domingo, 6 de agosto de 2023

Revolta

 

De acordo com vídeo postado na internet, um apresentador de televisão se mostra extremamente abismado depois que a Câmara dos Deputados aprovou privilégio para os próprios políticos e seus familiares, tendo considerado que a medida é “uma vergonha”.

O extremo espanto desse apresentador de jornalismo televisivo até poderia ser considerado normal se o Brasil não tivesse ingressado no deplorável socialista tupiniquim, em que qualquer pouca-vergonha é absolutamente normal, segundo a sua filosofia, inclusive quanto à criação de privilégios estapafúrdios, precisamente para as próprias pessoas que, espantosamente, aprovaram o projeto de lei, na absoluta certeza de que é isso mesmo que condiz com a farra dos privilégios proporcionados pelo poder emanado pelo povo.

Lamentavelmente, essa degradante atitude dos parlamentares é incapaz para envergonhar quem os elegeu, que, como se vê, igualmente não tem o menor pudor em aprovar medida visivelmente discriminatória e inconstitucional, sob o prisma dos princípios da seriedade, da isonomia e da civilidade, no que se refere ao conceito fundamental de que todos os brasileiros são iguais perante a lei, assim definidos pela Lei Maior do Brasil.

Sim, a aprovação dessa espúria norma jurídica, com viés de natureza também penal, tem o condão de mostrar a sanha autoritária dos políticos tupiniquins, que expõem, sem o mínimo pudor, o quanto eles são criativos na potencialização da imoralidade e do absurdo da proteção de seus criminais interesses.

Na verdade, os congressistas dão a entender que os bandidos não são eles, mas sim a sociedade que os perseguem, havendo necessidade de norma jurídica para a garantia da proteção dos atos criminosos deles.

Infelizmente, o mencionado jornalista só conseguiu perder tempo, em produzir brilhante texto, que tem o peso de refletir, literalmente, a indignação e o repúdio dos brasileiros honrados e dignos contra a insensibilidade ínsita dos políticos brasileiros.

Os parlamentares já ultrapassaram todos os limites da racionalidade e do bom senso, quanto aos parâmetros aplicáveis às atribuições próprias do mandato para o qual eles foram eles, que teria sido apenas para a estrita função da defesa dos interesses da sociedade, conquanto eles se permitem à extrapolação desse desiderato constitucional, ao legislarem em seus benefícios.

A aprovação desse projeto de lei é apenas a confirmação do brocardo segundo o qual o povo tem os seus representantes políticos que bem merece, infelizmente, uma vez que, na prática, eles não passam de autênticos aprovei8tadores das benesses do poder.

Brasília, em 6 de agosto de 2023

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