Conforme
vídeo postado na internet, vários políticos se pronunciam favoravelmente ao
voto impresso, em tempos passados, dando a ideia agora, como forma de tentativa
de mostrar que as críticas do último ex-presidente do país eram consideradas
normais e a punição referente à inelegibilidade à pessoa dele teria sido
injusta.
As
mensagens pronunciadas por políticos de diversas tendências ideológicas estão
absolutamente em harmonia com o pensamento do ex-presidente do país, que chegou
a aprovar medida da sua autoria para a implantação do voto impresso, quando ele
ainda estava no exercício do mandato de deputado federal.
Isso
é fato indiscutível e também condiz com a ideia dele da implantação do voto
impresso e da possibilidade de auditoria das urnas eletrônicas, quando ele esteve
à frente do Executivo.
Como
presidente da República, bastaria ele ter elaborado projeto legislativo com
essa finalidade, evidentemente também formulando justificativas plausíveis, sem
necessidade de ficar discutindo coisa alguma, muito menos com quem era contra a
essas medidas.
Infelizmente,
para a conveniência política pessoal dele, o que foi eleito mesmo foi
orquestrada campanha de fortes críticas ao sistema eleitoral brasileiro, jamais
vista na história política republicana, estranhamente sem qualquer preocupação
com a materialização, por meio de projetos legislativos apropriados.
Essas
medidas teriam o condão de substituir todas as infrutíferas críticas ao sistema
eleitoral, que tiveram a infeliz contribuição de somente acirrar os ânimos das
autoridades da República, cujo resultado foi o mais desastroso possível, que culminou
com a derrota do pleito eleitoral dele e, por último, com a inelegibilidade
dele, por oito anos.
É
preciso ficar claro que essa perda do direito de se candidatar não foi decretada
apenas em razão das acirradas críticas justas ao imoral e vergonhoso sistema
eleitoral brasileiro, mas sim, em especial, pela reunião do então presidente do
país com embaixadores estrangeiros, em recintos da União, justamente para ele
denunciar possíveis sujeiras prevalentes no citado sistema eleitoral, sem
qualquer prova sobre possíveis fraudes.
Na
verdade, a referida reunião feriu a liturgia do cargo presidencial, porque o
seu titular precisa primar pela discrição e pelo cuidado com os assuntos de
relevância nacional, em absoluto respeito aos salutares princípios da
diplomacia exigidos dos verdadeiros estadistas.
Enfim,
a sanção inerente à inelegibilidade condiz essencialmente com o conjunto de
atividades protagonizadas pelo então presidente brasileiro, que certamente não
resultaria em absolutamente nada se não fosse a brutal animosidade dele com o
sistema dominante, que ver maldade dele em qualquer ato, não importando as
circunstâncias.
A
verdade é que a competência, a eficiência e a efetividade administrativas, no
governo desse político, cederam lugar para a vaidade pessoal, a insensibilidade,
a insensatez e a irracionalidade, que não permitiram a mínima oportunidade para
que fosse possível o vicejar da tolerância, da inteligência e da diplomacia próprias
da salutar administração do país.
O
certo é que o resultado de todo conjunto de desacertos e desvios de conduta
presidencial reflete no insucesso de político que é sinônimo de incompetência e
de falta de iniciativas, conforme mostram a história política dele, durante
todo o seu governo.
Brasília, em 4 de agosto de 2023
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