terça-feira, 1 de agosto de 2017

Maior índice de rejeição

Conforme levantamentos realizados pelo instituto Paraná Pesquisas, com exclusividade para a revista ISTOÉ, o mais importante político do país, no momento, seria o candidato presidencial com maior índice de rejeição popular, tendo atingido 55,8%.
Essa extraordinária rejeição indicaria que, mesmo liderando as intenções de voto no primeiro turno, teria muita dificuldade para vencer no segundo turno, a depender do seu adversário, visto que outros pretendentes ao Palácio do Planalto também têm rejeição altíssima, a exemplo do governador de São Paulo e o deputado do PSC do Rio de Janeiro, que, um ou outro, podem passar do primeiro turno, mas experimentam idêntico infortúnio da reprovação, com os percentuais, respectivamente, de 54,1% e 53,9%, os quais teriam dificuldades para ganhar do petista, porque a rejeição desses candidatos está praticamente parelha, com pequena diferença entre eles.  
Salvo a disputa entre dois dos três candidatos acima, um deles poderá se eleger, a depender da superação de sua reprovação popular, mas qualquer um terá dificuldade se disputar contra quem tiver menos rejeição.
No caso do governador tucano, ele terá que se preocupar com seu alto índice de rejeição justamente no Sudeste, região onde ele deveria esbanjar preferência de intenção de voto, mas as pessoas ouvidas disseram que votariam nele em percentual de apenas 10,6%, o que demonstra sofrível desempenho, muito abaixo para quem governa o Estado mais desenvolvido do país.
Não que os candidatos com rejeição alta não possam ser eleitos, mas há a evidência de que eles já começam com a obrigação de reverter o quadro que representa desvantagem na aprovação do eleitorado, estando com muito mais predisposição para perder para o adversário.
A despeito de ser imbatível no primeiro turno, conforme mostram as pesquisas já realizadas, o principal político é aquele moldado para perder na segunda fase da eleição, evidentemente se ele conseguir escapar da condenação e homologar sua candidatura.
O mais surpreendente é que o levantamento em apreço revelou algo inusitado, que foi a juntada ao ex-presidente de outros candidatos que estão em igualdade de condições para assumir o rótulo de “candidato destinado à derrota” num segundo turno, ante a sua rejeição popular superior a 50%.
O prefeito de São Paulo, talvez por ter sido introduzido há menos tempo no cenário político, é o possível candidato menos rejeitado da lista de sete presidenciáveis, segundo a pesquisa em comento, que revelou que 42,5% dos entrevistados disseram que não votariam nele. Ele também é o menos conhecido entre os nomes relacionados no levantamento de intenção de voto, tendo seu nome não lembrado por 15,4%, que disseram não o conhecer o suficiente para opinar.
Além dos nomes referidos acima, o levantamento incluiu os nomes de um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, da ambientalista e do ex-governador do Ceará.
A pesquisa procurou identificar o candidato com potencial para disputar a Presidência da República contra o maior político, aquele com mais condições de derrotá-lo, por meio da simulação de “Lula contra todos”, individualmente.
Os mais bem avaliados foram o deputado pelo Rio de Janeiro e o prefeito de São Paulo, respectivamente com 32,3% e 32,2% - o que significa empate técnico -, vindo em seguida o ex-ministro do Supremo (31,1%), a ambientalista (29%) e o governador de São Paulo (26,9%).
Em projeção para o segundo turno, o político-mor também supera os adversários nas pesquisas, ressalvado o “fator rejeição”, que, no geral, se faz menos presente nesse tipo de simulação.
Nos levantamentos de primeiro turno, realizados pela Paraná Pesquisas, o político-mor lidera a disputa, com 26,1%, no cenário em que o candidato do PSDB é o governador de São Paulo. Quando o candidato tucano é o prefeito de São Paulo, o petista toma a dianteira com 25,8%, seguido pelo deputado carioca, com 18,7% e o prefeito com 12,3%.
Com todo respeito aos nomes indicados na pesquisa em apreço, mas é difícil de acreditar que não apareça um nome que se identifique com a possibilidade de efetivas mudanças no quadro político, principalmente no que diz respeito a liderança absolutamente confiável e capaz de alterar essa situação em que o petista é o centro das atenções, embora a desgraça que se abateu sobre o país teve a participação dele, no caso dos escândalos do mensalão e do petrolão, segundo as conclusões do Ministério Público.
É difícil se acreditar que as pessoas tenham dificuldade para entender que o país não pode ser entregue a políticos que já demonstraram sua completa incapacidade de administrar com competência e eficiência, à vista dos resultados que levaram à recessão, ao desemprego, aos juros altos, à elevação da inflação, ao rombo das contas públicas, ao descrédito das agências de classificação de risco, à falta de investimentos, contando ainda com a nitroglicerina da corrupção, que tem sido fator preponderante para neutralizar a tão ansiada moralização das atividades político-administrativas.
Os brasileiros precisam se conscientizar de que a classe política dominante, boa ou ruim, já deu a sua contribuição e o resultado é isso ai, mostrando o país mergulhado em enormes dificuldades para superar as graves crises política e econômica, a indicar que a alternativa é a renovação completa dessa geração de homens públicos por estadistas que tenham mentalidade arejada e totalmente abastecida com ideias revolucionárias de reformulação das estrutura e conjuntura do Estado falido, poluído, incompetente e ineficiente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 1º/08/2017

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