Muito tem sido o entusiasmo por parte de bolsonaristas com o resultado
da economia, no exercício de 2022, tendo por base dados sobre o desempenho
positivo de alguns índices mostrados por meio de vídeo, em que realmente são
visíveis os sinais dos bons frutos colhidos pelo governo, em setor de vital
importância para o desenvolvimento da nação.
Na verdade, o desempenho mostrado pelas economia e infraestrutura poderia
ter sido acompanhado também pelos demais ministérios, uma vez que estes órgãos
faziam ou integravam o mesmo governo, que não pode ser avaliado senão no seu
conjunto, conquanto, afora esses dois importantes setores, que realmente se
destacaram ao nível desejável, em termos do cumprimento das metas
governamentais.
Aqueles setores tiveram bons desempenho, que poderiam ter sido a mesma
tônica dos demais ministérios, porque isso seria o normal a se esperar de
governo eleito para cuidar das políticas públicas, repita-se, no seu conjunto e
não somente de um ou dois ministérios, porque administrar compreende a integralidade
das políticas públicas.
O certo é que os demais órgãos cumpriram apenas a missão normal ou tiveram
desempenho extremamente sofrível, a exemplo das políticas executadas em outras áreas
vitais para a sociedade, a exemplo da educação e da saúde, cujas atuações se
resumiram em verdadeiro fracasso, conforme mostram os seus resultados,
considerados pífios e desastrosos.
A
democracia nada mais é do que se ter a liberdade para tanto de se puder
expressar enaltecimento como também de mostrar algumas verdades, doa a quem
doer, uma vez que elas sempre machucam e doem muito, quando as pessoas sentem que
nem tudo são flores, como no caso do ótimo desempenho da economia, porque convém
que o governo seja avaliado pelo conjunto da execução das políticas públicas.
Na
verdade, para uns brasileiros, é sim
motivo de regozijo o destacado desempenho da economia, mas somente ela não pode
servir como parâmetro para todo o governo, com a finalidade de somente isso
passar a ser suficiente para qualificá-lo como sendo o melhor governo de todos
os tempos, uma vez que não tem como compensar, por melhor boa vontade, as
mediocridades com o caso melhorado ou especial acontecido na economia.
A
verdade é que nada poderia ter sido mais horroroso para a saúde pública do que
a insensatez e a insensibilidade do então mandatário do país, a principal
autoridade da nação, que teve comportamento sempre contrário ao ritmo da
normalidade no combate à Covid-19, quando a sua participação, nos assuntos
pandêmicos, era motivadora de críticas da mídia e da sociedade, exatamente
porque, dificilmente, ela estava em sintonia com os desideratos colimados para
o caso, mesmo que ele não tivesse qualquer conhecimento em assuntos
relacionados, em particular, com a medicina e a saúde pública, o que se
recomendaria que os assuntos da saúde dos brasileiros ficassem sendo cuidados
por órgão específico e apropriado, apenas merecendo a supervisão própria do
mandatário, para a adoção das medidas exclusivamente administrativas da sua alçada.
Ainda
para agravar a sua fama histórica de insensibilidade para com a grave crise,
ele nomeou um general, especialista em estratégia de questões militares, sem
nenhuma especialização ou conhecimento em medicina ou saúde pública, que ficou
no cargo, por quase um ano e, o pior, no auge da crise, cuja importância dele
na mais relevante missão, na pandemia, era o de ser capacho do então presidente
do país, como recebedor de ordens e a primeira delas foi a implantação do
protocolo médico que aconselhava o uso da hidroxicloroquina, no combate à
Covid-19, bombardeada por críticas de toda ordem.
A
verdade é que o então presidente do país se houve, no combate à pandemia, como
verdadeiro antítese dos males, quando decidiu nem tomar a vacina e sempre
esteve contra a imunização dos brasileiros, cujo comportamento lhe valeu o
título de negacionista, por parte de umas pessoas e até de genocida, por
outras.
Acredita-se
que a pandemia do coronavírus veio em importante momento para o mandatário se
consagrar como herói ou vilão, definitivamente, e passar para a história do
país como verdadeiro herói ou marte nacional, conforme o caso, na qualidade de
homem público preocupado ou não em cuidar e zelar, com exclusividade e denotado
carinho possível ou não, dos problemas relacionados com tudo que fosse o melhor
para proteger a saúde da população.
Para
tanta, era preciso ser herói para compor a melhor equipe de entendidos em saúde
pública, que deveria ter sido integrada por pessoas especialistas renomadas em
saúde pública, com a participação da União, dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios, de modo que houvesse uma espécie de mutirão de pessoas
renomadas e especialistas, comprometidas em salvar vidas humanas, com
plenas autonomias para cuidarem da saúde das pessoas.
