segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A esperança da vacina

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19, tendo assegurado para os brasileiros que os aspectos de qualidade, eficácia e segurança desses imunizantes foram testados e analisados de forma exaustiva e minuciosa.

A Anvisa diz que a autorização é para a finalidade de uso emergencial diante do fato de que ainda não há medicamentos para tratar a emergência do coronavírus, mas é preciso se levar em conta a finalidade maior do interesse público, envolvido na questão, a justificar o seu uso neste momento.

Fora de dúvidas, a aprovação da vacina vem ao encontro da enorme ansiedade da população, que vê nesse remédio a única forma de possibilitar que as pessoas voltem às atividades normais e saudáveis, quando a liberdade tinha o valor mais precioso paras se viver alegre e feliz.

A Anvisa garante que o momento pode ser comemorado ao meio de júbilo para os brasileiros, mas ainda não é motivo suficiente para tranquilidade nem de relaxamento das medidas de proteção individual e coletiva que estão em curso, porque a ameaça do coronavírus ainda está à espreita, fato este que aconselha o persistente uso de máscara, a manutenção do distanciamento das pessoas, a higienização das mãos e todos os cuidados possíveis para a prevenção de contágios com a Covid-19, tendo em conta que a real e efetiva imunidade leva algum tempo para se estabelecer com maior segurança.

A Anvisa fez apelo para que a população, depositando crédito no trabalho profissional desempenhado por ela, confie nas vacinas que acabam de ser certificadas e aprovadas e, quando elas estiverem disponíveis nas suas localidades, vá aos postos de saúde e se vacine, porque isso é prova de amor à própria vida.

À toda evidência, a autorização da Anvisa das vacinas Coronavac e da Oxford/AstraZeneca, para o uso emergencial, certamente com base em critérios científicos, é marcante vitória da ciência e renova a esperança das  pessoas na luta contra o coronavírus.

É muito importante que as vacinas possam beneficiar o mais rapidamente possível os brasileiros, não apenas parte deles, porque o objetivo primordial é a imunização da população e não somente quem tem o privilégio de viver nos grandes centros do país.

É preciso, neste momento da maior importância para os brasileiros, a lembrança da homenagem de reconhecimento às pessoas que se empenharam na linha de frente para se alcançar essa vitória em benefício da população, em demonstração de amor ao povo e ao Brasil, cujo empenho e responsabilidade para serviram de inspiração ao profícuo trabalho, em especial, do Instituto Butantan, com a colaboração de cientistas, voluntários, profissionais da saúde e a todos os envolvidos nessa conquista brasileira.

A esperança é a de que o governo federal promova a distribuição da vacina em todas as regiões do país, de modo que os brasileiros possam se beneficiar de seus efeitos milagrosos contra a Covid-19.

Também é preciso que existam a união de esforços, a concórdia e o saudável diálogo entre os governantes, e que cada qual nas suas áreas de competência, cumpra com o seu dever e a sua responsabilidade institucionais, porque já foi perdido muito tempo até se chegar a este momento glorioso e cada instante precisa ser aproveitado para o salvamento de vidas humanas.

A aprovação da vacina possibilita que os brasileiros agora tenham esperança para sobreviver mais tranquilo, na esperança de contar com o adjunto de remédio com capacidade para derrotar a temível Covid-19, sem se preocupar com a origem da vacina, mas sim que ela existe com certificação sobre a sua eficácia contra a doença.

Concito os brasileiros a aplaudirem de pé, em especial, os cientistas e os profissionais de saúde que participaram desse projeto maravilhoso e  contribuíram para que fosse possível a aprovação da vacina, que é o único meio capaz de fazer a vida ganhar mais e plena vida, na certeza de que o negacionismo foi vencido pela esperança, porque esta é muito mais poderosa.

Brasília, em 18 de janeiro de 2021

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