Diante
da catástrofe que grassa na saúde pública, na condução do governo, o Centrão
deu ultimatum ao presidente da República para a troca do general que
ocupa a pasta da Saúde, sob pena da abertura de CPI da Pandemia, pretendida por
congressista.
Imediatamente,
ontem, o presidente brasileiro se reuniu, por mais de três horas com médica indicada
pelo presidente da Câmara dos Deputados, que é um dos líderes do Centrão, por
ela ser exatamente especialista em assuntos pertinentes ao tratamento da
Covid-19, já tendo cuidado de autoridades da República, quando elas estiveram
doentes dessa doença.
Não
obstante, há notícia de que a médica não vai aceitar o convite do presidente, para
ocupar o cargo de ministra da Saúde, conforme foi revelada por importante colunista
do jornal a Folha de S. Paulo, em furo de notícia.
Na
conversa entre o presidente, a médica e o titular da pasta, foram tratados
temas especificamente de combate à pandemia da Covid-19, compreendendo o isolamento
social, a vacinação e o tratamento precoce.
A
médica, que é cardiologista e intensivista, chegou a participar de estudos que
desmentiam a eficácia de remédios que fazem parte do “kit covid”, adotado pelo
governo.
A
imprensa ressalta que a escolha da médica tem o apoio, em especial, do
presidente da Câmara dos Deputados, de ministros do STF, ministros do governo e
outras autoridades da República, que eram a favor da escolha dela.
Quanto
ao “kit covid”, segundo a jornalista, no referido encontro, não houve consenso
sobre como os temas seriam tratados, fato este que enseja que somente seria
possível a nomeação da médica caso alguém se dignasse a ceder, que certamente
não seria o “todo-poderoso”, que tem consciência de que ele sempre tem a razão,
principalmente em saúde, por se já se atreveu a dar as cartas nas políticas
pertinentes, que deveriam ser de exclusiva competência do titular da pasta, que
está acéfala, precisamente “comandada” por especialista em logística, que é
especialidade muito pouco condizente com a imperiosidade do ferrenho combate à
pandemia, por se exigir a presença de profissional da área de medicina ou
sanitarismo, algo que o Centrão entendeu por bem de mostrar isso claramente ao
presidente do país.
De
acordo com a jornalista, o diálogo era tranquilo, no início, mas a tensão
aumentou devido à falta de concordância entre as partes, o que motivou novo encontro,
para hoje, se já não foi desmarcado, entre o presidente e a médica, uma vez que,
se já houve a antecipação da decisão dela de não aceitar o convite, nova
reunião seria infrutífera, salvo de alguém ceder nos seus posicionamentos
ideológicos sobre o tratamento da Covid-19.
O
combate à Covid-19 tem sido realmente o calcanhar de Aquiles do governo, que
não consegue fazer absolutamente nada em consonância com o protocola desejável
para a eficiência do combate à doença terrível e letal, à vista do inadmissível
registro de 280 mil óbitos debitados à conta de muita incompetência, omissão e
descaso, em especial diante da falta de sensibilidade, humanismo, diálogo, compreensão
e de humildade para a condução das medidas capazes de contribuir para se
encontrar os melhores mecanismos aplicáveis ao caso.
Já
é do conhecimento da mídia que a médica tem se posicionado a favor do
isolamento e da imunização em massa, em contraposição ao entendimento do
presidente, bem assim contra o chamado tratamento precoce, que é apoiado pelo
mandatário brasileiro.
Embora a médica conte com o decisivo apoio de
importantes autoridades da República e também da classe médica, ela teria
enormes dificuldades para fazer seu trabalho à frente da Saúde, à vista de as
suas posições baterem de frente com as do presidente do país, conforme se verifica
a seguir.
Por muitas vezes, a médica já afirmou, acompanhando
entidades internacionais e as melhores evidências científicas da atualidade,
que a cloroquina não tem eficácia contra a Covid-19, embora a droga seja reiteradamente
defendida pelo presidente do país, além de também ser indicada pelo Ministério
da Saúde, que fez aplicativo para orientar o uso da droga até para bebês.
