É evidente que o Brasil, apesar das pressões de todos os lados, ainda se encontra engatinhando com relação à imunização dos brasileiros, embora o terrível vírus da morte esteja circulando livremente nas proximidades das narinas nem sempre protegidas, ficando à solta pronto para perigoso e inevitável contágio.
As medidas que o governo adota agora, muito mais por
força da pressão da sociedade do que da sua iniciativa, já deviam ter sido
tomadas há “século”, ante a premência da proteção das pessoas, ou seja, graças
aos solavancos nas “orelhas” do governo, ele despertou muito tardiamente para a
realidade dos serviços da sua incumbência constitucional, a de prestar serviços
bons e de qualidade quanto à satisfação da saúde dos brasileiros.
Nem a triste contabilização de mais de duzentos mil
mortos, pela Covid-19 e milhares de contaminações conseguem sensibilizar o
governo, em que pese a população acreditar, em forma de esperança, que a vacina
pode contribuir em muito para tranquilizá-la, por ansiar a retomada das belezas
da vida normal, o mais rapidamente possível.
É enorme a tristeza de a população precisar ficar à
mercê do presidente da República, que tem sido fonte de negacionismo e montanha
de antiesperança do povo, no combate à pandemia, o que se permite desacreditar
na vinda de algo em benefício da sobrevivência, como a vacinação.
Sem a menor dúvida, mesmo que os brasileiros tenham
o máximo de boa-fé, boa vontade e acreditem nos milagres celestiais, ainda
assim, no governo, prevalece o infame signo da insensatez, da malevolência e da
iniquidade demandado pelo comandante do país, que demonstra aversão a tudo que
diz respeito ao combate à pandemia, como nesse caso específico da vacina, que,
se tivesse havido o mínimo de sensibilidade e interesse político, o Brasil
estaria nas mesmas condições dos países civilizados e evoluídos, quanto à imunização
da população, algo que ainda não tem nada definido, fato este que tem o condão
de evidenciar monstruosa incompetência administrativa e despreocupação com a
vida, porque o estrago à saúde dos brasileiros já é mais do que consumado,
lamentável e irrecuperável.
Mais de cinquenta países, que representam mais de
um quarto do mundo, já estão imunizando as suas populações, mas, infelizmente, nas
terras tupiniquins, vislumbra-se apenas a chaga da omissão, da inépcia e da
incompetência no governo, quanto à prestação da política da saúde pública, que
deveria ser prioritária, por tratar de algo relacionado com a preservação da
vida humana, da maior relevância para o país.
Nem mesmo a alarmante quantidade de óbitos é capaz
de mudar o nefasto pensamento das autoridades incumbidas do combate à pandemia,
no sentido de merecer a agilização das medidas inerentes à vacinação, mas o presidente
se preocupa muito mais em discutir com jornalistas e rebater acusações de
adversários, exatamente porque isso é de extrema importância para os seus
objetivos pessoais e políticos, por se relacionarem com questões vinculadas à reeleição,
daqui, pasmem, a 2 anos, em claríssima evidência de irresponsabilidade administrativa
e humanitária.
O presidente do país precisa, o mais urgente
possível, se conscientizar de que a demagogia populista que vem sendo adotada como
estratégia política, associada ao condenável negacionismo como idiossincrasia comportamental
ajudam, de forma significativa, apenas para a desconstrução dos interesses da
sociedade, que prefere a urgente implantação do realismo nas ações do governo,
de modo que a execução das políticas públicas tenham por escopo o atendimento prioritário
das necessidade do povo, como no caso da saúde pública, que nunca esteve à
mercê da omissão e da incompetência administrativas.
Frise que o mais humilde dono da mais modesta lojinha
da mais distanciada esquina de periferia sabe o que é a lei da oferta e da
procura, mas o presidente do país fez questão de ignorá-la, para tentar
justificar a falta de vacinas, quando, em infeliz citação, disse que os
laboratórios é que têm de irem aos “pés” do governo, jamais este se ir atrás de
imunizantes para salvar os brasileiros, como é da sua incumbência constitucional.
Vejam-se o cúmulo da estupidez, como a frase
lapidar dita pelo presidente do país, no sentido de que os laboratórios precisam,
mais ou menos isso, implorar ao governo
para a aquisição das suas vacinas, fato este que joga por terra o princípio de
que, quando a procura é muito maior que a oferta, quem quiser adquirir determinado
produto precisa correr atrás do produto para comprá-lo e jamais o contrário,
diante da ordem secular e natural de mercado.
O presidente do país faz questão de ironizar em
cima da grave situação da pandemia, quando deixa isso muito em evidência, como aconteceu
no mar, que disse a “célebre” frase, apenas para “riso” dos animais marinhos e
terrestres (os fanáticos), que “Mergulhei de máscara para não pegar Covid
nos peixinhos”, frase esta que poderia ter sido evitada, ao menos em
respeito ao “mar” de mortos pela Covid-19.
Enquanto isso, o ministério da saúde expõe a
tristeza da incompetência, pelo ridículo de ter deixado de comprar seringas e
agulhas, numa demonstração do quanto o Brasil se desmancha em omissão e
irresponsabilidade em relação ao combate à pandemia, evidenciando patente o
desdém, o descaso, a incompetência, o abrangente desgoverno que toma conta do
Brasil.
A existência do vírus letal é caso que se discute há
quase um ano e a vacinação se vislumbra como a alternativa para derrotá-lo, mas
é como fazê-lo não tendo seringas e agulhas, o suficiente para a campanha de
vacinação, posto que o governo só conseguiu comprar menos de três por cento do necessário
para atender à demanda?
O certo mesmo é que, contando com a competência
desse governo, resta acreditar em milagre, como fio de esperança e como
forma de resistência do bravo povo brasileiro,
que consegue superar as dificuldades pelo merecimento da sua insistência em
mostrar que nem a poderosa Covid-19 é capaz de derrotá-lo.
É precisa sim se acreditar na superioridade com
base na esperança depositada na luta dos fortes pela vida, na persistência da luta
contra os desgraçados vírus da pandemia e do governo federal, cada qual muito
agressivo, impiedoso e desrespeitoso à vida humana.
Vale lembrar aqui importante excerto de célebre poema
da escritora católica franco-irlandesa Kathleen O’Meara, que diz, verbis:
“e na ausência de pessoas que viviam de maneiras ignorantes, sem sentido e
sem coração, a Terra começou a se curar”.
Em apologia ao aludido texto, com todo respeito,
poder-se-ia afirmar que o Brasil se cura da Covid-19 e das desgraças social,
econômica, administrativa e política se contar com a ausência do presidente da
República, que declarou, recentemente que “o Brasil está quebrado; eu não
consigo fazer nada”, confirmando assim o tanto da prescindibilidade dele, para
possibilitar e facilitar todas as curas ansiadas pelos brasileiros, inclusive
do pior mal do século: o corona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário