O
comandante do Exército brasileiro divulgou nota na qual afirma que "o Exército Brasileiro é uma instituição
comprometida com a consolidação da democracia em nosso país".
Na
nota divulgada pelo Centro de Comunicação Social do Exército, o comandante cita
o episódio que envolveu o general que propôs intervenção militar para combater
as crises que grassam no país.
O
citado general afirmou que "seus
companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que uma "intervenção militar" poderá ser
adotada se o Judiciário "não
solucionar o problema político", em referência aos escândalos de
corrupção envolvendo políticos.
O
comandante do Exército disse ainda que ele "... é a autoridade responsável por expressar o posicionamento institucional
da Força e tem se manifestado publicamente sobre os temas que considera
relevantes".
Em
razão do episódio envolvendo o discurso do general, a nota esclarece que "...
o comandante do Exército apresentou ao
sr. ministro da Defesa, Raul Jungmann, as circunstâncias do fato e as providências
adotadas em relação ao episódio envolvendo o General Mourão, para assegurar a
coesão, a hierarquia e a disciplina. O
comandante do Exército reafirma o compromisso da Instituição de servir à Nação
Brasileira, com os olhos voltados para o futuro.".
Não há a
menor dúvida de que os brasileiros precisam reconhecer que o compromisso com o
Estado Democrático de Direito implica que cada Poder da República cumpra
fielmente o seu dever estabelecido na Carta Magna, da melhor forma nela
preconizada, notadamente no que diz respeito à satisfação do interesse público,
que é o principal objetivo almejado de qualquer nação.
Quando
esse objetivo deixa de ser perseguido e os poderes tomam rumo diferente
daqueles traçados pela Lei Maior do país, os brasileiros pensam logo na
possibilidade da intervenção militar para sanar o desvio do tão perigoso
descaminho enveredado logo no seio de Poderes da República, que têm o dever
constitucional de zelar pela integridade dos princípios republicano e
democrático.
Quando as
ações próprias das instituições se tornarem com evidência de descontrole, com
perigo de prejudicar a segurança nacional, parece natural que a sociedade se
lembre do órgão da República que mais se identifica com os anseios dela, que
tem efetiva capacidade para agir em defesa dos interesses nacionais, diante da
sua comprovada capacidade para sanar as graves dificuldades.
Isso não
significa dizer que a intervenção militar seja algo imperativo, como única
forma de estancar a sangria desatada da podridão instalada no âmbito dos
poderes da República, mas não há dúvida de que o seu emprego é medida que traz
tranquilidade para o seio da sociedade, principalmente no que diz respeito à capacidade
e à experiência das Forças Armadas, que os brasileiros honrados e dignos
confiam e acreditam nos seus resultados positivos já comprovados.
Não
se pretende que as Forças Armadas intervenham amiudamente em todos os casos onde
a administração pública se apresente ineficiente e incapaz de atuar com a
devida presteza, mas o compromisso maior dessas instituições é o de servir o
país quando há verdadeiro perigo da integridade e da defesa nacionais,
principalmente sempre que os Poderes da República se agigantarem na corrupção e
na degeneração dos princípios da estrutura do Estado, de modo que a
continuidade dessa desmoralização se torne extremamente prejudicial a
integridade da nação.
Nesse
estado deplorável, a intervenção militar se mostra imperativa de estado
democrático e necessária para se evitar a perenidade do caos e restabelecer a
ordem e a harmonia entre os poderes constitucionais.
Não há
negar que, a par dos sentimentos próprios da democracia, o clamor da sociedade
acena com clareza que já não mais existem normalidade e tranquilidade nos
porões da República, tendo em vista que a falta de respeito aos princípios
essenciais da nação já foi mais do que ultrapassado e até ignorado por
organizações criminosas que insistem em se apoderar do patrimônio dos
brasileiros, conforme tem sido objeto de denúncias reiteradas do Ministério
Público Federal, cujas ações têm sido barradas igualmente de forma repetida,
não surtindo o efeito desejo de moralização e de punição aos culpados, que se
mostram cada vez poderosos no exercício de cargos públicos delegados pelo povo.
A verdade
precisa ser dita como imperativo do direito sagrada de defender a democracia e
como forma se não se calar diante dos abusos das autoridades que deveriam
defender os interesses do povo e combater os desvios de conduta dos maus
políticos, muitos dos quais integram quadrilhas enraizadas em Poderes da
República, com a finalidade de desviar recursos para si e seus partidos, com o
objetivo de satisfazer seus interesses, principalmente como forma de enriquecimento
fácil e perenidade no poder.
Urge que
as autoridades mais experimentadas e capacitadas da República, não importando
quais forem as suas origens, se do seio de corporação militar, demais instituições
públicas ou organização social, percam a vergonha e o temor de ser classificadas
como interventores da moralidade, porque certamente a sociedade honrada e digna
será capaz de empunhar essa bandeira de reconstrução da pátria livre das
organizações criminosas e das quadrilhas que destruíram o Brasil. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 6 de outubro de 2017
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