domingo, 3 de janeiro de 2021

A volta à vida plena?

 

A mais recente descoberta sobre a Covid-19 dá conta de que cientistas do Reino Unido testam medicamento que pode prevenir pacientes expostos ao coronavírus Sars-Cov-2, que desenvolve essa doença.

O estudo já está na fase 3 de ensaios em humanos, onde se avalia a eficácia do tratamento baseado na chamada terapia de anticorpos, ou seja, em estágio bastante adiantado do experimento.

O aludido tratamento é feito com medicamento que já vem com anticorpos prontos para combater o vírus, de imediato, sem a necessidade de ensinar o sistema imunológico como produzi-los, nos moldes como é feita a vacina.

Segundo os cientistas, os anticorpos são proteínas que o corpo produz quando ocorre a infecção, quando elas se juntam a um vírus e ajudam o organismo a eliminá-lo.

Pesquisadores da University College London Hospitals (UCLH) e da AstraZeneca estimam que o tratamento possa impedir que os pacientes tenham complicações da doença por 12 meses desde que tomem o medicamento até, no máximo, oito dias após a exposição ao vírus.

Uma virologista disse, em entrevista ao jornal britânico The Guardian que  A vantagem desse medicamento é que te dá anticorpos imediatamente. As vacinas atuais não conferem imunidade antes de um mês".

A farmacêutica solicitou à agência regulatória dos Estados Unidos (FDA da sigla em inglês) para que os testes sejam ampliados também para o país norte-americano, onde há transmissão ativa da Covid-19.

A estimativa, em forma bastante esperançosa, é que, com a aprovação dos testes, o tratamento esteja disponível entre março e abril próximos, para pacientes do grupo de risco.

A reportagem informa que há processo sendo avaliado pelos cientistas britânicos, que é reproduzido também em outros laboratórios internacionais e vem se mostrando eficaz em estudos pré-clínicos, ou seja, ainda em testes de laboratório e em animais, com boas perspectivas.

Uma médica da FDA disse, em entrevista à agência Associated Press, que os medicamentos com anticorpos são "muito promissores".

A farmacêutica Eli Lilly já começou a fabricar seu medicamento com anticorpos, apostando que os estudos em andamento darão resultados positivos.

Outra empresa, a Regeneron Pharmaceuticals Inc. – conhecida por fazer coquetel de anticorpos contra o Ebola – testa outro medicamento para o coronavírus.

A reportagem esclarece que a droga da Regeneron usa dois anticorpos para aumentar suas chances de funcionar, mesmo se o vírus evoluir e conseguir escapar da ação de um deles, enquanto a Lilly testa dois medicamentos diferentes que usam um mesmo anticorpo.

Enfim, as boas notícias apareceram justamente no final e início de ano, trazendo alternativa bastante otimista para a humanidade, que bem merece bons sinais de muita esperança sobre maiores possibilidades de se proteger contra a Covid-19, que tantas compressão e intranquilidade exerceu sobre a sua liberdade, por longo tempo.

Ainda bem que os cientistas e as grandes redes de laboratórios especializados estão tendo sucesso com as suas pesquisas, em atendimento e correspondência aos investimentos na busca de medicamentos eficazes contra o mau do século, a par de mostrar o enorme interesse na preservação da vida, que realmente merece todo e qualquer sacrifício, em todas as formas de investimentos humanos e financeiros.

É preciso que todos os governantes, inclusive o brasileiro, se empenhem em apoio às auspiciosas pesquisas desse novo medicamento, porque elas estão formatando produto de tem eficácia bem maior do que a da vacina, com duração de um ano, enquanto a vacina, a depender da marca, pode garantir imunidade de apenas três meses, fato este que se traduz em menor necessidade de mobilização da população para o ingente trabalho com a vacina.

O importante mesmo é que a humanidade já se aproxima da possibilidade de comemorar mais uma vitória contra a Covid-19 e a esperança de que a vida pode, finalmente, voltar aos padrões de antes, onde as pessoas passam a ter a certeza de que a convivência com o terrível vírus já não assusta tanto, como no passado recente, porque ele será combatido com os necessários medicamentos, de comprovada eficácia e eficiência, segundo se pode deduzir do furo de reportagem.

Trata-se de excelente notícia aparecida logo no limiar do Ano-Novo, que realmente precisava de boas novidades, em especial vinda da ciência, que tem sido da maior importância para o desenvolvimento da humanidade e também beneficia os brasileiros, que nutrem a esperança de que os piores dias sejam transformados em eternos e definitivos momentos de muita paz e tranquilidade, a se permitirem a vida plena e feliz.

Brasília, em 3 de janeiro de 2021

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