreta"
contra a petista.
O processo de impeachment da presidente afastada foi autorizado
por mais de dois terços da Câmara dos Deputados e avalizado por mais da metade
do Senado Federal, cujas medidas resultaram na substituição dela, por tempo
limitado de 180 dias, pelo seu vice-presidente.
A presidente afastada responde por crime de
responsabilidade, por encobrir déficits orçamentários denominados "pedaladas
fiscais", cujo processo poderá afastá-la em definitivo do Palácio do Planalto.
Parece
até brincadeira de mau gosto o presidente do Equador se referir ao verbete “democracia”,
com a maior naturalidade, quando ele faz parte do bloco governista da famosa cúpula da Revolução
Bolivariana, com destaque para o ditador venezuelano que destruiu seu país e
arrasou a dignidade de seu povo, com desastradas medidas econômicas que
contribuíram para o desabastecimento de gêneros de primeira necessidade e de
remédios, fazendo com que a população seja obrigada a conviver com as agruras
de terrível crise humanitária.
Essa
deve ser a “democracia” defendida abertamente pelas lideranças bolivarianas, de
total destruição das nações, a exemplo do Brasil, que caminhava celeremente
para o abismo e a tragédia da incompetência administrativa, sob o comando de
quem foi eleita por 54 milhões de votos não para conduzir o Brasil à bancarrota
e ao subdesenvolvimento, como fazem com maestria os governos socialistas do
século XXI, com a maior cara de pau de ainda chamar suas incompetências administrativas
de democracia.
Na
verdade, é bom se frisar que democracia significa a vontade do povo para a
prática, entre tantas bondades, do bem comum e da construção do desenvolvimento
socioeconômico, em todos os sentidos de pluralidade de atos saudáveis, que são
justamente a negação das nefastas ideologias ínsitas dos sistemas
socialista-comunistas, defendidos pelo presidente defensor da presidente
brasileira afastada, que jamais deveria ter sido eleita para comandar o Brasil
nas condições deletérias, à luz dos maléficos resultados da sua desastrada
gestão, cujo cataclismo administrativo recomenda, para o bem da nação, a
sua renúncia ao relevante cargo de presidente do país.
Os
presidentes das nações consideradas amigas precisam aprender a respeitar, mesmo
por meio de opinião, os salutares princípios do Direito Internacional ínsitos
na diplomacia e na democracia de não intervenção na autonomia e na
independência dos países, notadamente tendo em conta que as matérias
em discussão dizem respeito exclusivamente ao interesse do Brasil, que as vem
tratando e discutindo à luz dos parâmetros da legalidade, nos termos do
ordenamento jurídico constante da Constituição Federal, com o devido respaldo nas
decisões emanadas do Supremo Tribunal Federal, dispensando manifestação absolutamente
estapafúrdia de quem não tem competência para arguir ferimento dos princípios
democráticos. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 21 de junho de 2016
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