O
prefeito de São Paulo xingou, em revide à menção ao seu nome e em tom exaltado,
o ex-presidente da República petista, justificando que “Eu não queria. Tinha prometido a mim mesmo que não faria, mas vou
mandar um recadinho para o ex-presidente Lula: você, além de sem vergonha,
preguiçoso, corrupto e covarde, declarou hoje que o João Doria não deveria
viajar, mas administrar a cidade de São Paulo. Lula, além de tudo talvez você
não saiba ler. Você é inexpressivo. Na primeira avaliação (da gestão) eu
fechei com 70% de aprovação, enquanto o seu prefeito Fernando Haddad fechou com
15%”.
O
prefeito de São Paulo provocou o comentário do petista, que teria se comparado
com o maior jogador do Barcelona, nestes termos: "Pois Lula, eu prefiro ser o Neymar, brasileiro e negro que saber
o que fazer com a boa e defender as cores do Brasil", tendo provocado: "Venha disputar a eleição, com quem estiver, porque você vai perder.”.
Na
ocasião, o prefeito disse que não vai ser candidato a presidente em 2018 e que
faz as viagens na condição de prefeito de São Paulo. Em apenas uma semana, o
tucano visitou, para contato com políticos e empresários, as cidades de Natal
(RN), Palmas (TO), Fortaleza (CE) e Recife (PE).
Ao que
tudo indica, o prefeito paulistano tem sido o único político que encara, sem
medo, o petista e fala o que todo mundo gostaria de ouvir sobre ele, mostrando
que não vai ser fácil dobrá-lo e isso tem um preço muito caro para o tucano,
porque os petistas têm verdadeira ojeriza à verdade, principalmente quando ela
se refere ao todo-poderoso, que se acha acima de tudo e de todos, estando, como
ele pensa, imune a qualquer suspeita de deslize.
Como,
em princípio, o tucano tem o passado sem mácula, diferentemente do resto dos
políticos tupiniquins, tudo indica que ele tem tudo para incomodar muita gente
que não consegue nem mesmo se explicar junto à Operação Lava-Jato, como no caso
do petista, que até já foi condenado nela à prisão, cuja sentença pende da
confirmação do Tribunal de apelação, para ele, conforme o caso, ter condições
de se candidatar, embora a situação dele, diante de tantas denúncias já aceitas
pela Justiça, não aconselharia nem mesmo pensar em continuar na vida pública, porque
a simples suspeita de malfeito, sem os devidos esclarecimentos, já é mais do
que suficiente para afastá-lo das atividades políticas, ante a
incompatibilidade existente entre ambas.
Diante
de tantos casos de denúncias em tramitação na Justiça, dando conta de seu
envolvimento com a prática de corrupção, fica evidente que a situação do
petista, que responde, como réu, a cinco processos, pelos crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução de Justiça e
tráfico de influência, não se harmoniza com os princípios de idoneidade e
conduta ilibada, estando em completa incompatibilidade com o exercício de cargo
público eletivo, segundo preceitos constitucionais.
Como
o prefeito de São Paulo ainda não sendo candidato a presidente da República se
dispõe a chamar o petista de "... sem vergonha, preguiçoso, corrupto e
covarde,...", imagina-se que, quando as candidaturas já estivem
registradas normalmente, caso o petista consiga se desvencilhar da Justiça,
mesmo com o mar de complicação, por certo o tucano terá enorme dificuldade para
encontrar adjetivos para atribuir-lhe, com o detalhe ainda de que a troca de
farpas vai se encarregar de tomar o espaço dos programas de governo, de tanta
adversidade que deve dá o tom da disputa, de nível bastante preocupante.
Por
outro lado, percebe-se que o prefeito de São Paulo vem mostrando invejável
desempenho na gestão municipal e eficiente capacidade administrativa, aliados
ao fato de ele ser jovem, criativo, determinado e competente, o que condiz
exatamente com o que o Brasil está precisando para mudar a mesmice da
incompetência da gestão pública, de modo que haja mudança radical na administração
do país e que ela possa passar por novos ares e seja oxigenada por mecanismos
eficientes para a efetiva melhoria das atividades político-administrativas.
É evidente que as medidas de aperfeiçoamento e
modernidade na administração do país contribuirão para a qualificação e
otimização da gestão pública e isso resultará certamente na perturbação dos
políticos retrógrados da esquerda, que têm em mente senão somente as velhas mentalidades
do populismo, que são importantes apenas como política social, que tem como seu
grande mal o desprezo às demais e essenciais políticas de Estado, que são
indispensáveis ao crescimento socioeconômico.
É
lamentável que ainda se faça política focada em disputa de baixo nível, porque isso
é altamente prejudicial para o Brasil, mas certamente, por outro lado, a
verdade sobressairá prestigiada e os candidatos vão se encarregar de descobrir
os podres de seus adversários, o que é muito importante para a revelação da
verdade que os próprios políticos sempre encobrem, para que suas falcatruas não
sejam relevadas por ocasião das campanhas eleitorais.
Os
brasileiros anseiam por que os políticos se dignem a se especializar em vasculhar
os malfeitos de seus adversários e os divulguem, para que os eleitores possam
fazer juízo de valor sobre a verdadeira conduta moral dos candidatos, mas não
olvidem da especialização sobre as melhores, eficientes e modernas técnicas de gestão
pública, para que a administração do país possa se igualar aos avanços já
experimentados pelos países sérios, civilizados e evoluídos político, econômico
e democraticamente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de agosto de 2017
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