sexta-feira, 3 de junho de 2016

Necessidade de responsabilização e punição


Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam a entrada do prédio onde funciona o escritório da Presidência da República, em São Paulo (SP), em protesto contra o cancelamento da construção de pouco mais de onze mil unidades residenciais, pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
O coordenador nacional do MTST conclamou os participantes do protesto a acamparem no local, ao dizer aos militantes que “Aqui nós vamos permanecer até retomar a contratação de todas as moradias”.
O grupo, que já havia protestado contra o presidente interino, em frente à casa do peemedebista, tendo pichado, tanto agora como antes, as fachadas de casas e do edifício que abriga o escritório presidencial, além de causarem a maior baderna, inclusive destruição contra os patrimônios público e privado, como forma de pressionar o governo para o atendimento de suas reivindicações, nos moldes das agressões praticadas no governo anterior, que demonstrava cumplicidade com os atos, ante a inexistência de punição aos desordeiros.
A Polícia Militar de São Paulo precisou agir com determinação e coragem para dispersar os manifestantes delinquentes, que resistiram à desocupação, por meio de atos de violência, que foi correspondida com muito mais intensidade.
Depois da desocupação do prédio público, a liderança do MTST ameaçou permanecer no local, afirmando que o movimento ficará acampado nas imediações do escritório da Presidência, em clara perturbação da ordem pública, porque o local será isolado e bloqueado para o trânsito, mas o local terminou sendo desocupado.
Diante das críticas sobre a ação policial, a assessoria da Polícia Militar informou que os sem-teto picharam o prédio e, após tentativas frustradas de invasão, atacaram os policiais, que foram obrigados a reagir, com a adoção das medidas necessárias à contenção da violência que já estava instalada.
Em consequência, houve a prisão de cinco pessoas que participavam de exagerados atos de agressão, que começaram depois que manifestantes atiraram objetos contra os policiais, inclusive um rojão arremessado em direção deles.
Nesses casos de intolerância e radicalismo, as autoridades governamentais responsáveis pela segurança pública não podem ser boazinhas ou condescendentes com as ações de destruição e de desrespeito à integridade dos patrimônios público e privado, as quais devem ser tratadas com muito equilíbrio, no âmbito da missão policial de responsabilidade, que não pode haver exagero nem tão pouco recuo quanto à necessidade da imposição da manutenção da ordem pública, inclusive, se necessária, com a promoção de prisões e, principalmente, atribuição de responsabilidades com relação aos prejuízos causados por integrantes de movimentos, como forma exemplar e disciplinar de se evitar invasões de propriedades públicas ou privadas, cujos atos não podem ficar impunes, haja vista que a impunidade serve como estímulo às invasões de propriedades.
As invasões, com violência, a baderna e o desrespeito à ordem pública e às autoridades constituídas do país são absolutamente incompatíveis com os princípios da democracia, que têm no seu âmago o sentimento que mais o cidadão defende e precisa como a legítima garantia de seus direitos individuais, que não podem ser destruídos ao bel-prazer de mentes atrofiadas e insanas que desconhecem e ignoram os caminhos da harmonia para a solução das questões sociais, que poderiam ser conduzidas pela salutar via do entendimento e da negociação, como fazem as pessoas civilizadas e de bom senso.
Convém sublinhar que, além da confusão causada pelo transtorno pela ocupação de espaços público e particular, os movimentos agitadores ainda atraem a mobilização de aparato policial, que se desloca para cuidar da segurança concentrada no local da invasão, cujo emprego da tropa tem como consequência altos custos com o transporte dos militares, o material defensivo e o emprego de contingente que poderia estar trabalhando na segurança pública normal, combatendo a criminalidade tradicional, que perturba a sociedade que termina sendo prejudicada pelo desvio de militares para trabalho que poderia inexistir se houvesse o mínimo de racionalidade e de bom senso por parte das lideranças de movimentos sociais, que poderiam ter o mínimo de inteligência para reivindicar de forma civilizada e sem violência.
Os movimentos sociais, cuja existência é essencial à busca da conquista de objetivos comunitários, não podem se valer da sua situação de minoria para tentar impor sua vontade com o uso de ações violentas e agressivas, em completa contrariedade às normas jurídicas do país.
Em contraposição, as autoridades policiais e os governantes precisam atentar para o cumprimento das suas missões constitucional e legal de garantir a ordem, a segurança pública e a integridade da sociedade e do patrimônio, coibindo por todos os meios a baderna e o terrorismo, em nome de causa que podem perfeitamente ser encaminhadas e resolvidas por meio do entendimento harmonioso. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 03 de junho de 2016

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