A médica afirmou que a "Cloroquina não é
vacina. Está sendo vista como salvadora, e não é", porque as evidências
mostram a falta de efeito da droga contra a Covid-19, tendo declarado que "Não
podemos tratar as pessoas com base em ideologias. A cloroquina, por exemplo,
que foi extremamente ideologizada no início da pandemia, não serve para a
Covid-19. É uma medicação
excelente para tratar outras doenças, mas os estudos mostraram que, tanto a
hidroxicloroquina, quanto a cloroquina, não possuem eficácia na prevenção e no
tratamento do coronavírus.".
Recentemente, a médica foi ainda mais incisiva, ao
afirmar: “associando a persistência na ideia de um suposto tratamento
precoce (que não existe até o momento), à ignorância profissional de
parte da classe médica e a pessoas tentando se promover e ganhar clientes em um
momento de sofrimento. Imagine se só o Brasil teria a cura dessa doença! Só os
instagrammers, tuiteiros e os youtubers brasileiros saberiam como tratar a fase
precoce. Isso é uma vergonha internacionalmente discutida. Sabemos que
cloroquina não funciona há muitos meses, que azitromicina não funciona há
muitos meses, que ivermectina não funciona há muitos meses.".
A
médica disse que "O Brasil fez tudo errado. O Brasil isolou de uma
maneira heterogênea, cada cidade e estado de uma maneira. No momento hora
apropriado, hora inapropriado. Deixou a população com informações muitas vezes
equivocadas. Não investiu em testes, testou um número muito menor do que
deveria ter testado".
O
entendimento da especialista sobre o isolamento social tem total aprovação minha,
porque eu venho dizendo que faltam normas sobre as políticas de distanciamento,
que poderiam ter sido feitas pelo ministério sempre ausente e omisso aos
problemas inerentes ao verdadeiro combate à pandemia.
A
médica também se mostra favorável às políticas de distanciamento e isolamento
social, outro tema no qual o presidente contraria autoridades científicas e de
saúde.
A
verdade é que, desde o início da pandemia, o presidente incentiva que as
pessoas levem vida normal, em meio à crise severa da letal pandemia, minimiza os
efeitos da doença, burla os protocolos de saúde, a exemplo do uso de máscara e
tem sido useiro e vezeiro em provocar aglomerações.
A
médica se qualifica em excelentes condições de exercer o importante cargo de
ministra da Saúde, por ser professora associada da Universidade de São Paulo, cardiologista
e especialista no tratamento da covid-19, tendo amplas condições para
contribuir para salvar vidas humanas.
À
vista do posicionamento da médica, praticamente em sentido contrário, em tudo, ao
que pensa o presidente, que vive em outro mundo completamente só dele, por
achar que ele seja o dono da razão, por não se flexionar ao diálogo e à discussão
sobre os temas relacionados com a busca de medidas viáveis para adjutorar no combate
da Covid-19, à vista de nada acontecer nesse sentido, à toda evidência, a
gestão da nova ministra seria fatalmente transformada em verdadeiro inferno,
com o presidente rebatendo todos os atos recomendados cientificamente para o
combate da doença, que cada vez mais se intensifica, diante da incompetência
reinante no âmbito do governo.
Enfim,
perde-se excelente oportunidade para se colocar no comando de importante cargo especialista
que poderia cuidar perfeitamente da saúde e da vida dos brasileiros, que estão
morrendo aos montes, exatamente porque não tem ninguém no governo que possa exercer,
com a necessária eficiência, essa missão essencial de salvar vidas humanas, o
que só demonstra altíssimo grau de insensibilidade e irresponsabilidades
administrativa e humanitária, crime esse que pode perfeitamente ser qualificado
como o de lesa-humanidade, passível das piores condenações, por se permitirem
milhares de mortes e em série de vidas humanas, que poderiam sim ser evitadas,
em grande parte, caso nada de terrível estivesse acontecendo com os
brasileiros.
Brasília,
em 15 de março de 2021
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