O
prefeito de São Paulo, do PSDB, tem sido a maior revelação da política
brasileira dos últimos tempos, por ter conseguido deixar para trás os retrógrados
hábitos do poder, focar na gestão de resultados e passar a ser reverenciado
dentro e fora do Brasil, além de se consolidar declaradamente como o antipetista-mor
e de merecer atenção nos índices de preferência do eleitorado, que o credenciam
a qualquer cargo público eletivo, no próximo ano.
Segundo
a avaliação da revista ISTOÉ, o novel tucano vem sendo considerado político em
crescente ascensão à rampa do Palácio do Planalto, à vista do rápido e
progressista reconhecimento por parte da sociedade, que enxerga nele a postura
de estadista com atitudes de modernidade e vanguarda, que despreza os métodos trogloditas
da política que mantém o país completamente travado na desesperança e na
antítese das mudanças e reformas estruturais do Estado.
Por
onde tem aparecido, ele é notado, cumprimentado e ovacionado com frequência, dando
a impressão de que a sua carreira política começa a encantar àqueles que anseiam
por transformação das atividades político-administrativas, como forma diferenciada
de gestão da coisa pública, ante a forma moderna de governar, com o estilo
próprio mais amoldado aos sentimentos de moralidade, eficiência e seriedade ansiados
pelos brasileiros.
Em
poucos meses de mandato na prefeitura da maior cidade brasileira, o tucano conseguiu
virar o jogo do marasmo e já coleciona epítetos de bom gestor, reconhecimentos
e apoios da população.
Em
todas as pesquisas, ele é apontado como o político de menor rejeição, mostrando
ser uma espécie de sobrevivente designado em um ambiente infestado de
candidatos corruptos, parlamentares encrencados e líderes metidos em esquemas
escabrosos de corrupção.
O
empresário-apresentador começou a vida pública como o gestor da principal
cidade do país e logo se projeta como aquele que se opõe contra a incompetência
e as mazelas imperantes e passa a ser esperança para substituir os políticos
acostumados ao fisiologismo e aos conchavos e viciados próprios das velhas
oligarquias.
Como
que facilitando a sua passagem para o andar superior do cenário político, seus
potenciais adversários no âmbito do PSDB, foram ou estão sendo aniquilados pelo
envolvimento deles em escândalos de corrupção, consistentes no recebimento de
propina objeto da Operação Lava-Jato ou no desvio de recursos das obras do
metrô do Estado de São Paulo.
Analistas
e cientistas políticos concordam que o novel político vem conquistando espaços
e se sobrepondo sobre os velhos caciques, que perdem poder e as chances de concorrer
às eleições de 2018, diante de candidato que mostra grande poder de
convencimento nas urnas e que galgou prestígio de maneira acelerada em vários
segmentos sociais e empresariais, fator importantíssimo para o fortalecimento
das urnas.
O
ponto fortíssimo do prefeito de São Paulo é a sua imunidade com a corrução,
quando a sua imagem se encontra preservada da sujeira da Lava-Jato, não sendo
ele ainda acusado de possuir telhado de vidro nessa seara nem é temido por
declarações belicosas e de indignação que são normalmente atiradas contra os
malfeitos de seus rivais.
Suas
declarações, atitudes e manifestações foram convertidas, na essência e na
prática, no autêntico antipetista, demonstrando ser a figura que representa e
se opõe a todos os equívocos e hábitos abomináveis de administração que
deitaram raízes maléficas no país, especialmente na era de mando do cacique
petista.
Para
tanto, ele moldou conceito de atuação e discurso com foco contra o
ex-presidente, como sendo o adversário preferencial, a ponto de ele ter dito a
ISTOÉ que “Eu sou o antiLula por
formação. E para isso não preciso ser candidato em 2018. Ser contra Lula é ser
a favor do Brasil”.
