Em vídeo que circula nas redes
sociais, o presidente do país teve a indelicadeza de qualificar de covardes as
pessoas que compram e portam armas de fogo, por ele entender, conforme deixou
bem claro, que quem compra arma é bandido.
À toda evidência, na qualidade da
principal autoridade do país, não é de bom tom que o mandatário se manifeste
sobre assunto inerente à segurança pública com tanto ódio e sentimento de
extremo desrespeito à dignidade das pessoas de boa índole que certamente são,
não merecendo ser insultadas de maneira depreciativa pelo fato comprarem armas
para a proteção pessoal e do seu patrimônio, quando isso é dever do Estado.
É mais do que sabido que as armas
são adquiridas legalmente, i.e., em estrita obediência aos ditames legais, não tendo
absolutamente nada relacionado com a bandidagem, mas sim com a necessidade de
proteção pessoal, tendo por essência a preocupação
com a defesa contra a criminalidade, que se expande Brasil afora, sem as
necessárias políticas de combate à bandidagem, por parte do governo.
A declaração do presidente do
país apenas confirma a perseguição às pessoas de bem, que têm pleno direito de
se protegerem com os mecanismos ao seu alcance, que são as armas de fogo, uma
vez que o governo não oferece integral proteção à sociedade contra as
investidas da bandidagem.
Ou seja, talvez o presidente do
país tivesse alguma razão ao fazer acusação extremamente exagerada e infeliz
como essa caso o governo tivesse política de segurança pública eficiente e
capaz de oferecer total proteção à população.
Infelizmente, o atual quadro preocupante
sobre a falta das plenas segurança e proteção à sociedade se recomendaria o aconselhamento,
por parte do governo, ao contrário, que as pessoas fossem incentivadas a investirem
na sua proteção, inclusive com o merecimento da facilidade para a aquisição de
armas de fogo, como forma de garantir a defesa pessoal e do seu patrimônio.
O presidente do país precisa
saber que a segurança pública é obrigação do Estado, com sede na Constituição,
no sentido de garantir proteção à população e ao seu patrimônio, mas, em razão
de deficiência no sistema, é importante que a sociedade possa se defender,
porque isso é direito como princípio de sobrevivência humanitária.
Enfim, diante da notória precariedade
da segurança pública, que muito facilita a ação de bandidos e quadrilhas do
crime organizado, com poder para preocupar e ameaçar a paz da sociedade, que precisa
ter alternativa senão de se proteger com o uso de arma individual, convém que o
Estado proporcione plenas condições para que as pessoas possam portar armas de
fogo, como forma de legítima defesa da vida e do patrimônio.
Brasília, em 28 de agosto de 2023
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