domingo, 29 de outubro de 2017

Necessidade de Ficha Limpa

De acordo com a primeira pesquisa feita pelo Ibope para medir a temperatura da corrida presidencial de 2018, o líder-mor do PT e o deputado ultradireitista carioca, com base em entrevista realizada entre 2002 eleitores, iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais fossem agora.
Em qualquer cenário apresentado ao eleitor, o petista fica com o mínimo de 35% e o máximo de 36% das intenções de voto, enquanto o deputado carioca aparece em seguida, com 15%, quando enfrenta o petista. E cresce para 18% se o ex-presidente for substituído pelo ex-prefeito de São Paulo, caso em que ele fica empatado com a ambientalista.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 22 do corrente mês, com 2.002 pessoas em todos os estados brasileiros.
A ex-senadora e ambientalista aparece em terceira colocação em qualquer cenário com o petista, com índices entre 8% e 11%, dependendo dos adversários.
Se o petista ficar de fora da disputa, o ex-senadora lidera a pesquisa, empatada com o deputado carioca.
Nessa pesquisa, o ex-governador do Ceará, o governador de São Paulo e o prefeito de São Paulo figuram embolados em pelotão abaixo, com percentuais entre os 5% e 7%. O ex-governador do Ceará sobe até os 11% quando o petista é substituído pelo ex-prefeito de São Paulo, que tem a preferência de 2% dos pesquisados.
Quando o Ibope não apresenta ao entrevistado a cartela com os nomes dos candidatos, ou seja, a citação sobre o candidato é espontânea, o petista aparece com 26% das intenções de voto, com destaque para o Nordeste, com 42%, e o deputado carioca aparece com 9%.
O pelotão seguinte fica bem distante entre 2% (ambientalista) e 1% (o ex-governador do Ceará, o governador de São Paulo, a ex-presidente petista, o presidente do país e o prefeito de São Paulo).
Essa pesquisa reflete parcela bastante reduzida de apenas pouco mais de duas mil pessoas, o que nada representa do universo de quase 150 milhões de eleitores que estão habilitados a votar e que certamente que gostariam que o futuro presidente da República não esteja implicado na Justiça, respondendo a vários  processos e já amargando a condenado à prisão, porque isso não condiz exatamente com os princípios republicano e democrático da idoneidade e da conduta moral inerentes a mandatário de nação com as potencialidades do Brasil.
Os brasileiros têm a obrigação moral e cívica de mostrar vergonha na cara de exigir que os candidatos apresentem documentos comprovando que a sua vida pública é absolutamente constituída por atos insuspeitos e imaculados, não havendo quaisquer suspeições sobre a prática de atos irregulares, ante a liturgia do relevante cargo de mandatário da nação que deve se harmonizar com os princípios da ética, moralidade, legalidade, dignidade, honorabilidade e outros que são próprios da integridade e da responsabilidade cívicas e patrióticas.
Certamente que em nenhuma nação do mundo civilizado o povo seja capaz de eleger mandatário que esteja processado na Justiça, respondendo a vários processos por graves crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, organização criminosa e obstrução de Justiça, porque isso simplesmente contradiz o espírito democrático de representante do povo, que precisa ter a Ficha Limpa.
Os brasileiros precisam se conscientizar de que o presidente da República tem o dever dignificar e honrar a liturgia do cargo máxima do país, com a comprovação da conduta limpíssima e a idoneidade acima de qualquer suspeita, porque isso é o mínimo de respeito que ele deve perante a nação e o povo, que não pode compactuar com situações esdrúxula de alguém implicado na Justiça pretender ignorar a gravidade da situação e simplesmente achar que é normal tentar representar os brasileiros sem antes comprovar na Justiça a sua inculpabilidade com relação aos fatos inquinados de irregulares. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 29 de outubro de 2017

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