A
Organização Mundial da Saúde concedeu sua primeira
aprovação emergencial para a vacina contra Covid-19, desde o início da
pandemia do novo coronavírus.
O
imunizante da Pfizer-BioNTech foi atestado e validado
pela OMS com o objetivo de facilitar a aprovação interna em países que
ainda não o aprovaram, sendo aproveitável até mesmo no Brasil, onde as
autoridades públicas ainda estão batendo cabeça contra cabeça, sem chegarem a
lugar nenhum.
A
diretora responsável pelo acesso a medicamentos da OMS afirmou que "É
um passo muito positivo garantir o acesso universal às vacinas contra a
Covid-19".
A
aludida validação também permite que o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) adquiram a vacina para a
distribuição a países necessitados.
A
OMS assegurou que especialistas reunidos pela entidade concluíram que a "vacina
atendeu aos critérios obrigatórios de segurança e eficácia", dando a
certeza de que as nações e a população precisam confiar na competência dessa
entidade, que é a principal com o conceito mundial na sua área de atuação.
Esse
procedimento não deixa mais margem para dúvidas quanto ao critério de
confiabilidade sobre a aplicação da vacina da Pfizer, mesmo que em caráter emergencial,
conquanto seja preciso se acreditar que os principais componentes exigidos tecnicamente
sobre o imunizante devem ter sido considerados válidos para o seu fim colimado.
Enquanto
isso, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Pfizer
se reuniram, no último dia 30, para tratar do pedido de uso emergencial da
vacina contra a Covid-19, medida essa que pode demorar para a sua finalização,
embora tudo esteja nos planos das autoridades brasileiras, que planejam a imunização
para depois da primeira quinzena do mês que vem.
Antes
desse contato com a Anvisa, a farmacêutica americana havia afirmado que não entraria,
pelo menos por enquanto, com o pedido de uso emergencial no Brasil.
O
motivo seriam exigências extras feitas por parte do Brasil, com relação às "análises
específicas", que deveriam ser encaminhadas entre os itens da
documentação pertinente, fato este que, segundo a Pfizer, poderia deixar o
processo mais lento.
A
propósito, a vacina Pfizer-BioNTech já vem sendo aplicada, há semanas, no Reino
Unido, na União Europeia, nos Estados Unidos e na Suíça, entre outros países onde
as autoridades públicas demonstram se preocupar com a saúde da sua população .
Vários
milhões de pessoas já foram vacinadas com o imunizante, que tem a garantia de
eficácia estimada em 95%, mas a sua distribuição vem sendo dificultada porque
ela exige temperatura muito baixa para o armazenamento.
A
vacina da Pfizer-BioNTech usa a tecnologia chamada de RNA mensageiro, que é diferente
dos demais imunizantes, porquanto ela leva para o organismo da pessoa cópia de
parte do código genético do vírus, que é espécie e suficiente de receita especial
para que o corpo produza proteína igual à do corona e, com isso, possibilitar a
resistência ao vírus.
A
presença dessa proteína no organismo humano tem o condão de desencadear automaticamente
a produção de anticorpos contra o vírus, evitando a doença.
Há informação de que, devido à natural
incompetência das autoridades públicas, o Brasil deixou de adquirir 70 milhões
de doses da vacina da Pfizer, que tinham sido oferecidas e reservadas pela
farmacêutica no Brasil, algo que, se verdadeira a notícia, se traduz em enorme
prejuízo à saúde dos brasileiros.
Por sua vez, é sabido que a União Europeia com 27 países,
o Reino Unido, os EUA e outras nações já liberaram o uso emergencial de várias
vacinas, inclusive a da Pfizer e estão vacinando a sua população desde dezembro
último.
Por enquanto, o Brasil do negacionismo, da incompetência,
da omissão e da irresponsabilidade perante a incumbência de proteção e preservação
da saúde da população, ainda não conseguiu negociar a compra da vacina com
nenhuma farmacêutica, fato que bem demonstra o desprezo do governo à
importância da saúde e da vida humanas, fato passível apenas do lamento e da indignação
da população ávida pela imunização.
Urge que os brasileiros se conscientizem, quanto à
sua responsabilidade cívica e patriótica, tanto em repudiar, com veemência, a
completa falta de interesse do governo em cuidar, com competência, eficiência e
zelo a saúde da população, como em exigir urgência sobre as medidas capazes de
contribuir para a imunização com início o mais rapidamente possível, à vista da
preciosidade da vida que fica à mercê da péssima vontade do governante e do
dever constitucional e legal da prestação de políticas de saúde pública de
qualidade ao povo.
Brasília, em 2 de janeiro de 2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário