A
presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela disse que seu país
não tem como pagar alimentos e medicamentos após o decreto assinado pelo
presidente dos Estados Unidos da América.
O
presidente norte-americano assinou ordem executiva proibindo “negociações em dívida nova e capital emitida
pelo governo da Venezuela e a sua companhia petroleira estatal”, cujo ato
formaliza as primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.
A
aludida medida, anunciada pela Casa Branca, proíbe também as “negociações com certos bônus existentes do
setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da
Venezuela”.
A
representante venezuelana disse que “Temos
barcos na costa carregados com medicamentos e com alimentos, mas a Venezuela
não tem como fazer o pagamento desses bens essenciais para a população
venezuelana. Por que? Porque há um bloqueio financeiro contra o país”.
Ela
afirmou que, com o decreto, o presidente norte-americano “acaba de formalizar o bloqueio financeiro contra a Venezuela” para
levar o país “a uma interrupção dos
pagamentos internacionais, a fim de intensificar a agressão econômica contra o
povo venezuelano”.
A
senhora venezuelana reiterou que o governo de seu país prepara resposta “recíproca”, para o “bloqueio financeiro” americano.
Não
há desconhecer que, há três anos, a Venezuela atravessa escassez de alimentos
básicos e medicamentos, com destaque para farinha de grão, de milho, azeite,
açúcar, entre outros produtos essenciais à vida humana, que não pode ficar à
mercê da crônica incompetência administrativa de um tirano sanguinário.
Em
séria mostra de pressão sobre Caracas, além das restrições financeiras, os
Estados Unidos também anunciaram sanções a funcionários venezuelanos, cujas
medidas estão sendo adotadas após a instauração da Assembleia Nacional
Constituinte, que o governo norte-americano considera “ilegítima”.
A verdade é que a desastrosa e incompetente
administração do regime socialista da Venezuela já vinha, há bastante tempo,
demonstrando não ter condições de fornecer alimentos e remédios à população,
ante o generalizado desabastecimento dos supermercados e farmácias e unidades
de saúde.
Agora, essa de se atribuir a culpa ao presidente
norte-americano, que bloqueou alguns negócios com o governo ditatorial daquele
país, pelas dificuldades para o pagamento de alimentos remédios importados
ultrapassa os limites da seriedade e da honestidade, de vez que isso só reforça
a consistência da crise econômica que tem o poder de afetar, de forma
violentíssima, a população dependente daquele famigerado sistema.
De maneira visível, o sistema socialista vigente
naquele país tem sido sinônimo de fome, doença, destruição, incompetência,
miséria, violência, atrocidade, maus-tratos e do pior dos mundos para a
população, que, em tese, é a principal culpada por toda lástima que ocorre ali,
justamente por ser ela que escolheu, para presidente do país, pessoa
desqualificada, déspota, prepotente, insensível e desumana, estando agora sem
condições até mesmo de se arrepender, porque é tarde demais e a tirania
sanguinária vai aproveitar situação como essa do bloqueio de negócios com os
americanos para simplesmente não assumir o estado falimentar do país e da
população, sabendo-se, à toda evidência, que essa questão de escassez de
alimentos e remédios não atinge a cúpula do regime ditatorial, que recebe do
Estado tudo do bom e do melhor, como a dizer que o povo que exploda.
É importantíssimo que os brasileiros se
conscientizem de que essa desgraça do infortúnio da fome, em especial por falta
de alimentos, tem parcela significativa de governos recentes brasileiros, que
apoiavam de todas as formas, inclusive com substanciais recursos financeiros, o
governo ditatorial da Venezuela, o que se pode afirmar que quem apoia desgraça
como a que acontece naquele país é, no mínimo, cúmplice e igualmente culpado
pela calamidade humanitária que se abate contra os venezuelanos.
A amostra do que vem ocorrendo na Venezuela pode
ser vista como o escombro da lástima do que poderia ter sido implantado no
Brasil, ante a simpatia que os partidos de esquerda tupiniquins demonstram pela
ditadura existente naquele país, em que pese se encontrar arruinado, destroçado
e completamente inútil como instituição de Estado, que agora ainda resta
somente o nome, porque a cúpula do regime socialista cuidou de liquidar uma
nação que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de agosto de 2017
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