Nesse
caso, o presidente do país teria tão somente as funções de gerenciador, em
forma apenas de apoios financeiro, material e pessoal, sem mais nada, senão o
incentivo e o estímulo para que fosse possível o sucesso do empreendimento, o
mais rapidamente possível, uma vez que todos estavam imbuídos nos melhores propósitos,
mesmo porque a causa somente exigia ação, boa vontade e trabalho, sem qualquer
negativismo contra absolutamente nada.
Como
mostraram os fatos da vida, por puro capricho de ser autêntico com seus
propósitos, o ex-presidente do país preferiu enveredar por sentimentos pessoais
e não pelos caminhos do verdadeiro estadista, porque este teria sinalizado pelo
fiel destino próprio da sensibilidade, da sensatez e do amor ao ser humano, por
meio do qual ele certamente teria sido mais bem compreendido, inclusive por todos
os brasileiros, indistintamente de ideologias.
Enfim,
nesse caso em especial da pandemia, o ex-presidente do país teve, nas suas
mãos, a oportunidade para passar para a história brasileira, quando poderia ter
se consagrado como o mais moderno herói nacional, se tivesse tido inteligência,
sensibilidade, racionalidade, competência e responsabilidade cívicas para
compreender a verdadeira grandeza da vida humana.
A
verdade é que a participação do então presidente do país, no combate à pandemia
do coronavírus, foi tão desastrosa que o Ministério da Saúde simplesmente
inexistiu, por ter tido atuação simplesmente lamentável, em crise da maior
gravidade para a saúde pública.
No
que se refere à educação, o saldo do governo é o pior possível, especialmente
por se tratar de área que precisava urgentemente de amplas reformas em todos os
níveis de ensino, diante do seu gritante e notório distanciamento da
modernidade das plataformas das melhores estruturas de educação, à vista do
conformismo dos governos para com as políticas de ensino, que estão em patamar
de crescente precariedade, conforme mostram o aprendizagem em todos os níveis.
Exatamente
na área de educação, o governo bateu cabeças e teve o desempenho mais pífio
possível, em razão das péssimas escolhas dos ministros, que somente conseguiram
colecionar trapalhadas prejudiciais ao ensino.
Se
os principais ministérios da saúde e educação foram exemplos de desastroso
desempenho, posto que somente contribuíram para coisa alguma, o mesmo se pode
dizer quanto à realização de obras de impacto, salvo a conclusão da transposição
das águas do Rio São Francisco, que não teve início no governo.
A
referência que se faz sobre grandes obras é tão somente porque elas são capazes
de gerar emprego e de contribuir para o desenvolvimento do país, salvo aquelas
que foram realizadas pela área da infraestrutura, graças à notável dinâmica do
trator-humano que efetivamente deu bons exemplos, que não foram aproveitados nem
seguidos por outros ministérios, infelizmente.
Por
seu turno, chega a ser risível se afirmar sobre a honestidade e o modelo de
moralidade do ex-mandatário, por não ter sido constatado qualquer caso de
irregularidades graves na gestão dele, a exemplo de corrupção.
Impende
esclarecer que a conotação de corrupto, na administração pública, não é somente
quando o agente administrativo é apanhado com a “boca na botija”, metendo a
“mão-grande” no dinheiro público, mas também quando ele deixa de observar princípios
fundamentais da lisura e da legalidade na aplicação dos recursos públicos, como
no caso do desvio de finalidade.
Nesse
caso, convém se observar a boa e regular destinação dos recursos públicos,
tendo em vista as finalidades apontadas nos orçamentos públicos.
Não
obstante, diferem dessa normalidade os casos de nomeação de cargos públicos,
por força de acordo notoriamente espúrio, que também é o caso da liberação de
verbas públicas, por meio de emendas, para a compra da consciência de
parlamentares, posto que tudo isso aconteceu no governo em discussão, por força
do seboso acordo com o Centrão.
Nesse
caso específico, tem-se como agravante o acordo que propiciou a ida do
deplorável e nefasto Centrão, pior e recriminável grupo fisiológico para o colo
do governo, que teve por caracterização medida de interesse particular, que não
teve qualquer vínculo com a necessidade pública, mas sim para acudir situação
específica de blindagem do ex-presidente contra possíveis processos de
impeachment, na Câmara dos Deputados e isso é notório.
Ou
seja, o ex-mandatário fez uso indevido de verbas públicas para atender situação
de interesse particular dele e isso caracteriza irregularidade classificada
como corrupção, que é o desvio de recursos públicos para finalidades estranhas
ao interesse público.
