sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A importância dos debates

Não é novidade que a rixa entre o prefeito de São Paulo e o ex-presidente da República petista vem sendo alimentada há bastante tempo e isso ficou claro quando o tucano o já chamou de “mentiroso”, “covarde”, “cara-de-pau”.
Dessa feita, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o tucano afirmou que "haverá um momento da disputa em que (rivalizar com o ex-presidente) será inevitável".
Com relação aos seus acirrados discursos contra o petista e os seus seguidores, o tucano ressalta que "Não escondo minhas posturas, principalmente no antagonismo ao PT. Mesmo que isso contrarie uma parte do eleitorado a favor do Lula, faço questão de ficar do outro lado".
Ele foi mais além, para dizer que "Haverá um momento da disputa em que isso será inevitável, por causa do estilo Lula de ser e de fazer campanha. Ele tem uma forma de conduzir principalmente sua vida política que não é suave. Haverá um momento na campanha em que essas circunstâncias serão ainda mais marcadas".
O tucano ressaltou que seu relacionamento com o petista, como pessoa privada, "Nunca foi uma relação afetuosa e simpática, mas ele já esteve num almoço no Lide (grupo empresarial do prefeito), no primeiro mandato. A minha posição em relação ao Lula, distante e adversa, é antiga, não foi cultivada agora".
O prefeito de São Paulo também disse que "Lula tem memória curta e seletiva. Minha primeira prova eu já demonstrei: ganhei a eleição do candidato dele no primeiro turno".
O candidato ao qual o tucano se refere é o ex-prefeito de São Paulo, sobre quem o tucano confessou "Não vou omitir a verdade. Mas tenho respeito pelo ex-prefeito. É uma das raras pessoas honestas no PT".
Os brasileiros gostariam muito que o ex-presidente conseguisse provar perante a Justiça a sua inocência com relação às graves denúncias de participação em atos de corrupção, inclusive do processo pelo qual ele foi condenado a nove anos e seis meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, para que tenha condições de representar, com dignidade o povo, visto que não faz sentido que ele pretenda se candidatar carregando sobre seus ombros carrada insuportável de processos e denúncias de toda ordem, porque isso não condiz com a idoneidade e a lisura que são exigidas para o exercício do principal cargo da República.
Desta feita, caso o petista comprove e preencha os requisitos de honestidade e de inocência constitucionalmente exigidos dos cidadãos para tão relevante cargo, certamente que a disputa presidencial ente o tucano e o petista vai sair lascas, principalmente porque o primeiro vai explorar o passado nada republicano  do ex-presidente, que, como tal, jamais deveria sequer ter seu nome citado como envolvido em casos nebulosos, inclusive de ter sido citado como o chefe da organização criminosa, no dizer do Ministério Público junto à Operação Lava-Jato, que promoveu estrondoso rombo no patrimônio da Petrobras, que passou a ser a empresa com maior dívida mundial.
Ademais, ninguém, até o momento, teve coragem de apontar, nas campanhas eleitorais, as falcatruas de seus adversários, a exemplo dos principais candidatos do último pleito eleitoral, quando os dois pouco se acusaram acerca de corrupção, porque ambos estavam comprometidos com os princípios morais, à vista das revelações posteriores vindas à tona, mostrando que eles tinham algo que precisariam da manutenção de segredos, segundo os depoimentos constantes de delações.
Com a possibilidade de que o tucano não tenha se envolvido em casos de corrupção, não há dúvida que os casos irregulares acontecidos nos governos petistas e tucanos serão explorados à exaustão, mostrando que eles são absolutamente incompatíveis com o exercício de tão cobiçado cargo do Palácio do Planalto.
Certamente que o debate contribuirá para que a verdade sobreponha às mentiras, principalmente às promessas fantasiosas, que somente têm o condão de enganar os mesmos ingênuos de sempre, que precisam se despertar para a realidade de um novo Brasil, que seja comandado por estadista com princípios e espírito renovadores, que tenha coragem para promover reformas das conjuntura e estrutura do Estado gastador, deficiente, absolutamente inoperante e contraproducente, que presta poucos serviços públicos e de péssima qualidade, em que pese impor à população injusta e pesadíssima carga tributária, além da sua capacidade contributiva. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 4 de agosto de 2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário