O
deputado federal carioca que vem se destacando na corrida presidencial concedeu
entrevista ao programa Correio Debate, da rádio Correio Sat/98FM, da Paraíba,
tendo discorrido em especial sobre combate à violência - que é a sua área
preferida -, homofobia, crise política, adversários e Bolsa Família.
Como
de costume, ele preferiu não se incursionar em temas que agitam a sociedade e podem
causar maiores polêmicas, mas com relação ao Bolsa Família, o parlamentar se
posicionou dizendo que é preciso ensinar as pessoas a ganharem dinheiro com o
próprio suor e que “Ninguém quer acabar o
Bolsa Família, mas temos que ter uma saída. Essas pessoas têm que trabalhar e
ter como ganhar dinheiro do próprio bolso (sic)”.
A
par de defender o fim do programa Bolsa Família, como visto acima, o
parlamentar disse que “Eu não confio na
Justiça Eleitoral”.
No
que diz respeito ao combate à violência, ele foi radical, ao afirmar que “Você não vai combater a violência soltando
pombas brancas, botando lencinhos brancos na janela de sua casa. Tem que
combater com mais violência, porque a bandidagem está aí e não tem pena de
ninguém. Temos contra nós a política de direitos humanos, de desencarceramento.
Todo mundo tem pena dos encarcerados”.
Ele
defendeu a revisão das leis penais, para combater a criminalidade com firmeza,
tendo dito: “A tal da audiência de
custódia, o marginal sai para responder em liberdade e muitas vezes é liberado
ainda na frente da polícia que o prendeu. Não podemos ter pena desse tipo de
gente. Temos que mudar o Código Penal. Existe legitima defesa no Brasil? Veja o
caso da apresentadora Ana Hickman, o marginal invade o apartamento, o cunhado
dela consegue atracar o bandido, dá dois tiros no bandido e o Ministério
Público decidiu mandar ele para o Tribunal do Júri. Temos que garantir a
legítima defesa no Brasil (sic)”.
O
parlamentar negou que seja homofóbico, ao enfatizar que "O que não admito é o material escolar
ensinar a criança a fazer sexo a partir de seis anos de idade. Eu vi lá o cara
dizendo que estava estudando para fazer o vídeo de como a língua de uma menina
é beijando outra menina. Você quer que seu filho de 7 anos vá para a escola e
assista duas crianças se beijando, que seja apresentado esse tipo de conteúdo.
Estão estimulando nossos filhos para o sexo precoce, daí vem a fama que sou
homofóbico. Quem já me viu falando que tem que espancar homossexual? Essas
pessoas não têm argumento e ficam mentindo".
Ele
acha complicado o quadro político, tendo dito que “A crise tem contaminado todo o Brasil, na economia, na segurança, nos
acordos internacionais. É muito difícil resolver a crise, mas cada um tem que
fazer sua parte. Mas o que é que estão tentando mudar? A forma de escolher os
deputados com o tal do distritão, mas não é assim”.
O
deputado também comentou sobre o ex-presidente da República petista e que não
acredita nas pesquisas que mostram ele como um dos favoritos a concorrer à Presidência.
Ele disse que “Cada dia que passa o
pessoal vai se conscientizando que quem colocou o Brasil nessa miséria foi o PT.
É um governo que quebrou a Petrobras, basicamente tirou a capacidade produtiva
do Porto de Suape, que é de sua terra, e investiu em Cuba. Esse homem aí
enganou a população brasileira”.
O
deputado que faz parte do Legislativo, já poderia ter apresentado os projetos
pertinentes à atualização e ao aperfeiçoamento da legislação penal, reclamada
por ele, de modo a contribuir para o efetivo combate à criminalidade, porque
somente criticar, na forma como ele fez, não adianta absolutamente nada.
Não
há a menor dúvida de que muitas ou todas políticas do governo e do Estado
precisam mudar de maneira radical, como forma de, por meio de gigantesca
chacoalhada de tudo que se encontra aí, se imprimir ações verdadeiramente
compatíveis com o interesse público e o bem da população, de modo que possa se
alcançar o mínimo de competência, eficiência, efetividade e principalmente
economicidade na implementação dos gastos públicos, sem olvidar que a
arrecadação precisa ser otimizada, com o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle,
principalmente com a redução da pesadíssima carga tributária, que tanto
sacrifica o bolso dos contribuintes.
Convém
que o candidato tenha inteligência suficientemente capaz para fazer constar de
seu programa de governo políticas efetivamente em condições de realmente
executá-las, sob pena de cair no ridículo de ficar priorizando ações
exclusivamente em benefício de determinada situação ou de interesse especifico,
como no caso da distribuição de renda, que é indiscutivelmente importante para
o desenvolvimento social, mas perversamente porque estimula o terrível
populismo de esquerda e estrangula e estagna as demais políticas de Estado, que
são essenciais ao desenvolvimento integrado da nação, considerando que não
convém desenvolver setores específicos em detrimento de outros que são
indispensáveis ao progresso socioeconômico da nação.
A
questão do programa assistencial do Bolsa Família não tem como solução
plausível a sua simples eliminação dos programas de governo, ante a imperiosa
necessidade de se cuidar da criação de política sensata e responsável para essa
área social, de modo a estimular o interesse dos beneficiários para o trabalho,
porque eles são eternos e crônicos dependentes da assistência do Estado, a
exemplo da instituição da obrigatoriedade de as pessoas (os titulares) serem
obrigadas a participar de cursos de especialização, quando então, depois de
devidamente profissionalizadas, puderem ser conduzidas ao emprego já
devidamente estruturado, mediante convênios com empresas subsidiadas com recursos
economizados do próprio Bolsa Família, com a saída desses beneficiários, de
modo que os pais de família possam ser tocados nas suas autoestima e dignidade
de que são capazes de sustentar e manter a sua família com o seu esforço.
Além
disso, é muito importante que o responsável pela família saiba que o seu
trabalho contribui para a produção e o desenvolvimento do país e que um dia ele
pode se aposentar por tempo de serviço prestado como profissional, tudo permitindo
que os recursos públicos possam cumprir fiel e realmente a sua finalidade
social de distribuição de renda que condiz, de forma efetiva e definitiva, para
dignificar os país de família, que precisam da assistência do Estado não, em
última análise, como formador de curral eleitoral, que tem sido eterna forma de
desmoralização e indignidade do ser humano, para constituir, enfim, a esperança
do Brasil, com os seus efetivos esforço e trabalho.
Convém que o estadista não aja apenas pelo instinto pessoal, por imaginar que o seu pensamento é perfeito e acabado, quando é preciso se avaliar a conjuntura social da época, para que a finalidade pública seja fielmente cumprida, de forma satisfatória, sem prejudicar os programas assistenciais, que devem isto sim ser aperfeiçoados e adequados às circunstâncias, para o atendimento do bem comum. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de agosto de 2017
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