sábado, 9 de janeiro de 2021

A eficácia da CoronaVac

            A vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac Biotech, teve eficácia comprovada de 78% contra a Covid-19, nos testes de fase 3 realizados no Brasil.

Os estudos clínicos da vacina que contou com a intermediação do governo de São Paulo estão sendo apresentados à Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa), com vistas ao registro emergencial do imunizante.

Os dados foram revisados na Áustria pelo Comitê Internacional Independente, que acompanha os ensaios realizados em São Paulo e em outros estados do país.

No Brasil, a fase 3 de testes da CoronaVac, que começou em 20 de julho último, é realizada em 13 mil profissionais de saúde voluntários, distribuídos em 16 centros de pesquisas, em sete estados e no Distrito Federal.

A previsão é a de que os testes completos da vacina sejam finalizados apenas no término de 2021.

Os estudos revelam que a CoronaVac garantiu proteção total contra mortes nos voluntários vacinados que pegaram a Covid-19, no total de 220 pessoas.

Ou seja, dos voluntários que receberam as doses do imunizante e que mesmo assim desenvolveram a doença, nenhum morreu.

Especialistas que tiveram acesso aos estudos disseram que a eficácia da vacina, no exterior, ficou com índice acima do resultado brasileiro, porque o estudo aqui foi realizado om pessoas mais ou diretamente expostas ao vírus, como os testes somente realizados em profissionais de saúde, enquanto lá fora os grupos representavam a população em geral e isso pode contribuir para avaliação diferenciada.

O Butantan já tem em solo brasileiro 10,8 milhões de doses da CoronaVac, mas tem a expectativa de chegar a 46 milhões de doses em janeiro e 100 milhões em maio.

Na prática, se a vacina tem 78% de eficácia garantida, isso significa se afirmar que 78% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra a doença.

A taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 50%, para se permitir o uso da vacina.

O resultado dos estudos sobre a vacina precisa ser publicado em veículo especializado, sendo obrigatórios esclarecimentos detalhados sobre a taxa de eficácia em diferentes faixas etárias, os dados de segurança, que incluem as principais reações adversas e em quanto tempo, após a segunda dose, a imunidade contra a doença é atingida, entre outras exigências preliminares sobre a aplicação do imunizante.

Uma importante microbiologista avalia que o índice de 78% é considerado "excelente", tendo explicado que “já era esperado que a CoronaVac tivesse eficácia menor que as outras vacinas, porque ela é uma vacina de vírus inativado, e que as vacinas da Pfizer e da Moderna, com eficácia acima de 90%, usam a tecnologia de RNA mensageiro.”.

Ela esclareceu ainda que "É completamente esperado. Uma vacina de vírus inativado dificilmente vai ter a mesma eficácia do que vacinas de RNA ou vacinas de adenovírus [vetor viral], que conseguem entrar na célula e imitar, de uma forma muito mais efetiva, a infecção natural. Elas acabam provocando uma resposta imune que é tanto de anticorpos como de resposta celular".

Em conclusão, a microbiologista disse que "A vacina inativada não consegue provocar uma resposta tão completa. É esperado que ela tenha uma eficácia menor. A eficácia de 78% da CoronaVac, ao que tudo indica, é uma eficácia excelente e compatível com uma vacina de vírus inativado. Com uma boa campanha, vai ser uma ótima vacina para o Brasil".

Enfim, logo no começo do ano, não poderia haver nada mais alvissareiro e animador para os brasileiros que tanto anseiam pela vacina contra a Covid-19, que pode ser a esperança para a população se proteger com a devida  segurança.

Sem dúvida alguma, a notícia sobre a eficácia da vacina CoronaVac vem como verdadeira injeção de ânimo e esperança quanto à volta à plena normalidade às atividades maravilhosas do passado, em que ninguém precisava se esconder de tão temível doença, que vem se mostrando bastante perigosa e até letal.

A esperança dos brasileiros é que a de que a Anvisa promova a liberação da vacina CoronaVac, o quanto o mais breve possível, evidentemente depois de realizar os exames minuciosos da sua alçada, com a recomendação e a garantia de que ela seja aplicada com a maior tranquilidade na população, sem temor de que possa haver qualquer efeito colateral grave, senão para a Covid-19, que precisa receber duras e severas lições, no sentido de logo se distanciar para a Cochinchina.  

           Brasília, em 9 de janeiro de 2021

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