Em
vídeo que circula na redes sociais, o último ex-presidente do país faz duras
críticas não só ao que ele classifica de desgoverno do Brasil, à vista das loucuras
e dos desvios elencados por ele, em termos administrativos na gestão pública, mas
também de denunciar os abusos de autoridades e as arbitrariedades protagonizadas
pelo sistema dominante.
É
possível e isso fica muito claro que não adianta ser verdadeiro brasileiro, que
não foge à luta, mas apenas com capacidade para discursar, em fortes e
incisivas críticas aos abusos e às arbitrariedades, apenas apontando a
obviedade dos deploráveis acontecimentos que estão agredindo a honra e a
dignidade dos brasileiros, em cristalina evidência do desprezo aos princípios
republicanos e democráticos, conforme mostram os fatos do dia a dia.
Isso
pode ser considerado importante, apenas, de certa forma, porque mostra que
alguém ainda tem coragem para estrebuchar e dizer a verdade sentida na pele,
que é o caso dele.
Não
obstante, urge que a intelectualidade, a classe pensante e conservadora, venha
à tona, para mostrar iniciativas efetivamente capazes para se vislumbrarem algo
à altura de contraposição às decisões e aos atos abusivos, arbitrários,
desumanos e inconstitucionais, de modo que uma força seja capaz de frear,
barrar a volúpia avassaladora contra os princípios civilizatórios.
Como
se vê, discurso de cunho meramente de indignação contra as medidas
inconstitucionais, como os casos citados no vídeo em apreço, apenas trata da
confirmação da incapacidade e da incompetência para cuidar de gravíssima
questão humanitária, porque reconhece o peso que têm as decisões da tirania,
conquanto nada se contrapõe a elas, em termos de efetividade para combatê-las,
o que vale dizer em forma de confirmação da passividade pela parte prejudicada,
que sofre as chibatadas e simplesmente não reage, que deveria ser o caso.
O
certo é que o sistema dominante tem poderosa manobra de ação que garroteia
completamente a fragilidade de suas vítimas, que ainda conseguem demonstrar
sentimento próprio de quem apanha e tem apenas o direito de se lamentar, sem
qualquer possibilidade de reação contrária e à altura dos abusos e das
arbitrariedades, infelizmente.
É
preciso que os verdadeiros brasileiros se unam em movimento destinado à busca
de alternativas capazes não só do reconhecimento das maldades impingidas ao
povo, mas também que tenham condições de vislumbrarem medidas capazes de lutar
em defesa da dignidade humana, por meio de medidas práticas e efetivas.
Brasília, em 28 de agosto de 2023
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