quarta-feira, 1 de junho de 2016

O pior governo do mundo


O relatório anual do Centro Mundial da Competitividade (CMC), que acaba de ser divulgado, evidencia o grau de dificuldades que a América Latina enfrenta para avançar nesse tema, cujo documento expressa especial preocupação com a situação dramática do Brasil, que ocupa um dos últimos lugares no ranking de países mais competitivos, tendo por base elementos colhidos no ano passado, quando o país ainda estava sobre a gestão da agora presidente afastada.
Entre os 61 países que integram a avaliação, Hong Kong lidera a lista da classificação realizada, enquanto o Chile é o único país latino-americano que está entre os primeiros 40 colocados e os outros seis países da região mencionados no documento estão nas últimas vinte posições.
O segundo país latino-americano mais bem colocado é o México, em 45º, seguido de Colômbia (51º), Peru (54º), Argentina (55º) e o Brasil, que perdeu um posto em relação ao ano passado, que aparece em 57º, seguido pela Venezuela, que fecha a lista, em 61º.
O diretor do CMC afirmou à Agência EFE que "O Brasil tem neste ano o pior governo do mundo, pior que o da Venezuela, que o da Mongólia ou da Ucrânia", em referência à avaliação feita no relatório sobre a eficiência dos governos.
Quanto à eficiência dos governos, o diretor do CMC foi enfático em afirmar que o Brasil está no último lugar entre os países avaliados, tendo ele constado no 58º lugar, em 2014, passando para 60º, em 2015, e agora despencou de vez para o último lugar do pódio, ou seja, é o 61º ou o pior.
          O responsável pelo CMC criticou a péssima situação do país tupiniquim, tendo afirmado categoricamente que "O Brasil está na lanterna em transparência, burocracia, corrupção, em barreiras à entrada de capitais, à criação de empresas, pelo número de dias para criar uma empresa. É um desastre institucional".
O diretor do CMC ressaltou que o caso do Brasil mostra que o crescimento econômico "não é condição suficiente para a competitividade. É possível crescer, mas se o governo não faz seu trabalho, que é ter uma boa regulação e ser transparente, então o país fracassa".
Não à toa que a precariedade da condição de competitividade do país é evidente e indiscutível, diante de todos os parâmetros possíveis à mostra, ante a falta de esforço governamental para mudar o que existe de pior entre os mundos, que é a extrema resistência aos saudáveis hábitos de reformulação das estruturas arcaicas e ultrapassadas, que já não consegue senão confirmar a tragédia do atraso e do subdesenvolvimento socioeconômico.
          A previsão mais otimista do mencionado diretor é a de que o Brasil levará "gerações" para se recuperar, ao detalhar que, além dos problemas relacionados com suas instituições, o país enfrenta déficit de infraestruturas físicas e carências graves em educação e serviços de saúde.
Em consonância com a análise que acompanha o ranking, os setores públicos dos países latino-americanos em geral são "empecilho" para suas economias.
Na visão do CMC, a América Latina é região onde há carência das qualidades dos países que estão nas primeiras vinte posições, quais sejam, legislação favorável para os negócios e os investimentos, infraestruturas físicas e intangíveis, como educação e sistemas de saúde, e instituições inclusivas.
O diretor do CMC afirmou que, "Atualmente, nenhuma das economias latino-americanas está perto de possuir essas qualidades da maneira necessária para progredir no ranking".
Não chega a ser surpreendente que o Brasil tenha o pior governo do mundo, porque basta se verificar os resultados econômicos e os números dos respectivos indicadores, para se chegar à tranquila conclusão de que o país com os recursos e as potencialidades econômicas do Brasil jamais poderia estar situação em posição tão medíocre se não fosse administrado por governo de visão gerencial igualmente inferior e incapaz de adotar medidas necessárias à reversão das latentes precariedades, que somente se potencializam sob a sua gestão.
O Centro Mundial de Competitividade ainda acredita que “é possível o Brasil crescer, mas se o governo não faz seu trabalho, que é ter uma boa regulação e ser transparente, o país fracassa”.
Embora pareça absoluto contrassenso e até inadmissível que o Brasil tenha o “pior governo do mundo”, mas essa lamentável constatação é atestada com base em elementos incontestáveis, por constar de respeitável e confiável relatório de competitividade, elaborado por organismo das maiores credibilidade e responsabilidade mundiais.
Veja-se que os argumentos que levaram a essa estarrecedora conclusão são extremamente consistentes, por mostrarem que o país aparece em último lugar nos quesitos transparência, burocracia, corrupção e condições para a entrada de capitais, que compõem o ranking estudado pelo Centro Mundial da Competitividade, ou seja, estão ali presentes elementos de peso para a convicção sobre a mediocridade impregnada na gestão do país.
          É extremamente lamentável que o país com as potencialidades econômicas do Brasil se encontre num estado deplorável de ter o desempenho da sua economia muito além do fundo do poço, graças à incompetência da gestão absolutamente deletéria, conforme mostram os fatos de que o Brasil figura entre as últimas nações, ou seja, a 57ª do ranking de 61, perdendo muito próximo da Venezuela, que atravessa situação de extrema dificuldade econômica, onde a inflação já supera os 200% a.a. e a escassez de produtos de primeira necessidade é constante preocupação da sociedade.
É pena que que os brasileiros que defendem a volta ao governo da presidente afastada não tenha pleno conhecimento da desgraceira desse desgoverno, a ponto de a ignorância e o desconhecimento permitirem que eles fiquem perdendo tempo exigindo que a incompetência, tragédia e desgraça voltem a imperar na administração do país, sem se atentarem para os estragos causados à nação por governo absolutamente inepto, omisso e desastrado, que foi incapaz de evitar que a nação fosse destruída e empurrada para o fundo do poço. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de junho de 2016

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