Diante
de crônicas que escrevi sobre o episódio envolvendo um parlamentar, que houve por
bem esculhambar o Supremo Tribunal Federal e foi preso por isso, muitas pessoas
entenderam de apoiar a atitude dele, inclusive colocando vídeo, junto com
mensagem, na minha página do Facebook, que permiti em respeito aos princípios democráticos.
Na
ocasião, eu disse que é direito do cidadão de condenar o Supremo, que também
condeno, mas ele não teria reagido prontamente, de maneira dura, não fosse o
atrevimento do deputado em esculhambá-lo da maneira mais contundente que se
possa imaginar e é exatamente isso que condeno, com veemência, ante o ferimento
aos princípios democráticos, incluindo a liberdade de expressão, que é
importante patrimônio dos brasileiros, para a proteção dos seus direitos de individualidades
e cidadania.
Acredito
que, nem nas republiquetas, seria tolerável comportamento antidemocrático
semelhante ao protagonizado pelo deputado, sob o meu modesto entendimento,
porque ainda não consegui atingir o patamar das cabeças brilhantes e inteligentes
que defendem tamanha ingenuidade e imaturidade, entendimento esse que anda na
contramão do desenvolvimento da humanidade, no melhor sentido da busca da
compreensão, da moderação e da tolerância, que precisam prevalecer no âmbito
das instituições democráticas.
É
lamentável que a ainda exista mentalidade que compactue com atitudes que
agridem tanto os princípios constitucionais e humanos e ainda mereçam aplausos,
fato que só demonstra a aceitação do status quo, com o aplauso à
qualidade de políticos que acham que tem o direito de ir além dos limites da
racionalidade, obviamente sob a minha modéstia ótica, que posso estar vivendo em
outro planeta, bem distante do pensamento que aceita absurdo, em relação ao
mundo considerado civilizado, mesmo cometendo atrocidades contra os princípios
democráticos.
Quero
dizer, ao contrário do que consta acima, eu, neste caso, não estou com ninguém
e digo mais que não tirei a postagem da minha coluna em respeito ao sentimento
democrático, porque eu reprovo e repugno o comportamento do deputado, mas
respeito a opinião de quem o defende e o incentiva à prática de incivilidade,
porque se trata de questão de pensamento pessoal, no âmbito da individualidade.
Enfim,
deixo claro que, em momento algum, me manifestei sobre o acerto ou os erros das
medidas adotadas pelo Supremo, que é o objeto do que consta da mensagem postada,
com a insinuação de que eu deva ter reconhecido que o ministro se houve em
equívoco, o que não é verdade, porque tenho me manifestado exclusivamente sobre
o erro gritante e irresponsável do parlamentar, sob a minha ótica, que se situa
no meu direito de cidadão, assim como também o é por parte daqueles que
aplaudam o comportamento dele, que também é natural, apenas por questão de avaliação,
considerando que as verdades pertencem aos seus respectivos autores, embora, em
muitos casos, elas podem se revelar equivocadas.
Convém
que os brasileiros, inclusive os homens públicos, procurem respeitar fielmente as
bases dos princípios democráticos, porque estes são os fundamentos para a
garantia das liberdades dos cidadãos e da existência do Estado, em pleno
funcionamento das suas estruturas institucionais.
Brasília, em 20 de março de 2021
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