quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A nação destruída

Os acontecimentos de extrema violência contra os direitos humanos verificados na Venezuela são simplesmente estarrecedores, por extrapolarem os limites da racionalidade e da compreensão da civilidade.
Trata-se da forma mais dramático de como um ditador foi capaz de transformar uma nação pacífica em verdadeiro barril de pólvora que explode a todo instante e deixa rastro de destruição por todos os lados, ceifando vidas humanas com a bestialidade própria dos bárbaros, sem o mínimo de comiseração.
É inacreditável que, em pleno século XXI, ainda haja espaço para que regimes insanos do socialismo possam ainda imperar e impor, na base da força da tirania, condições de maus-tratos e repressão sanguinolentas à população.
As estatísticas mostram que mais de uma centena de pessoas já foi covardemente abatida mortalmente a tiros à queima-roupa, por policiais e tropas de choque do regime ditatorial, tão somente por gritar em repúdio às barbaridades do troglodita presidente bolivariano, que ainda tem o apoio de insensatos aparatos militares, que não enxergam a truculência de suas ações, absolutamente sem causa e sem justificar tamanha barbárie.
          Os assassinatos ocorrem a todo momento, às claras e na presença do povo, com o endosso do presidente sanguinário e desumano, em verdadeira afronta à dignidade do ser humano e completo aniquilamento dos princípios democráticos naquele país.
Os flagrantes são chocantes, revoltantes e humilhantes à dignidade, quando os habitantes são obrigados a comprar comida, remédio, gêneros essenciais à subsistência, que são escassos e não satisfazem a todos, porque logo desaparecem dos mercados, dos locais de venda, deixando somente o desespero do povo.
As empresas perderam a confiança na gestão bolivariana e estão saindo do país, em retirada, todas receosas e preocupadas de, a qualquer momento, sem aviso prévio, terem seus empreendimentos bloqueados e incorporados ao já falido espólio estatal.
A situação se mostra tão complicada que já se projeta completo colapso se não houver urgente intervenção humanitária e diplomática por parte de organismos internacionais, como a ONU, o Mercosul e de outras instituições multilaterais, sob o risco de a nação caminhar muito em breve para a plena inviabilidade social, política, econômica e administrativa.
O tiro de misericórdia do autoritarismo perverso foi dado pelo tirano, com a imposição da Assembleia Constituinte, respaldada em falsos fundamentos, para triturar direitos gerais e impor, de vez, o domínio absoluto do Estado sobre tudo e todos, mostrando, na prática, a plena e definitiva destruição das liberdades civis, acompanhada da perseguição à imprensa e da dissolução do Congresso legitimamente escolhido pelo povo.
Trata-se de vexaminosa atitude de pura tirania que chocou o mundo civilizado e provocou justas retaliações das nações, diante de resultado de eleição forjada em fatos ilegítimas, inconstitucionais e impopulares, por contar com a participação ínfima de votos, arrancados na base da chantagem e da ameaça junto a massas de manobra, cuja constituinte não passou de pretexto para a perpetração dos abusos.
Na verdade, a Assembleia Constituinte foi aprovada tão somente para tentar sufocar a resistência ao seu governo falido, precário e incompetente, que conseguiu ultrapassar os limites da racionalidade e dos princípios humanitários, com o sacrifício injustificável de vidas humanas.
Com o apoio das armas, o ditador venezuelano conseguiu destituir as forças de oposição ao seu governo, prender as lideranças adversárias que lutam contra seus métodos de tirania e, enfim, aprovar a constituinte para legislar nova carta política completamente adequada às feições da Revolução Bolivariana, com possibilidade de garantir a sua permanência definitiva na presidência do país, além de promover outras medidas destrutivas e antidemocráticas.
O caos também é assombroso na economia, com a inflação anual batendo os piores e insuportáveis recordes, havendo expectativa de que já tenham ultrapassado os 700%; o parque indústria já nem existe; os aeroportos não funcionam mais, depois das suspensões das linhas regulares das companhias aéreas, por temor de incidentes; o desemprego é alarmante e gigantesco; o fechamento de empresas bate seguidos recordes; a moeda local formalmente não existe mais; a máquina pública parou por falta de recursos; enfim, o país somente existe em razão do assombro e da monstruosidade da truculência do presidente déspota, tirânico, fascista, desumano e cruel, que certamente logo terá o seu fim trágico, como bem merece todos aqueles que não souberam dignificar o seu semelhante.
Os fatos mostram, com meridiana clareza, que o Brasil conseguiu, por um triz, escapar de semelhante tragédia, à vista do incondicional apoio dado ao regime bolivariano, inclusive com financeiro de obras àquele país, com recursos públicos, quando o governo petista caminhava a passos largos para perseguir o mesmo precipício trilhado por aquele famigerado regime, à vista do cumprimento da primeira etapa, com base na implosão da economia, a começar pela recessão, inflação alta, desindustrialização, baixa arrecadação, falta de investimentos públicos, pelo alto desemprego, entre outras mazelas, como a mobilização dos sindicatos e movimentos sociais, em apoio às suas ações de governo, com vistas à sensibilização da sociedade para seu projeto de absoluta dominação do poder.
          É lamentável que ainda existem pessoas insensatas na face da Terra que se dispõem a apoiar tamanha tragédia que se abate na Venezuela, a exemplo da senadora presidente do Partido dos Trabalhadores, que saiu em defesa das medidas adotadas pelo ditador bolivariano, dando clara demonstração da sua insensibilidade humana e do desprezo aos princípios democráticos, quando o aplaudiu em artigo favorável às suas decisões.
Na verdade, o pensamento externado pela principal líder do PT, que não foi contestado por seus filiados, é cristalina evidência de que a vontade da agremiação respalda os métodos de hostilidade, crueldade, desumanidade, truculência, barbaridade e toda forma de violência empregada pela ditadura venezuelana para manter o presidente incapaz, insensato, incompetente e monstruoso no governo, que há muito tempo deixou de existir, dando a entender que é exatamente isso que o seu partido pretende implantar no Brasil, como forma de absoluta dominação das classes política e social e de perpetuação no poder.
Os brasileiros precisam conhecer os verdadeiros pensamento e ideologia do PT, para refletir detidamente sobre as ideias esposadas no artigo da presidente da agremiação, que dizem o suficiente para se entender os reais objetivos políticos desse partido, podendo até se concluir que destino terrível semelhante ao reservado para os coitados venezuelanos estava traçado milimetricamente para os sortudos dos brasileiros, que descartaram tamanha desgraça a poucos instantes da sua eclosão, não fosse a graça do impeachment da então presidente, deflagrado pela miraculosa ação do Congresso Nacional. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 9 de agosto de 2017

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