terça-feira, 1 de agosto de 2023

Falta de mentalidade

De acordo com vídeo postado na internet, um bolsonarista expõe o elenco dos principais entreveros acontecidos entre o último ex-presidente do país e muitos de seus desafetos, como políticos, artistas, jornalistas e pessoas do povo, para, ao fim, se indagar qual deve ser considerada a melhor de todas as disputas?

Impressiona a mente de alguns brasileiros, que ainda ficam tentando encontrar motivos e razões para a avaliação sobre a melhor  participação de político em disputa absolutamente inútil e desnecessária, comparável ao que normalmente acontece nos  botequins de ponta-de-rua, uma vez que isso é notoriamente incompatível com a relevância do cargo presidencial.

A verdade é que o legítimo estadista não tem condições de evitar as críticas e as agressões da sociedade contra ele e o seu governo, porque isso faz parte da democracia, quanto à liberdade de expressão.

Agora, é preciso notar que o estadista com competência, sensatez e inteligência não pode se rebaixar e se nivelar à pobreza de mentalidade daqueles que o atacam com palavras, como forma, normalmente, de revide ou até mesmo de justificativa, mas isso reforge às atribuições inerentes à liturgia do estadista. 

É evidente que o estadista não precisa aceitar nem ficar calado, nos casos de provocações e outras formas de agressão, mas a resposta pertinente deveria ter sido por meio dos canais oficiais apropriados ou até mesmo pela via judicial, conforme o caso, como fazem normalmente os presidentes de países evoluídos, em termos políticos e democráticos.

Nesse caso, convém que haja a compreensão sobre a importância dos salutares princípios da diplomacia, da tolerância e principalmente sobre a decência no relacionamento entre os representantes políticos e a sociedade, evitando-se disputas e agressividades em praça pública, como fez puerilmente o ex-presidente do país.

Na verdade, a contumácia dos inúteis atritos entre o ex-presidente do país e seus desafetos, conforme injustificável elenco de casos absolutamente dispensáveis, apenas confirma a aversão dele aos saudáveis princípios da diplomacia pública, da tolerância e principalmente da civilidade.

Isso também revela pouca ou nenhuma importância do político à prática modelar da boa lição de civilidade e educação, que compete aos estadistas que primam pela construção e o aperfeiçoamento dos bons costumes.

Em síntese, pode-se concluir que o ex-presidente perdeu excelentes oportunidades para empregar o tempo desperdiçado em inúteis e dispensáveis confusões e atritos com os seus desafetos em atividades específicas e inerentes ao seu cargo.

É lamentável que brasileiros honrados ainda fiquem alimentando espetáculo de péssima qualidade, em se tratando da relevância do cargo presidencial, que precisaria ser modelo de dignidade e zelo à liturgia funcional.

Brasília, em 24 de julho de 2023 

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