Justo desabafo?

De acordo com vídeo que circula na internet, uma pessoa demonstra bastante revolta contra os abusos de autoridade de ministro que pratica, segundo ele, monstruosidades e desrespeito aos salutares princípios democráticos e constitucionais, por meio de atos e decisões arbitrárias e perseguições às pessoas.

Com absoluta certeza, o sentimento desse cidadão não é diferente da tristeza e da indignação por que estão passando os demais verdadeiros brasileiros, diante do descalabro desenfreado e absurdo que tomou rumo a ingovernabilidade do Brasil, conforme mostram os fatos, à saciedade.

Isso realmente é motivo mais do que suficiente para protestos e repúdios veementes dos brasileiros de bem, tal e qual na forma da manifestação sentida por esse cidadão, com o porém de que a sua maneira de se rebelar e se posicionar contra as arbitrariedades e os abusos mostra um tanto de exagero e desequilíbrio, não compatíveis com a precisa necessidade de reparação e saneamento das atrocidades reclamadas pelos brasileiros honrados, como convém para a conquista da normalidade democrática.

Na minha concepção, as agressões e as truculências protagonizadas pelo sistema dominante não justificam senão a reação da sociedade na busca de medidas que sejam capazes de contrapô-las e sufocá-las de maneira adequada e precisa, sem necessidade de agressões com o uso de palavras ofensivas, como a se justificar que um erro aceita outro erro ainda pior.

Isso somente mostra o extremo do desequilíbrio psicológico e emocional, que tende a influenciar, de forma precipitada, as pessoas que se animam à violência e ao descontrole igualmente emocionais, quando a causa exige moderação, equilíbrio e inteligência, para que seja possível se vislumbrarem as melhores medidas capazes de contribuir para a solução de tão graves questões da história brasileira, em que uma única pessoa se assenhorou-se do poder e manda soberanamente nos destinos dos brasileiros, com a imposição de medidas tirânicas e violentas contra os direitos humanos, evidentemente em notória contrariedade com o ordenamento constitucional e aos princípios republicanos e democráticos.

O mais grave é que, contra tamanha violência, não se ouve nenhuma voz à altura de se opor, com o mesmo ímpeto para enfrentá-lo, em defesa da verdade e dos direitos constitucionais dos verdadeiros brasileiros.

Sim, diante de inaceitáveis abusos e arbitrariedades contra os brasileiros, é preciso que as forças do bem se unam e se convirjam, com o máximo de coragem e disposição, para combater, com medidas precisas e efetivas, mas sob o império da motivação, do equilíbrio e dos bons propósitos para a conquista da paz e da tranquilidade da nação.

Brasília, em 3 de agosto de 2023