terça-feira, 22 de agosto de 2023

Tiro no pé ou no coração?


De acordo com vídeo que circula nas redes sociais, noticia-se a iniciativa de parlamentar bolsonarista, consistente na apresentação de projeto de lei destinado à eliminação do uso de armas de fogo por seguranças de autoridades públicas, inclusive com extensão da medida para seguranças de ministérios.

À toda evidência, esse projeto tem o condão de mostrarem as impressionantes incapacidade e incompetência como forma de solução de questão da maior importância para a sociedade, nesse caso, com maior gravidade porque se trata de iniciativa da oposição, que tem como pressuposto o emprego dos mesmos métodos retrógrados usados pelos brutamontes contrários ao porte de armas de fogo pela sociedade.

Ou seja, com a medida legislativa apresentada pela oposição, sob a infeliz tentativa de promover o desarmamento dos seguranças das autoridades públicas, fica declarada a guerra sobre assunto que não se resolve por meio de mero revide nem medida visivelmente revanchista, muito criticada por quem em pensa em contrário de quem tem como princípio reiterada forma de vingança.

O caso em si demonstra cristalina visível falta de iniciativa capaz de sustentar, que seria o ideal, a defesa sobre a imperiosa necessidade da manutenção do porte de arma pelos brasileiros honrados, que padecem com a falta de integral segurança pública e de proteção do seu patrimônio, que são da incumbência constitucional do Estado, por força do disposto no artigo 144 da Constituição, que estabelece que “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, (...)”.

A verdade é que a presente proposta de desarmamento não tem a mínima sustentação plausível, porque ela tem o condão de conspirar contra a permanência do uso de armas de fogo para a proteção da sociedade, visto que a medida acena justamente para se permitir a eliminação do porte arma pelo, em razão de ficar parente a concordância de que nem os seguranças podem portar armas.

Isso, praticamente, estabelece a posição segundo a qual é preciso haver tratamento isonômico.

Ou seja, tudo bem, se querem desarmar a sociedade, então desarmem-se também todo mundo e isso não condiz, em absoluto, com a realidade sobre os anseios dos verdadeiros brasileiros.

A verdade é que o governo vai concordar tranquilamente com esse projeto, na convicção de que ele o tem agora como perfeita justificativa para amparar seus objetivos nesse sentido de desarmar a sociedade, se seus representantes estão de acordo de que nem os seguranças de autoridade puderem andar armados.

O certo é que o governo sancionará o projeto em causa, na certeza de, para a sua segurança, há de se encontrar aquele jeitinho brasileiro para fazer uso escondido de armas, enquanto a sociedade vai ficar desarmada e desprotegida, ficando, enfim, com o prejuízo, por conta de medida completamente impensada e infeliz.

Caso a oposição tivesse o mínimo de inteligência e experiência política, jamais apresentaria projeto senão para reforçar o status quo, para aumentar as condições para o porte de armas, evidentemente com fundamentadas justificativas demonstrando a imperiosa necessidade desse direito para a sociedade se proteger contra a criminalidade, como forma de defesa e proteção da vida humana e do patrimônio.

Não resta a menor dúvida de que o projeto em apreço serve de álibi para o governo justificar as medidas destinadas à proibição do parte de arma de fogo por parte da população, o que vale dizer que a oposição é tão incompetente que consegue atirar no próprio pé ou, quiçá, no coração.

Brasília, em 22 de agosto de 2023

  

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