Conforme
vídeo que circula nas redes sociais, é mostrada reportagem dando notícia de que
a casa de um delegado de polícia havia sido roubada e, enquanto isso, aparece a
imagem dessa autoridade empurrando o advogado do criminoso, que, diante da
violência, o causídico caiu de costas e ainda foi chutado, evidentemente sob fortes
ameaças de intimidação.
Há
casos em que o ser humano não passa de verdadeiro animal irracional, capaz de
se descontrolar e cometer atos absolutamente grotesco e fora da normalidade,
como nesse caso mostrado no vídeo, tamanho é a violência, absolutamente
desnecessária e injustificável.
Ao
que tudo indica, o delegado descontou toda a sua irritação no advogado, em
momento de fúria absurdamente irreconhecível, diante apenas da atuação dele,
que até justificasse ação repressiva por parte do delegado, como, por exemplo,
voz de prisão, por possível desacato à autoridade ou algo do gênero, mas jamais
na forma de tamanha violência e agressão desproporcionais, pelo menos, segundo
o que foi mostrado nas imagens, que não há qualquer agressão física por parte
do advogado, a justificar a brutalidade da autoridade policial.
A
verdade é que o delegado aproveitou o ensejo para a devida ação corretiva que
talvez fosse aplicável e necessária contra o bandido, caso ele não tenha sido
arrebentado, tamanha a raiva do delegado.
O
pior é que muitas pessoas acham correta a atitude do delegado, pelo fato de ter
sido agredida a sua intimidade patrimonial, para roubar bens da sua
propriedade, conquanto isso não pode servir de álibi para ele agredir senão, se
necessário, o próprio criminoso.
Em
princípio, nas circunstâncias, não assiste a mínima razão ao delegado, para
tanto descontrole emocional, que precisa não somente aprender a lidar com
situação adversa como acontecida com ele, mas também responder por seu ato de
desnecessária violência contra o seu semelhante.
Brasília, em 8 de agosto de 2023
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