Conforme
revela reportagem publicada na revista ISTOÉ,
a senadora presidente do Partido dos Trabalhadores é o retrato fiel do
fosso profundo em que se embrenhou a sigla no lamaçal da corrupção e na
incompetência político-administrativa, conforme mostram os resultados das
investigações levadas a efeito pela Operação Lava-Jato, culminando com o
impeachment da última presidente, deixando à vista a marca da intolerância e do
autoritarismo, embora ela ainda tenta se fingir de democrata, mas não hesita em
respaldar franco e indiscutível apoio às ditaduras, em especial a mais recente instaurada
pelo tirano presidente da Venezuela.
A
petista arvora-se em ser a paladina da ética, mas tem sido envolvida em casos
de corrupção, a exemplo da última conclusão da investigação conduzida pela Polícia
Federal, que imputa a ela os crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem
de dinheiro, respaldada que foi em laudos técnicos, registros de telefonemas,
planilhas e trechos de delações de executivos da Odebrecht e de sócios de uma
agência de publicidade da qual a petista se valeu para receber propina.
É
curioso que a senadora, como presidente do partido, parece ser o espelho de um
PT que deixou as bandeiras históricas da ética de lado para trilhar pelo
caminho da indigência moral, conforme o noticiário que a todo momento envolve
mais um petista no rol da corrupção, com recebimento de propina, mas ninguém
assume os graves erros, sempre sob a escabrosa alegação de que os recursos
foram recebidos de forma legal e declarados à Justiça Eleitoral, que tem sido,
para os delinquentes, responsável pela transformação, em passe de mágica, de
dinheiro sujo em dinheiro limpo, legal.
Tão
logo conquistou a presidência do partido, a senadora disse que a agremiação não
faria autocrítica de seus atos escabrosos, simplesmente “porque não contribuiria para fortalecer o discurso dos adversários. Não
somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos
açoitamos. Não vamos ficar enumerando os erros que achamos para que a burguesia
e a direita explorem nossa imagem”.
A
líder petista mirou seu foco para o regime ditatorial da Venezuela, ao tecer
elogios e gestos de solidariedade ao governo bolivariano, inclusive quanto à
criação da Constituinte, tendo dito que “O
PT manifesta o seu apoio e solidariedade ao PSUV, seus aliados, e ao presidente
Nicolás Maduro, frente à violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela.
Temos a expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma
consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências
políticas se resolvam de forma pacífica”.
Esse
desgraçado endosso da líder petista à Constituinte bolivariana evidencia
marcante significado, o de que há escancarado, translúcido e irrefreável sentimento
do PT de executar tal qual programa bolivariano aqui no Brasil, porquanto era
esse o seu desejo de fazê-lo por ocasião dos 13 anos em que ele esteve no poder,
mas as inúmeras tentativas de aplicá-lo resultaram em fracasso, em razão da
solidez das instituições brasileiras.
Não
obstante, o programa de censura dos meios de comunicação e de perseguição a
adversários políticos, caso o partido retorne ao poder, já não constitui mais
segredo a se manter em sigilo pelo partido, a se intuir pelos recentes
discursos inflamados do todo-poderoso de que haverá regulação da mídia, caso
ele seja eleito presidente do país.
Não
há a menor dúvida de que o apoio explícito à sanguinária ditadura bolivariana
representa página negra que envergonha ainda mais a história do PT, diante do
assombroso rastro de atrocidade comandada por pessoas insanas e desumanas que
lideram verdadeira catástrofe humanitária sem precedentes naquele país.
As
estatísticas da destruição humana são eloquentes e desoladoras, quando são
relatados que, em apenas quatro estados venezuelanos, a desnutrição infantil já
alcança 20% das crianças com menos de cinco anos de idade; o país amarga a
segunda maior taxa de homicídios do mundo; o índice de assassinatos em Caracas
é 14 vezes maior que o de São Paulo; a inflação projetada para este ano é de 2.200%;
a desestruturação do estado contribuiu para que a violência partisse do palácio
presidencial, na tentativa de conter o caos que dissemina no país todo, havendo
registro de mais de 130 mortes decorrentes dos confrontos da população com o
aparato de repressão policial.
A
diretora da Anistia Internacional para as Américas declarou que, “Na Venezuela, toda a gama de direitos
humanos é violentada. Direitos econômicos, sociais, culturais. As liberdades
fundamentais, o direito à associação, a liberdade de expressão. Está havendo um
contexto repressivo e militarizado diante das demonstrações de descontentamento
social, no qual, além disso, são feitas detenções arbitrárias como ferramenta
de controle, de calar as vozes da dissidência”.
A
presente reportagem mostra o retrato irretocável da decadência de um partido
que não teve o mínimo de escrúpulo para implantar sistemas sofisticados de
roubalheira na administração pública, a exemplo dos escândalos do mensalão e
petrolão, tendo por finalidade a compra de parlamentares para garantir não
somente a absoluta dominação das classes política e social, mas também e
especial a perenidade no poder, conforme mostram os resultados de investigações
e julgamentos de diversos casos cuidados na Polícia Federal, no Ministério
Público Federal e na Justiça Federal.
O
grau máximo de desmoralização do partido fica patente no reconhecimento da
senadora de que a agremiação não comentaria a trágica gestão de seu partido,
quanto aos citados escândalos, pasmem, para não fornecer elementos para a
oposição criticar a desastrada atuação dele, dando a entender que a roubalheira
dos cofres públicos é de somenos importância, em termos da responsabilidade
objetiva do partido, porquanto o que o preocupa mesmo é a opinião da oposição e
das elites, quanto às graves irregularidades protagonizadas nos governos
petistas, quando lhes cabem assumir a culpa por todo desastre que foi capaz de
destruir uma nação com as grandezas do Brasil.
Outra
situação inaceitável é o descarado apoio do PT às ações de desumanidade
implementadas pela ditadura venezuelana, quando a senadora escreveu artigo
respaldando as atrocidades e truculências daquele governo, dando a entender que
o Brasil ressente de medidas semelhantes adotadas pela tirania bolivariana, como
se elas representassem o fino da democracia, evidentemente na concepção do
partido que apoia e incentiva o famigerado regime socialista, que simplesmente
eliminou do país os direitos humanos e os princípios democráticos, onde se imperam
a repressão, a violência e a desumanidade.
Urge
que os brasileiros tenham a lucidez de refletir sobre as trogloditas ideologias
de partido que pensa em socialismo exclusivamente com a finalidade de
satisfazer seus objetivos políticos, não importando os fins para se atingir os
meios, a exemplo do que ocorre na Venezuela, onde a violência come solta em
nome da perenidade no poder de tirania destruidora dos direitos humanos, dos
princípios democráticos e das liberdades individuais, sob os holocaustos da
fome, da miséria e da desumanidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de agosto de 2017
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