Não é novidade que a rixa entre o prefeito de São
Paulo e o ex-presidente da República petista vem sendo alimentada há bastante tempo
e isso ficou claro quando o tucano o já chamou de “mentiroso”, “covarde”, “cara-de-pau”.
Dessa feita, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o tucano afirmou que
"haverá um momento da disputa em que
(rivalizar com o ex-presidente) será
inevitável".
Com relação aos seus acirrados discursos contra o
petista e os seus seguidores, o tucano ressalta que "Não escondo minhas posturas, principalmente no antagonismo ao PT. Mesmo
que isso contrarie uma parte do eleitorado a favor do Lula, faço questão de
ficar do outro lado".
Ele foi mais além, para dizer que "Haverá um momento da disputa em que isso
será inevitável, por causa do estilo Lula de ser e de fazer campanha. Ele tem
uma forma de conduzir principalmente sua vida política que não é suave. Haverá
um momento na campanha em que essas circunstâncias serão ainda mais marcadas".
O tucano ressaltou que seu relacionamento com o petista,
como pessoa privada, "Nunca foi uma
relação afetuosa e simpática, mas ele já esteve num almoço no Lide (grupo
empresarial do prefeito), no primeiro
mandato. A minha posição em relação ao Lula, distante e adversa, é antiga, não
foi cultivada agora".
O prefeito de São Paulo também disse que "Lula tem memória curta e seletiva. Minha
primeira prova eu já demonstrei: ganhei a eleição do candidato dele no primeiro
turno".
O candidato ao qual o tucano se refere é o
ex-prefeito de São Paulo, sobre quem o tucano confessou "Não vou omitir a verdade. Mas tenho respeito
pelo ex-prefeito. É uma das raras pessoas honestas no PT".
Os brasileiros gostariam muito que o ex-presidente conseguisse
provar perante a Justiça a sua inocência com relação às graves denúncias de
participação em atos de corrupção, inclusive do processo pelo qual ele foi
condenado a nove anos e seis meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro, para que tenha condições de representar, com dignidade o
povo, visto que não faz sentido que ele pretenda se candidatar carregando sobre
seus ombros carrada insuportável de processos e denúncias de toda ordem, porque
isso não condiz com a idoneidade e a lisura que são exigidas para o exercício
do principal cargo da República.
Desta feita, caso o petista comprove e preencha os
requisitos de honestidade e de inocência constitucionalmente exigidos dos
cidadãos para tão relevante cargo, certamente que a disputa presidencial ente o
tucano e o petista vai sair lascas, principalmente porque o primeiro vai
explorar o passado nada republicano do
ex-presidente, que, como tal, jamais deveria sequer ter seu nome citado como
envolvido em casos nebulosos, inclusive de ter sido citado como o chefe da
organização criminosa, no dizer do Ministério Público junto à Operação
Lava-Jato, que promoveu estrondoso rombo no patrimônio da Petrobras, que passou
a ser a empresa com maior dívida mundial.
Ademais, ninguém, até o momento, teve coragem de
apontar, nas campanhas eleitorais, as falcatruas de seus adversários, a exemplo
dos principais candidatos do último pleito eleitoral, quando os dois pouco se
acusaram acerca de corrupção, porque ambos estavam comprometidos com os
princípios morais, à vista das revelações posteriores vindas à tona, mostrando
que eles tinham algo que precisariam da manutenção de segredos, segundo os
depoimentos constantes de delações.
Com a possibilidade de que o tucano não tenha se
envolvido em casos de corrupção, não há dúvida que os casos irregulares
acontecidos nos governos petistas e tucanos serão explorados à exaustão, mostrando
que eles são absolutamente incompatíveis com o exercício de tão cobiçado cargo
do Palácio do Planalto.
Certamente que o debate contribuirá para que a
verdade sobreponha às mentiras, principalmente às promessas fantasiosas, que
somente têm o condão de enganar os mesmos ingênuos de sempre, que precisam se
despertar para a realidade de um novo Brasil, que seja comandado por estadista
com princípios e espírito renovadores, que tenha coragem para promover reformas
das conjuntura e estrutura do Estado gastador, deficiente, absolutamente
inoperante e contraproducente, que presta poucos serviços públicos e de péssima
qualidade, em que pese impor à população injusta e pesadíssima carga
tributária, além da sua capacidade contributiva. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 4 de agosto de 2017
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