sábado, 2 de janeiro de 2021

Aprovação de vacina pela OMS

 

A Organização Mundial da Saúde concedeu sua primeira aprovação emergencial para a vacina contra Covid-19, desde o início da pandemia do novo coronavírus.

          O imunizante da Pfizer-BioNTech foi atestado e validado pela OMS com o objetivo de facilitar a aprovação interna em países que ainda não o aprovaram, sendo aproveitável até mesmo no Brasil, onde as autoridades públicas ainda estão batendo cabeça contra cabeça, sem chegarem a lugar nenhum.

A diretora responsável pelo acesso a medicamentos da OMS afirmou que "É um passo muito positivo garantir o acesso universal às vacinas contra a Covid-19".

A aludida validação também permite que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) adquiram a vacina para a distribuição a países necessitados.

A OMS assegurou que especialistas reunidos pela entidade concluíram que a "vacina atendeu aos critérios obrigatórios de segurança e eficácia", dando a certeza de que as nações e a população precisam confiar na competência dessa entidade, que é a principal com o conceito mundial na sua área de atuação.

Esse procedimento não deixa mais margem para dúvidas quanto ao critério de confiabilidade sobre a aplicação da vacina da Pfizer, mesmo que em caráter emergencial, conquanto seja preciso se acreditar que os principais componentes exigidos tecnicamente sobre o imunizante devem ter sido considerados válidos para o seu fim colimado.

Enquanto isso, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Pfizer se reuniram, no último dia 30, para tratar do pedido de uso emergencial da vacina contra a Covid-19, medida essa que pode demorar para a sua finalização, embora tudo esteja nos planos das autoridades brasileiras, que planejam a imunização para depois da primeira quinzena do mês que vem.  

Antes desse contato com a Anvisa, a farmacêutica americana havia afirmado que não entraria, pelo menos por enquanto, com o pedido de uso emergencial no Brasil.

O motivo seriam exigências extras feitas por parte do Brasil, com relação às "análises específicas", que deveriam ser encaminhadas entre os itens da documentação pertinente, fato este que, segundo a Pfizer, poderia deixar o processo mais lento.

A propósito, a vacina Pfizer-BioNTech já vem sendo aplicada, há semanas, no Reino Unido, na União Europeia, nos Estados Unidos e na Suíça, entre outros países onde as autoridades públicas demonstram se preocupar com a saúde da sua população .

Vários milhões de pessoas já foram vacinadas com o imunizante, que tem a garantia de eficácia estimada em 95%, mas a sua distribuição vem sendo dificultada porque ela exige temperatura muito baixa para o armazenamento.

A vacina da Pfizer-BioNTech usa a tecnologia chamada de RNA mensageiro, que é diferente dos demais imunizantes, porquanto ela leva para o organismo da pessoa cópia de parte do código genético do vírus, que é espécie e suficiente de receita especial para que o corpo produza proteína igual à do corona e, com isso, possibilitar a resistência ao vírus.

A presença dessa proteína no organismo humano tem o condão de desencadear automaticamente a produção de anticorpos contra o vírus, evitando a doença.

Há informação de que, devido à natural incompetência das autoridades públicas, o Brasil deixou de adquirir 70 milhões de doses da vacina da Pfizer, que tinham sido oferecidas e reservadas pela farmacêutica no Brasil, algo que, se verdadeira a notícia, se traduz em enorme prejuízo à saúde dos brasileiros.

Por sua vez, é sabido que a União Europeia com 27 países, o Reino Unido, os EUA e outras nações já liberaram o uso emergencial de várias vacinas, inclusive a da Pfizer e estão vacinando a sua população desde dezembro último.

Por enquanto, o Brasil do negacionismo, da incompetência, da omissão e da irresponsabilidade perante a incumbência de proteção e preservação da saúde da população, ainda não conseguiu negociar a compra da vacina com nenhuma farmacêutica, fato que bem demonstra o desprezo do governo à importância da saúde e da vida humanas, fato passível apenas do lamento e da indignação da população ávida pela imunização.

Urge que os brasileiros se conscientizem, quanto à sua responsabilidade cívica e patriótica, tanto em repudiar, com veemência, a completa falta de interesse do governo em cuidar, com competência, eficiência e zelo a saúde da população, como em exigir urgência sobre as medidas capazes de contribuir para a imunização com início o mais rapidamente possível, à vista da preciosidade da vida que fica à mercê da péssima vontade do governante e do dever constitucional e legal da prestação de políticas de saúde pública de qualidade ao povo.

Brasília, em 2 de janeiro de 2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário