De acordo com notícia que circula na internet, há a afirmação de que a hidroxicloroquina é sim eficaz contra a Covid-19, fato que releva se ressaltar que o então presidente do país estaria com razão em defender o emprego desse medicamente pelos médicos, na forma como ele fazia livremente, sem ter, à época, qualquer base científica.
Infelizmente, é precisa ser compreendido que o posicionamento
atual sobre a possível eficácia da hidroxicloroquina pode ser feito por quem
tem autoridade científica para assim proceder, evidentemente tendo por base
estudos científicos concluídos depois de tanto tempo que separa da pandemia da
atualidade.
Por que esses mesmos órgãos não se manifestaram exatamente no auge
da pandemia do coronavírus, quando fazia sentido a sua posição sobre a eficácia
desse medicamento?
É muita ingenuidade se pretender enaltecer, agora, a participação
dos então presidentes norte-americano e brasileiro, quando eles, no alto da
ignorância sobre a eficácia do medicamento, sem base científica alguma, não
tinham como respaldar as afirmações que faziam em defesa do remédio, além de
nenhum ter conhecimento de medicina, sanitarismo e muito menos de farmacologia,
para se aventurarem em tão arriscadas quanto inseguras questões, diante da
falta de estudos laboratoriais apropriados sobre o tema.
Os dois presidentes não passaram de impertinentes incompetentes,
por terem perdido importante oportunidade para, com base na convicção pessoal,
determinarem urgentes estudos por cientistas competentes, que poderiam ter condições
especializadas suficientes para concluírem, com base em pesquisas científicas,
e entregar as conclusões aos governos, que ficariam habilitados para aconselhares,
enfim, o uso seguro do protocolo médico.
Nesse casso, o uso desse medicamento poderia ser feito pelos órgãos
competentes, sem necessidade alguma da participação dos então presidentes desses
países, que se intrometeram indevidamente onde eles seriam as últimas pessoas a
opinarem em assunto especializado da exclusiva competência dos órgãos incumbidos
da execução das políticas inerentes à saúde pública, em cada país.
É muito triste que pessoas fiquem enaltecendo, agora, atitudes inadequadas
do então presidente do país, quando o que ele fez não condiz exatamente com a
realidade dos fatos, uma vez que, à época, era importante a apresentação de
estudos técnico-científicos, como forma de se garantir a eficácia do
medicamento em causa, não bastando somente a afirmação de que ele era eficaz,
apenas por intuição pessoal, quando muitos estudos negavam a eficácia dele.
Brasília, em 16 de agosto de 2023
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