Evidentemente,
por temor ou temer represália, a classe política evitava confrontar aquele que sempre
foi considerado o mito entre seus pares e que não corria o risco de ser
peitado, justamente por ele se posicionar acima de tudo e de todos, mas o
tucano mostrou para o que veio e, ao contrário, não se intimidou, já o tendo
chamado de “vagabundo”.
Para
o tucano, o petista é culpado de ter destruído o país e de ter se envolvido em
manobras matreiras e nada republicanas. Ao ser acusado pelo petista de nunca ter
trabalhado, o troco veio com a exposição da carteira de trabalho, recheada de
registros, acompanhados de dizeres nada elegantes de que o rival é “covarde” e “mentiroso” e ainda que “O
Lula trabalhou oito anos na vida e tem aposentadoria, tríplex, fazendinha,
sitiozinho e é por isso que cada vez que vejo esse sem vergonha falar mentira
na televisão eu ponho mais uma hora de trabalho e dedico a ele”.
Na
verdade, ao que tudo indica, a política ganha hábil articulador do ramo, que,
no plano da promoção pessoal, ele se coloca como o “novo” contra os velhos
personagens de sempre, que costumam colocar seus interesses bem à frente das
causas nacionais, como se fins públicos fosses mera peça de ficção.
Não
obstante, as circunstâncias parecem conspirar em seu favor, porque os ventos
dos bons acontecimentos estão soprando para a sua direção, com favorecimento
aos seus projetos políticos, mostrando que seu nome vai se encaixando como candidato
natural, feito sob medida para a próxima eleição presidencial, a depender da
sua vontade de continuar mostrando garra e preparo para o inevitável embate com
o petista, caso este consiga se livrar, a tempo, das garras da Justiça.
Enfim, depois de muito tempo em que as principais
notícias dessa conceituada revista e, de resto, dos meios de comunicação focavam
para fatos relacionados com a corrupção ou práticas similares de maus políticos,
chamando a atenção para os deslizes e as falcatruas de sempre, eis que surge
auspiciosa reportagem abordando a vida de alguém diferente na política, que
apresenta história de vida diametralmente contrária da classe política
dominante, mostrando que a sua concepção sobre a vida pública tem vinculação
direta e associada à rigorosa observância aos salutares princípios da ética,
moralidade, legalidade, honestidade, transparência, dignidade, entre outros
conceitos essenciais à confirmação do primado da lisura e da idoneidade no
exercício de cargos públicos.
Na verdade, a inserção de homem público com nova
mentalidade sobre o verdadeiro sentido das atividades político-administrativas
e do interesse público é algo extraordinário no Brasil, ante a indiscutível
degeneração imperante na casta política dominante, que foi encastelada no poder
com o propósito de satisfazer os objetivos pessoais e partidários, em proveito
da sua influência política e graças a deficiência de controle sobre as
atividades públicas.
A vinda de homem público forjado na têmpera da
dignidade e com a vocação do respeito à coisa pública certamente é o político
que o Brasil precisa para revolucionar a administração pública tão decrépita e degenerada,
nos últimos tempos, em termos de competência, eficiência, economicidade,
moralidade e outros princípios inerentes à gestão dos recursos públicos, com responsabilidades
cívica e patriótica.
Com certeza, os brasileiros poderão retomar a
sua autoestima, somente em imaginar que votarão em representante digno da sua
confiança, diante da possibilidade da reconquista de ser comandado por pessoa
com as qualificações compatíveis com a dignidade e a relevância do principal
cargo da República, de quem se acredita cumprir fielmente os compromissos de
responsabilidade, competência e honestidade que tanto se exigem para que o país
seja finalmente renovado e remodelado quanto ao verdadeiro espírito público, podendo vislumbrar para as novas gerações a esperança da real recuperação dos princípios da moralidade,
competência, eficiência, dignidade, economicidade, legalidade, entre outros essenciais ao soerguimento da administração pública, como instrumento capaz de promover o ansiado desenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de agosto de 2017
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