O
parlamentar imagina promover convênios com as redes de ensino municipal e
estadual, objetivando a implantação do novo padrão de ensino, que precisa
passar por verdadeira revolução e modernização.
Caso
seja eleito presidente do país, ele disse que entregará o comando do Ministério
da Educação a um general, com experiência na área da educação, para se
harmonizar com a sua ideal concepção de ensino público, sendo que esse militar
deve ter o perfil de pessoa que "represente
autoridade, amor à pátria e respeito à família".
Na
ocasião, o parlamentar fez duras críticas aos titulares recentes daquela pasta,
tendo citado dois petistas como "Pais
do 'kit gay' (projeto para discutir orientação sexual nas escolas)”.
Não há a menor dúvida de que o ensino militar já mostrou
suas plenas eficiência e qualidade diferenciadas do ensino ministrado nas
demais instituições públicas, diante dos reconhecidos resultados padronizados
de ordem, organização, alto nível de escolaridade, entre outras qualidades que certamente
podem contribuir para a melhoria da educação e do ensino no país.
O certo é que, caso o deputado venha a eleger a educação
como o carro-chefe do seu programa de governo, como prioridade para alguma
forma de revolução que ele pretende implantar no país, não há a menor dúvida de
que será escolha bastante aplaudida e se firmará como estadista com visão capaz
de alterar a filosofia focada apenas no populismo que visa à formação de infrutíferos
currais eleitorais, tendo por base a centralização de programas destinados
exclusivamente à distribuição de renda, que é importante, mas somente isso é
incapaz de promover o desenvolvimento integrado da nação.
No
atual contexto do ensino público, pouco importa que seja militar ou civil no comando
do ministério responsável pela educação, porque o que interessa mesmo é que ele
seja competente, entenda dos meandros do ensino, tenha experiência na sua área
de atuação e que os resultados da sua gestão sejam os melhores possíveis, de
modo a contribuir para modificar esse estado de coisas desastradas que existe
na atualidade e que perdura desde alguns anos, nessa situação de precariedade
de abandono, em que pesem os altos investimentos que pecam pela falta de
efetividade e de bons resultados.
Na
verdade, percebe-se que os ministérios são entregues ou loteados entre as suas
"excelências", normalmente deputado ou senador, completamente
desvinculado da área de atuação, mas pertencentes aos partidos que formam as
famigeradas alianças de coalizão que dão apoio aos projetos do governo no
Congresso Nacional e os resultados não poderiam ser os piores e mais desastrados
da história do país, conforme mostra a precariedade que impera na administração
pública.
O
certo é que o desempenho dos aproveitadores tem sido o pior possível, com a
precaríssima prestação dos serviços públicos de incumbência do Estado, a exemplo
da saúde, da educação, da segurança pública e de todos os demais segmentos, por
não terem absolutamente nada que realmente demonstrem o mínimo de eficiência e
qualidade, em clara evidência de desperdício de recursos públicos, uma vez que
não há a menor preocupação dos estadistas quanto à perseguição dos princípios inerentes
à busca de economicidade e da otimização dos resultados, conquanto o seu maior
interesse é apenas o atingimento da absoluta dominação das classes política e
social e da perenidade no poder, em cristalino desprezo aos interesses da
população.
Convém
que os brasileiros sejam beneficiados com políticas públicas que privilegiem
programas e práticas saudáveis de administração pública, principalmente no que
tange às áreas sensíveis como o ensino público, que exige nada mais do que
verdadeira revolução transformadora, notadamente nos aspectos fundamentais da
qualidade e da efetividade dos recursos aplicados, que são requisitos
essenciais para os avanços tão ansiados pela sociedade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de agosto de 2017
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