Em
vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa conclui que a crise
político-institucional poderá se potencializar caso a sociedade civil se acovarde,
porquanto é tudo que a parte podre da política pretende para tomar conta dos
destinos do Brasil e ditar os seus rumos e futuro.
A
verdade é que, à vista dos fatos do cotidiano, a sociedade civil já se
acovardou, ou seja, não é mais o caso de se cogitar no sentido de se a
sociedade se acovardar, porque essa deplorável situação já foi configurada há
muito tempo.
Essa
assertiva decorre do fato desde quando se aceitou que o resultado das últimas
eleições presidenciais se tornasse sigiloso, tendo o conhecimento apenas de uma
autoridade, além de não se permitir qualquer forma de auditoria nem de se
possibilitar plena transparência do funcionamento do sistema eleitoral
brasileiro, porque isso se traduz em total afronta à norma insculpida no artigo
37 da Constituição, que estabelece que os atos da administração pública devem
ser do absoluto conhecimento da sociedade, à vista do respeito ao salutar princípio
da publicidade, como assim consta ali escrito.
Diante
desse estado de total demência de um povo, a única solução é realmente a
imediata reação das pessoas honradas, tendo como objetivo de parâmetro a
consciência cívica de que as normas constitucionais precisam ser observadas e respeitadas,
especialmente, no caso, com a estrita observância do princípio fundamental da transparência,
em especial, sobre a operacionalização do sistema eleitoral brasileiro, ante a
falta de justificativa para o seu indevido sigilo.
Nesse
caso, releva a importância da exibição da transparência das urnas eletrônicas,
tendo em vista, em especial, a garantia sobre as suas credibilidade e
segurança, fato este que não se justifica, de forma alguma, nenhum sigilo inexplicavelmente
decretado, para o resguardar alguma irregularidade, quando se pressupõe que
tudo esteja correto e regular, sem necessidade de quaisquer dúvidas que
precisam ser escoimadas?
À
toda evidência, é preciso sim que os brasileiros reajam, com o máximo de
urgência, mas essa importante mobilização cívica precisa da presença de
liderança forte, capaz, inteligente e, acima de tudo, altruísta, que é algo absolutamente
inexistente, na atualidade.
Certamente
que, se os conservadores tivessem liderança com o mínimo de sentimento
patriótico, imbuída de suficientes sensibilidades política e cívica, certamente
que o Brasil jamais estaria mergulhado nessa tragédia de governabilidade.
Ao
contrário disso, pressupõe que algo revolucionário já teria acontecido, como
forma de reação da sociedade em defesa das mudanças necessárias à moralização do
Brasil, tendo por fim a total limpeza das sujeiras infectas que dominaram o
poder do país, mesmo contra a vontade soberana do povo, que jamais concordaria
com a entrega do poder à parte decomposta dos políticos brasileiros.
Brasília, em 25 de agosto de 2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário