sábado, 19 de agosto de 2023

Incompetência

 

Mensagem que circula na internet noticia que, na última eleição, na Argentina, foi usada a urna com voto impresso auditável.  

Não há a menor dúvida de que a votação argentina, com o uso do voto impresso auditável é verdadeira tapa na cara da incompetência do governo brasileiro, anterior ao atual.

O então presidente brasileiro passou todo governo criticando e agredindo quem estivesse contra o voto impresso, como se somente isso tivesse o condão de resolver as precariedades e as deficiências do sistema eleitoral brasileiro, conquanto as autoridades incumbidas de processar a operacionalização das urnas eletrônicas queriam exatamente que tudo ficasse nesse eterno “mimimi”, sem nenhuma medida legislativa pertinente ao aperfeiçoamento do citado sistema.

Caso o então presidente do país tivesse o mínimo de competência, não teria feito uma única crítica a nada nem a ninguém, ou seja, poderia ele ter ficado em absoluto silêncio e apenas providenciado projeto de lei, cuidando especificamente da obrigatoriedade do uso do voto impresso auditável, certamente com o acompanhamento da devida e competente justificativa, mostrando a imperiosa necessidade da modernidade e da segurança do voto.

Infelizmente, a incompetência falou mais alto e o resultado é o mais trágico possível, conforme mostram os resultados das últimas eleições, que se tornaram em eternas dúvidas, em especial diante da falta de transparência, em que é impossível qualquer forma de auditoria, à vista do sigilo imposto pelo seu sistema, que age segundo a lei de seus controladores.

A verdade é que a racionalidade administrativa aconselha que o gestor público apenas aja em prol das melhorias do interesse público, de modo a satisfazerem plenamente as ansiedades da sociedade, sem necessidade alguma de se discutir, em público, absolutamente nada, porque questões que dizem respeito à competência não se discute, apenas se executa em silêncio e com objetividade.

Tudo o que aconteceu, no Brasil, poderia ter sido diferente, se tivesse sido aprovada norma específica de aperfeiçoamento do sistema eleitoral, que era da competência também do presidente da República, exatamente como foi feito na nação amiga, onde certamente não deverá haver qualquer forma de suspeição, porque lá alguém teve a devida competência para modernizar o seu sistema eleitoral.

Hoje, de nada adianta ficar ressaltando a eficiência do sistema eleitoral de outros países, porque isso só potencializa as nossas incompetência e falta de capacidade de se evoluir como fazem as nações organizadas, onde têm pessoas inteligentes e competentes, em condições de providenciarem as medidas necessárias ao aperfeiçoamento dos sistemas democráticos e republicanos.

Enfim, o exemplo constante da mensagem somente sinaliza que os brasileiros precisam se conscientizar sobre a urgente necessidade de se desprezar os políticos incompetentes e ineficientes, à vista da premente escolha de representantes que sejam efetivamente capazes de satisfazerem às necessidades da sociedade, em termos de aperfeiçoamento dos sistemas e das normas pertinentes à evolução e à modernidade administrativa, sem necessidade de se discutir absolutamente nada, porque isso só contribui para o caos, conforme mostram os fatos.

Brasília, em 19 de agosto de 2023

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