A vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac Biotech, teve eficácia comprovada de 78% contra a Covid-19, nos testes de fase 3 realizados no Brasil.
Os
estudos clínicos da vacina que contou com a intermediação do governo de São Paulo
estão sendo apresentados à Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa),
com vistas ao registro emergencial do imunizante.
Os
dados foram revisados na Áustria pelo Comitê Internacional Independente, que
acompanha os ensaios realizados em São Paulo e em outros estados do país.
No
Brasil, a fase 3 de testes da CoronaVac, que começou em 20 de julho último, é
realizada em 13 mil profissionais de saúde voluntários, distribuídos em 16
centros de pesquisas, em sete estados e no Distrito Federal.
A
previsão é a de que os testes completos da vacina sejam finalizados apenas no término
de 2021.
Os
estudos revelam que a CoronaVac garantiu proteção total contra mortes nos
voluntários vacinados que pegaram a Covid-19, no total de 220 pessoas.
Ou
seja, dos voluntários que receberam as doses do imunizante e que mesmo assim
desenvolveram a doença, nenhum morreu.
Especialistas
que tiveram acesso aos estudos disseram que a eficácia da vacina, no exterior,
ficou com índice acima do resultado brasileiro, porque o estudo aqui foi realizado
om pessoas mais ou diretamente expostas ao vírus, como os testes somente realizados
em profissionais de saúde, enquanto lá fora os grupos representavam a população
em geral e isso pode contribuir para avaliação diferenciada.
O
Butantan já tem em solo brasileiro 10,8 milhões de doses da CoronaVac, mas tem
a expectativa de chegar a 46 milhões de doses em janeiro e 100 milhões em maio.
Na
prática, se a vacina tem 78% de eficácia garantida, isso significa se afirmar
que 78% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra a doença.
A
taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 50%, para
se permitir o uso da vacina.
O
resultado dos estudos sobre a vacina precisa ser publicado em veículo especializado,
sendo obrigatórios esclarecimentos detalhados sobre a taxa de eficácia em
diferentes faixas etárias, os dados de segurança, que incluem as principais
reações adversas e em quanto tempo, após a segunda dose, a imunidade contra a
doença é atingida, entre outras exigências preliminares sobre a aplicação do
imunizante.
Uma
importante microbiologista avalia que o índice de 78% é considerado "excelente",
tendo explicado que “já era esperado que a CoronaVac tivesse eficácia menor
que as outras vacinas, porque ela é uma vacina de vírus inativado, e que as vacinas
da Pfizer e da Moderna, com eficácia acima de 90%, usam a tecnologia de RNA
mensageiro.”.
Ela
esclareceu ainda que "É completamente esperado. Uma vacina de vírus
inativado dificilmente vai ter a mesma eficácia do que vacinas de RNA ou vacinas
de adenovírus [vetor viral], que conseguem entrar na célula e imitar, de uma
forma muito mais efetiva, a infecção natural. Elas acabam provocando uma
resposta imune que é tanto de anticorpos como de resposta celular".
Em
conclusão, a microbiologista disse que "A vacina inativada não consegue
provocar uma resposta tão completa. É esperado que ela tenha uma eficácia
menor. A eficácia de 78% da CoronaVac, ao que tudo indica, é uma eficácia
excelente e compatível com uma vacina de vírus inativado. Com uma boa campanha,
vai ser uma ótima vacina para o Brasil".
Enfim,
logo no começo do ano, não poderia haver nada mais alvissareiro e animador para
os brasileiros que tanto anseiam pela vacina contra a Covid-19, que pode ser a esperança
para a população se proteger com a devida segurança.
Sem
dúvida alguma, a notícia sobre a eficácia da vacina CoronaVac vem como verdadeira
injeção de ânimo e esperança quanto à volta à plena normalidade às atividades maravilhosas
do passado, em que ninguém precisava se esconder de tão temível doença, que vem
se mostrando bastante perigosa e até letal.
A
esperança dos brasileiros é que a de que a Anvisa promova a liberação da vacina
CoronaVac, o quanto o mais breve possível, evidentemente depois de realizar os
exames minuciosos da sua alçada, com a recomendação e a garantia de que ela
seja aplicada com a maior tranquilidade na população, sem temor de que possa
haver qualquer efeito colateral grave, senão para a Covid-19, que precisa
receber duras e severas lições, no sentido de logo se distanciar para a Cochinchina.
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