Os acontecimentos de extrema violência contra os
direitos humanos verificados na Venezuela são simplesmente estarrecedores, por
extrapolarem os limites da racionalidade e da compreensão da civilidade.
Trata-se da forma mais dramático de como um ditador
foi capaz de transformar uma nação pacífica em verdadeiro barril de pólvora que
explode a todo instante e deixa rastro de destruição por todos os lados,
ceifando vidas humanas com a bestialidade própria dos bárbaros, sem o mínimo de
comiseração.
É inacreditável que, em pleno século XXI, ainda haja
espaço para que regimes insanos do socialismo possam ainda imperar e impor, na
base da força da tirania, condições de maus-tratos e repressão sanguinolentas à
população.
As estatísticas mostram que mais de uma centena de pessoas
já foi covardemente abatida mortalmente a tiros à queima-roupa, por policiais e
tropas de choque do regime ditatorial, tão somente por gritar em repúdio às
barbaridades do troglodita presidente bolivariano, que ainda tem o apoio de
insensatos aparatos militares, que não enxergam a truculência de suas ações,
absolutamente sem causa e sem justificar tamanha barbárie.
Os
assassinatos ocorrem a todo momento, às claras e na presença do povo, com o
endosso do presidente sanguinário e desumano, em verdadeira afronta à dignidade
do ser humano e completo aniquilamento dos princípios democráticos naquele
país.
Os flagrantes são chocantes, revoltantes e humilhantes
à dignidade, quando os habitantes são obrigados a comprar comida, remédio, gêneros
essenciais à subsistência, que são escassos e não satisfazem a todos, porque
logo desaparecem dos mercados, dos locais de venda, deixando somente o
desespero do povo.
As empresas perderam a confiança na gestão
bolivariana e estão saindo do país, em retirada, todas receosas e preocupadas de,
a qualquer momento, sem aviso prévio, terem seus empreendimentos bloqueados e incorporados
ao já falido espólio estatal.
A situação se mostra tão complicada que já se
projeta completo colapso se não houver urgente intervenção humanitária e
diplomática por parte de organismos internacionais, como a ONU, o Mercosul e de
outras instituições multilaterais, sob o risco de a nação caminhar muito em
breve para a plena inviabilidade social, política, econômica e administrativa.
O tiro de misericórdia do autoritarismo perverso foi
dado pelo tirano, com a imposição da Assembleia Constituinte, respaldada em falsos
fundamentos, para triturar direitos gerais e impor, de vez, o domínio absoluto
do Estado sobre tudo e todos, mostrando, na prática, a plena e definitiva destruição
das liberdades civis, acompanhada da perseguição à imprensa e da dissolução do
Congresso legitimamente escolhido pelo povo.
Trata-se de vexaminosa atitude de pura tirania que
chocou o mundo civilizado e provocou justas retaliações das nações, diante de
resultado de eleição forjada em fatos ilegítimas, inconstitucionais e
impopulares, por contar com a participação ínfima de votos, arrancados na base
da chantagem e da ameaça junto a massas de manobra, cuja constituinte não
passou de pretexto para a perpetração dos abusos.
Na verdade, a Assembleia Constituinte foi aprovada
tão somente para tentar sufocar a resistência ao seu governo falido, precário e
incompetente, que conseguiu ultrapassar os limites da racionalidade e dos
princípios humanitários, com o sacrifício injustificável de vidas humanas.
Com o apoio das armas, o ditador venezuelano
conseguiu destituir as forças de oposição ao seu governo, prender as lideranças
adversárias que lutam contra seus métodos de tirania e, enfim, aprovar a
constituinte para legislar nova carta política completamente adequada às
feições da Revolução Bolivariana, com possibilidade de garantir a sua
permanência definitiva na presidência do país, além de promover outras medidas destrutivas
e antidemocráticas.
O caos também é assombroso na economia, com a inflação
anual batendo os piores e insuportáveis recordes, havendo expectativa de que já
tenham ultrapassado os 700%; o parque indústria já nem existe; os aeroportos
não funcionam mais, depois das suspensões das linhas regulares das companhias
aéreas, por temor de incidentes; o desemprego é alarmante e gigantesco; o
fechamento de empresas bate seguidos recordes; a moeda local formalmente não
existe mais; a máquina pública parou por falta de recursos; enfim, o país
somente existe em razão do assombro e da monstruosidade da truculência do
presidente déspota, tirânico, fascista, desumano e cruel, que certamente logo
terá o seu fim trágico, como bem merece todos aqueles que não souberam
dignificar o seu semelhante.
Os fatos mostram, com meridiana clareza, que o
Brasil conseguiu, por um triz, escapar de semelhante tragédia, à vista do
incondicional apoio dado ao regime bolivariano, inclusive com financeiro de
obras àquele país, com recursos públicos, quando o governo petista caminhava a
passos largos para perseguir o mesmo precipício trilhado por aquele famigerado regime,
à vista do cumprimento da primeira etapa, com base na implosão da economia, a
começar pela recessão, inflação alta, desindustrialização, baixa arrecadação,
falta de investimentos públicos, pelo alto desemprego, entre outras mazelas, como
a mobilização dos sindicatos e movimentos sociais, em apoio às suas ações de
governo, com vistas à sensibilização da sociedade para seu projeto de absoluta
dominação do poder.
É
lamentável que ainda existem pessoas insensatas na face da Terra que se dispõem
a apoiar tamanha tragédia que se abate na Venezuela, a exemplo da senadora
presidente do Partido dos Trabalhadores, que saiu em defesa das medidas
adotadas pelo ditador bolivariano, dando clara demonstração da sua
insensibilidade humana e do desprezo aos princípios democráticos, quando o aplaudiu
em artigo favorável às suas decisões.
Na verdade, o pensamento externado pela principal
líder do PT, que não foi contestado por seus filiados, é cristalina evidência
de que a vontade da agremiação respalda os métodos de hostilidade, crueldade,
desumanidade, truculência, barbaridade e toda forma de violência empregada pela
ditadura venezuelana para manter o presidente incapaz, insensato, incompetente
e monstruoso no governo, que há muito tempo deixou de existir, dando a entender
que é exatamente isso que o seu partido pretende implantar no Brasil, como
forma de absoluta dominação das classes política e social e de perpetuação no
poder.
Os brasileiros precisam conhecer os verdadeiros
pensamento e ideologia do PT, para refletir detidamente sobre as ideias
esposadas no artigo da presidente da agremiação, que dizem o suficiente para se
entender os reais objetivos políticos desse partido, podendo até se concluir
que destino terrível semelhante ao reservado para os coitados venezuelanos
estava traçado milimetricamente para os sortudos dos brasileiros, que
descartaram tamanha desgraça a poucos instantes da sua eclosão, não fosse a graça
do impeachment da então presidente, deflagrado pela miraculosa ação do
Congresso Nacional.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 9 de agosto de 2017
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