A
amiga Espedita Vieira postou, no Facebook, vídeo que mostra um engenho em pleno
funcionamento, em todas as suas engrenagens, e invocou meu nome, lembrando a época
que morei no Sítio Canadá.
Agradeci
à amiga em ajudar o resgate de importante passado da minha vida, no caso dessa
especial memória da minha infância embrenhada em atividades próprias e
especiais de engenho de moagem da cana de açúcar.
Eu
fui realmente menino genuíno de engenho, desde tenra idade.
Eu
estava sempre lá, na casa de moagem, acompanhando todo o processamento
metódico, cuidadoso, duro e penoso dos "engenheiros", em especial da
rapadura, missão essa das mais nobres para o homem da roça.
Aqueles
foram sim tempos maravilhosos da minha infância, no Sítio Canadá, que nunca
deixou de promover moagem anual da cana de açúcar, que era plantada com
abundância no saudoso sítio, de onde se extraía outras belezas mil, em termos
de frutas das mais deliciosas e saudáveis para o homem.
Fico
feliz e agradecido em assistir ao vídeo que se refere aos tempos áureos do meu
passado muito distante e fantástico.
Sinto
saudade deles, mas a história da vida é constituída do conjunto dos fatos e
acontecimentos, todos considerados com a sua importância e o seu merecimento de
avaliação.
Sei
perfeitamente que a fase passada no engenho do Canadá contribuiu muito para a
minha formação como cidadão, no aprendizagem maior de que o trabalho em
conjunto daqueles homens heróis resultava em produto essencial à vida humana: a
rapadura, em especial, porque do engenho se tirava também a garapa, a batida, o
alfenim, o mel e tantas outras delícias vindas da poderosa e maravilhosa cana
de açúcar.
Com o meu especial agradecimento, admirável amiga Espedita Vieira.
Muito obrigado.
Brasília, em 3 de janeiro de 2021
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