A
verdade é que, a rigor, se houvesse investigação sobre a regularidade dos
recursos comprometidos com a nomeação dos cargos de pessoas vinculadas ao
Centrão e as verbas liberadas sob a forma de emendas parlamentares, certamente
que ficaria caracterizada a responsabilidade do ex-presidente do país, que foi
a autoridade que concordou com o espúrio acordo que possibilitou a união entre o
Centrão e o Executivo, que foi obrigado a promover indevidas nomeações e
liberação de recursos extras, para selar atos indiscutivelmente irregulares.
Os
brasileiros precisam se conscientizar de que também constituem atos de
corrupção o desvio de finalidade como o deprimente acordo do governo com o
desgraçado Centrão, que se apropriou, de forma indevida, de recursos públicos,
conforme mostram os fatos circunstanciados a essa espúria e indevida sociedade.
Agora,
sob o alinhamento com a visão democrática, há corrente de brasileiros que
prefere que o ex-presidente do país seja definitivamente ignorado da história
política brasileira, em especial porque ele foi incapaz de evitar a desgraça e
o infortúnio pelas quais o Brasil se encontra terrivelmente mergulhado em
abissal e nefasto desgoverno, com visível tendência para levá-lo ainda mais
para o pior dos mundos, ou mais especificamente, para o demoníaco regime
socialista/comunista, que é a horrorosa ideologia prevalecente no chamado
governo.
A
antipatia ao nome desse político parte da avaliação de que ele poderia ter
implantado a intervenção militar, no final do governo dele e logo depois do
resultado das urnas eletrônicas, quando houve enormes suspeitas sobre graves
irregularidades na operacionalização das referidas urnas, por conta de possível
falsificação de resultados, diante das expectativas de que ele era o favorito
dos brasileiros para sagrar-se vitorioso, mas fui derrotado logo por homem
público em plena desgraça moral e política.
Nesse
caso, bastava a alegação sobre a necessidade da garantia da lei e da ordem,
diante da negativa de transparência acerca do funcionamento do sistema
eleitoral, em especial no que dizia respeito ao acesso aos “códigos-fontes”
inerentes às urnas eletrônicas, cuja fiscalização pelos militares haveria
de revelar a verdadeira vontade dos brasileiros, por meio da sua vontade, o que
poderia mudar a história política do Brasil, quando, finalmente, fossem
mostradas as fraudes nas urnas.
Essa
medida, tanto foi reivindicada e implorada pelos brasileiros honrados e
dignos, que se puseram à frente dos quartéis do Exército, em mobilização nunca
vista na história brasileira, como tinha respaldo jurídico no disposto no
artigo 142 da Constituição.
O
certo mesmo é que o então presidente do país se fez de ouvidos moucos para os
gritos ensurdecedores dos patriotas, tendo preferido dar-lhes as costas, ao
meio de “sonoro e insuportável” silêncio, não teve a mínima dignidade para
justificar a sua inadmissível omissão e ainda fugiu para outro país, pois ele
desconfiava que poderia ser preso, ou seja, se fez de medroso para não assumir
os seus atos, na vida pública.
Na
verdade, convém que seja enaltecida uma das mais importantes lacunas do
governo, que foi a completa ausência de reformas nas estrutura e conjuntura do
Estado, em todas as suas áreas de atuação, diante do notório desperdício de
recursos públicos, por força da obrigação de se manter a máquina pública com
suas máculas paquidérmicas de inchaço e ineficiência, que exige urgentes
modernidade e aperfeiçoamento, mas isso nunca fez parte das preocupações da
gestão do ex-presidente do país, salvo apenas por ocasião da campanha eleitoral,
quando ele prometeu sim mudanças na administração pública.
Trata-se,
como se vê, de fatos verdadeiros e contra eles não há salvação, salvo para as
consciências que preferem enxergar somente aquilo que é da sua conveniência,
vendo grandeza em político que não soube honrar o cargo que exercia, como se
ele só tivesse qualidades e nenhum defeito nem deficiência, à vista dos
comentários.
Enfim,
que país é este, que o povo prefere aplaudir e exaltar político que pode ter
sido completamente insensível às atribuições e funções inerentes ao relevante
cargo presidencial?
Não resta a menor dúvida de que é de suma importância que se avalie o
relevante desempenho da economia, mas o governo precisa ser compreendido no seu
conjunto, de modo que não existe justiça somente se reconhecer as bondades, sem
a presença dos desacertos e dos casos que somente contribuíram para deslustrá-lo,
o que vale se afirmar que não existe parcialidade de gestão pública, quando se
considera as áreas da economia e da infraestrutura e se deixa o resto à margem.
É preciso que, para o fim de avaliação justa e imparcial, seja enxergado
o desempenho de todas as políticas do governo e todos os seus atos, levando-se
em consideração tanto os acertos como os deslizes, sem que haja qualquer possibilidade
de compensação entre os atos em si.
Brasília, em 1º de agosto de 2023
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