sábado, 5 de agosto de 2023

Melhor presidente?

 

De acordo com vídeo postado na internet, uma pessoa enaltece o desempenho do último ex-presidente do país e conclui que ele foi o melhor mandatário dos últimos 30 anos.

Tudo pode se restringir em pura interpretação pessoal sobre o desempenho do último governo, que foi marcado por alguns destaques, mas muitas deficiências administrativas, quando ele não teve capacidade para tratar tão somente dos assuntos inerentes ao Estado, no exato cumprimento das funções próprias do mandato presidencial.

Enquanto esse cidadão o considera excelente a última gestão presidencial, outras pessoas podem ter entendimento completamente diferente, evidentemente sob a ótica da efetividade sobre a realização de ações exclusivamente em benefício da sociedade, na melhor forma da satisfação do bem comum, a despeito do envolvimento do ex-presidente com assuntos que poderiam ter sido solucionados apenas no âmbito da sua sala de trabalho, mediante a elaboração de projetos legislativos e outras medidas eminentemente de ordem pública.

O que adianta a composição do ministério somente por técnicos, se eles foram absolutamente incompetentes e ineficientes, que apenas produziram as mesmíssimas atividades, em forma rotineira do funcionamento da máquina pública, sem terem iniciativa para a inovação na gestão pública?

Ressalvada a excelência do trabalho realizado pelo trator colocado na infraestrutura, que teve desempenho notável na execução de importantes obras rodoviárias e outras relacionadas com o sistema ferroviário etc., em todo Brasil, além do lampejo de bom desempenho do ministro da Economia, os demais ministros tiveram desempenho extremamente apagado, não passando de meros coadjuvantes na execução de metas sem qualquer qualidade, como se eles estivessem impedidos de agir e desenvolver programas e metas diferentes da normalidade.

O que realmente fez, por exemplo, o Ministério da Educação, um dos mais importantes órgãos do governo para o desenvolvimento do bom ensino do país, mas que tem sido um dos piores do mundo, na qualidade da educação, exatamente por não ter tido qualquer prioridade na gestão, no sentido de se implementar de reformas do ensino, em todos os níveis, do básico ao superior?

Ali poderiam ter sido plantadas as mais importantes sementes para o futuro do Brasil, bastava a implantação, em quatro anos, de amplas reformas tão importantes e necessárias à modernidade do ensino, ante o anacrônico e o paupérrimo sistema educacional prevalente, na atualidade, que deve ser um dos piores existentes em funcionamento ma face da Terra.

Como explicar e até mesmo justificar tamanha condescendência, em forma consentida de puro desprezo a tema da maior importância para o Brasil, uma vez que qualquer analfabeto sabe perfeitamente da premente carência de modernidade e aprimoramento da educação brasileira, menos, por óbvio, como visto, o titular do último governo, que sequer esbouçou qualquer iniciativa nesse sentido.

Aliás, diga-se, de passagem, que aquele ministério foi povoado pelas figuras mais esdrúxulas e emblemáticas, em termos de péssimo exemplo não só para a educação, mas para a todo o governo, em que se chegou ao ridículo de dois pastores, apoiados pelo então presidente do país, criarem a maior confusão naquele órgão, por terem instituído a figura da exigência do pagamento de propina para a liberação de verba da educação, conforme as denúncias feitas por prefeitos.

A verdade sobre a incompetência e a falta de iniciativa do MEC serve de exemplo generalizado para todo governo, que, se quisesse e tivesse interesse e competência, poderia ter implementado importantes reformas na administração pública, como forma de aperfeiçoamento e modernização da paquidérmica estrutura do Estado, que tem sido modelo de extrema precariedade em contumácia de desperdícios de dinheiro público, à vista de gastos desnecessários, em programas e atividades arcaicos e ineficientes.

Enfim, o último governo até se esforçou para tentar cumprir a missão para a qual o presidente foi eleito, mas, praticamente se muito fez foi conduzir, a duras penas, o barco Brasil carregado com os apetrechos considerados absolutamente normais, não tendo construído obras de impacto nem realizado as reformas a tanto reclamadas pelos brasileiros e tão necessárias ao desenvolvimento do Brasil.

É extremamente lamentável que ainda tenha quem aplauda o governo que foi incapaz de alcançar melhores resultados de gestão, cuja forma de manifestação ajuda a se transmitir a errônea e falsa ideia de que o último presidente do país foi excelente, quando o conjunto das suas realizações foi absolutamente pífio e insignificante, se forem consideradas as prementes precariedade e necessidades do Brasil e dos brasileiros.

Brasília, em 5 de agosto de 2023

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