O
relatório anual do Centro Mundial da Competitividade (CMC), que acaba de ser divulgado,
evidencia o grau de dificuldades que a América Latina enfrenta para avançar
nesse tema, cujo documento expressa especial preocupação com a situação dramática
do Brasil, que ocupa um dos últimos lugares no ranking de países mais
competitivos, tendo por base elementos colhidos no ano passado, quando o país
ainda estava sobre a gestão da agora presidente afastada.
Entre
os 61 países que integram a avaliação, Hong Kong lidera a lista da
classificação realizada, enquanto o Chile é o único país latino-americano que
está entre os primeiros 40 colocados e os outros seis países da região
mencionados no documento estão nas últimas vinte posições.
O
segundo país latino-americano mais bem colocado é o México, em 45º, seguido de
Colômbia (51º), Peru (54º), Argentina (55º) e o Brasil, que perdeu um posto em
relação ao ano passado, que aparece em 57º, seguido pela Venezuela, que fecha a
lista, em 61º.
O
diretor do CMC afirmou à Agência EFE que "O Brasil tem neste ano o pior governo do mundo, pior que o da
Venezuela, que o da Mongólia ou da Ucrânia", em referência à avaliação
feita no relatório sobre a eficiência dos governos.
Quanto
à eficiência dos governos, o diretor do CMC foi enfático em afirmar que o
Brasil está no último lugar entre os países avaliados, tendo ele constado no
58º lugar, em 2014, passando para 60º, em 2015, e agora despencou de vez para o
último lugar do pódio, ou seja, é o 61º ou o pior.
O
responsável pelo CMC criticou a péssima situação do país tupiniquim, tendo
afirmado categoricamente que "O
Brasil está na lanterna em transparência, burocracia, corrupção, em barreiras à
entrada de capitais, à criação de empresas, pelo número de dias para criar uma
empresa. É um desastre institucional".
O
diretor do CMC ressaltou que o caso do Brasil mostra que o crescimento
econômico "não é condição suficiente
para a competitividade. É possível crescer, mas se o governo não faz seu
trabalho, que é ter uma boa regulação e ser transparente, então o país fracassa".
Não
à toa que a precariedade da condição de competitividade do país é evidente e indiscutível,
diante de todos os parâmetros possíveis à mostra, ante a falta de esforço
governamental para mudar o que existe de pior entre os mundos, que é a extrema
resistência aos saudáveis hábitos de reformulação das estruturas arcaicas e
ultrapassadas, que já não consegue senão confirmar a tragédia do atraso e do
subdesenvolvimento socioeconômico.
A
previsão mais otimista do mencionado diretor é a de que o Brasil levará "gerações" para se recuperar, ao
detalhar que, além dos problemas relacionados com suas instituições, o país enfrenta
déficit de infraestruturas físicas e carências graves em educação e serviços de
saúde.
Em
consonância com a análise que acompanha o ranking, os setores públicos dos
países latino-americanos em geral são "empecilho"
para suas economias.
Na
visão do CMC, a América Latina é região onde há carência das qualidades dos
países que estão nas primeiras vinte posições, quais sejam, legislação
favorável para os negócios e os investimentos, infraestruturas físicas e
intangíveis, como educação e sistemas de saúde, e instituições inclusivas.
O
diretor do CMC afirmou que, "Atualmente,
nenhuma das economias latino-americanas está perto de possuir essas qualidades
da maneira necessária para progredir no ranking".
Não
chega a ser surpreendente que o Brasil tenha o pior governo do mundo, porque
basta se verificar os resultados econômicos e os números dos respectivos
indicadores, para se chegar à tranquila conclusão de que o país com os recursos
e as potencialidades econômicas do Brasil jamais poderia estar situação em
posição tão medíocre se não fosse administrado por governo de visão gerencial
igualmente inferior e incapaz de adotar medidas necessárias à reversão das
latentes precariedades, que somente se potencializam sob a sua gestão.
O
Centro Mundial de Competitividade ainda acredita que “é possível o Brasil crescer, mas se o governo não faz seu trabalho, que
é ter uma boa regulação e ser transparente, o país fracassa”.
Embora
pareça absoluto contrassenso e até inadmissível que o Brasil tenha o “pior
governo do mundo”, mas essa lamentável constatação é atestada com base em
elementos incontestáveis, por constar de respeitável e confiável relatório de
competitividade, elaborado por organismo das maiores credibilidade e
responsabilidade mundiais.
Veja-se
que os argumentos que levaram a essa estarrecedora conclusão são extremamente
consistentes, por mostrarem que o país aparece em último lugar nos quesitos
transparência, burocracia, corrupção e condições para a entrada de capitais,
que compõem o ranking estudado pelo Centro Mundial da Competitividade, ou seja,
estão ali presentes elementos de peso para a convicção sobre a mediocridade
impregnada na gestão do país.
É extremamente lamentável que o país com
as potencialidades econômicas do Brasil se encontre num estado deplorável de
ter o desempenho da sua economia muito além do fundo do poço, graças à
incompetência da gestão absolutamente deletéria, conforme mostram os fatos de
que o Brasil figura entre as últimas nações, ou seja, a 57ª do ranking de 61,
perdendo muito próximo da Venezuela, que atravessa situação de extrema dificuldade
econômica, onde a inflação já supera os 200% a.a. e a escassez de produtos de
primeira necessidade é constante preocupação da sociedade.
É
pena que que os brasileiros que defendem a volta ao governo da presidente
afastada não tenha pleno conhecimento da desgraceira desse desgoverno, a ponto
de a ignorância e o desconhecimento permitirem que eles fiquem perdendo tempo
exigindo que a incompetência, tragédia e desgraça voltem a imperar na
administração do país, sem se atentarem para os estragos causados à nação por
governo absolutamente inepto, omisso e desastrado, que foi incapaz de evitar
que a nação fosse destruída e empurrada para o fundo do poço. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 1º de junho de 2016
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