segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O martírio de um povo

A presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela disse que seu país não tem como pagar alimentos e medicamentos após o decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos da América.
O presidente norte-americano assinou ordem executiva proibindo “negociações em dívida nova e capital emitida pelo governo da Venezuela e a sua companhia petroleira estatal”, cujo ato formaliza as primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.
A aludida medida, anunciada pela Casa Branca, proíbe também as “negociações com certos bônus existentes do setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da Venezuela”.
A representante venezuelana disse que “Temos barcos na costa carregados com medicamentos e com alimentos, mas a Venezuela não tem como fazer o pagamento desses bens essenciais para a população venezuelana. Por que? Porque há um bloqueio financeiro contra o país”.
Ela afirmou que, com o decreto, o presidente norte-americano “acaba de formalizar o bloqueio financeiro contra a Venezuela” para levar o país “a uma interrupção dos pagamentos internacionais, a fim de intensificar a agressão econômica contra o povo venezuelano”.
A senhora venezuelana reiterou que o governo de seu país prepara resposta “recíproca”, para o “bloqueio financeiro” americano.
Não há desconhecer que, há três anos, a Venezuela atravessa escassez de alimentos básicos e medicamentos, com destaque para farinha de grão, de milho, azeite, açúcar, entre outros produtos essenciais à vida humana, que não pode ficar à mercê da crônica incompetência administrativa de um tirano sanguinário.
Em séria mostra de pressão sobre Caracas, além das restrições financeiras, os Estados Unidos também anunciaram sanções a funcionários venezuelanos, cujas medidas estão sendo adotadas após a instauração da Assembleia Nacional Constituinte, que o governo norte-americano considera “ilegítima”.
A verdade é que a desastrosa e incompetente administração do regime socialista da Venezuela já vinha, há bastante tempo, demonstrando não ter condições de fornecer alimentos e remédios à população, ante o generalizado desabastecimento dos supermercados e farmácias e unidades de saúde.
Agora, essa de se atribuir a culpa ao presidente norte-americano, que bloqueou alguns negócios com o governo ditatorial daquele país, pelas dificuldades para o pagamento de alimentos remédios importados ultrapassa os limites da seriedade e da honestidade, de vez que isso só reforça a consistência da crise econômica que tem o poder de afetar, de forma violentíssima, a população dependente daquele famigerado sistema.
De maneira visível, o sistema socialista vigente naquele país tem sido sinônimo de fome, doença, destruição, incompetência, miséria, violência, atrocidade, maus-tratos e do pior dos mundos para a população, que, em tese, é a principal culpada por toda lástima que ocorre ali, justamente por ser ela que escolheu, para presidente do país, pessoa desqualificada, déspota, prepotente, insensível e desumana, estando agora sem condições até mesmo de se arrepender, porque é tarde demais e a tirania sanguinária vai aproveitar situação como essa do bloqueio de negócios com os americanos para simplesmente não assumir o estado falimentar do país e da população, sabendo-se, à toda evidência, que essa questão de escassez de alimentos e remédios não atinge a cúpula do regime ditatorial, que recebe do Estado tudo do bom e do melhor, como a dizer que o povo que exploda.
É importantíssimo que os brasileiros se conscientizem de que essa desgraça do infortúnio da fome, em especial por falta de alimentos, tem parcela significativa de governos recentes brasileiros, que apoiavam de todas as formas, inclusive com substanciais recursos financeiros, o governo ditatorial da Venezuela, o que se pode afirmar que quem apoia desgraça como a que acontece naquele país é, no mínimo, cúmplice e igualmente culpado pela calamidade humanitária que se abate contra os venezuelanos.
A amostra do que vem ocorrendo na Venezuela pode ser vista como o escombro da lástima do que poderia ter sido implantado no Brasil, ante a simpatia que os partidos de esquerda tupiniquins demonstram pela ditadura existente naquele país, em que pese se encontrar arruinado, destroçado e completamente inútil como instituição de Estado, que agora ainda resta somente o nome, porque a cúpula do regime socialista cuidou de liquidar uma nação que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 28 de agosto de 2017

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