segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O menino de engenho

 

A amiga Espedita Vieira postou, no Facebook, vídeo que mostra um engenho em pleno funcionamento, em todas as suas engrenagens, e invocou meu nome, lembrando a época que morei no Sítio Canadá.

Agradeci à amiga em ajudar o resgate de importante passado da minha vida, no caso dessa especial memória da minha infância embrenhada em atividades próprias e especiais de engenho de moagem da cana de açúcar.

Eu fui realmente menino genuíno de engenho, desde tenra idade.

Eu estava sempre lá, na casa de moagem, acompanhando todo o processamento metódico, cuidadoso, duro e penoso dos "engenheiros", em especial da rapadura, missão essa das mais nobres para o homem da roça.

Aqueles foram sim tempos maravilhosos da minha infância, no Sítio Canadá, que nunca deixou de promover moagem anual da cana de açúcar, que era plantada com abundância no saudoso sítio, de onde se extraía outras belezas mil, em termos de frutas das mais deliciosas e saudáveis para o homem.

Fico feliz e agradecido em assistir ao vídeo que se refere aos tempos áureos do meu passado muito distante e fantástico.

Sinto saudade deles, mas a história da vida é constituída do conjunto dos fatos e acontecimentos, todos considerados com a sua importância e o seu merecimento de avaliação.

Sei perfeitamente que a fase passada no engenho do Canadá contribuiu muito para a minha formação como cidadão, no aprendizagem maior de que o trabalho em conjunto daqueles homens heróis resultava em produto essencial à vida humana: a rapadura, em especial, porque do engenho se tirava também a garapa, a batida, o alfenim, o mel e tantas outras delícias vindas da poderosa e maravilhosa cana de açúcar.

Com o meu especial agradecimento, admirável amiga Espedita Vieira. 

Muito obrigado.

Brasília, em 3 de janeiro de 2021

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