Na crônica que analisei a recente pesquisa sobre a avaliação do desempenho do presidente da República, eu disse que os fatos do dia a dia mostram o quanto ele merece de avaliação, tendo a sinalização muito clara que os brasileiros estão à espera de gigantesco salto de qualidade na condução das políticas de incumbência do governo.
Um sempre respeitável e admirável
conterrâneo fez a gentileza de escrever a mensagem abaixo, que contribuiu
gentilmente para que eu possa prestar importantes esclarecimentos aos amigos quanto
aos meus textos, sempre mostrando a minha profunda indignação com a atuação de
homens públicos insensíveis e desumanos.
Esclareço que tenho gigantesca
dificuldade em compreender o porquê, em pleno século XXI, com os avanços dos
conhecimentos da ciência e da tecnologia, ainda exista tanta desumanidade
contra o ser humano, a exemplo do que está acontecendo no combate à crise da
pandemia do coronavírus, em que tudo vem sendo feito exatamente sob extrema
insensibilidade que só contribui para prejudicá-lo.
Eis a mensagem que, em princípio,
deixou-me muito apreensivo e me emocionou muito, diante do questionamento sobre
opinião quanto ao meu comportamento, no sentido de não tentar enxergar o que de
bom o presidente dos brasileiros faz pelo Brasil, in verbis: “Ou
amigão, data folha não! Pior inimigo do Presidente! Você já respondeu alguma
pesquisa, tanto da Data Folha, como das outras pesquisadoras. Existe 3 tipos de
mentira: Mentira, Deslavada mentira e Pesquisas! Desculpe-me, estou preocupado
com seu posicionamento, devias tentar observar o que o Executivo anda fazendo
pelo nosso Brasil! (...)”.
Gostaria muito que o amigo não se
preocupasse com o meu posicionamento, porque ele tem por base meus princípios
de homem público, hauridos ao longo do tempo, onde tive a felicidade de cultuar
o sólido sustentáculo de amor ao meu semelhante, tendo o obstinado sentimento
em defesa dos interesses da sociedade, enquanto eu tiver força e disposição
para escrever mostrando somente a verdade dos meus pensamentos, sem me
preocupar com as verdades de ninguém, porque estas não me pertencem.
Com todo respeito ao nobre conterrâneo, em se preocupar com o meu
posicionamento de cidadão que precisa ficar atento sobretudo com os deslizes do
governo, no aconselhamento ainda de que eu precise ficar atento ao que o
Executivo vem fazendo pelo Brasil, mas devo esclarecer, a bem da verdade, que
não tenho compromisso senão exclusivamente com a minha consciência e que tudo
faço com consistência no que penso, acho correto e é exatamente o que
materializo nas minhas crônicas, que têm por finalidade expor o que sinto,
evidentemente respeitando o pensamento das outras pessoas.
Sinto-me até envaidecido quando alguém se preocupa com a repercussão das
minhas ideias, a imaginar que minhas posições possam influenciar, mas que elas
sejam somente para a construção do bem, sob o prisma do que penso de melhor,
mesmo porque eu jamais escreveria se não fosse para o bem.
As pessoas devem entender que todo governante se elege somente para
praticar boas e salutares obras, como forma de satisfazer o interesse público,
o que vale dizer que é apenas obrigação e dever funcional que o presidente do
país realize excelentes obras, porque ele está cumprindo as metas de trabalho
prometidas ao povo, no sentido de realizar grandes obras e isso é realmente
louvável para o governo, por satisfazer plenamente a sua investidura no
principal cargo da República.
Agora, convenhamos, no meu modesto entendimento, as maravilhosas obras
que o presidente possa ter feito em benefício do povo precisam sim ser
reconhecidas, louvadas e enaltecidas, mas elas estão exatamente dentro da
normalidade, na obrigação de fazer do bom e do melhor para a estrita satisfação
do interesse público, segundo a minha estreita compreensão administrativa,
porque ninguém é eleito para ter o direito de não fazer absolutamente nada,
porque isso não contribui para o
benefício da nação e do povo, salvo melhor juízo.
Não obstante, as boas e notáveis realizações não têm o condão de
compensar, nem de longe, os erros do mandatário que muitos brasileiros, até
mesmo os míopes, estão enxergando, independentemente de ideologia, fanatismo,
simpatia ou algo que o valha, porque as críticas às falhas governamentais, que
a imprensa faz e que o presidente e seus seguidores não gostam, assim como
muitas pessoas não gostam das minhas anotações, se traduzem em alerta à nação
sobre a necessidade da mudança de rumos do governo, exatamente porque ele não
foi eleito para errar, mas sim para somente acertar, embora ninguém seja
infalível.
É curioso se verificar que o atual governo e seus seguidores somente
procuram enaltecer os acertos, como se os erros não tivessem a menor
relevância.
É preciso, sobretudo, se reconhecer também as falhas, para que a sua
lição possa servir para as necessárias correções, que precisão ser anotadas
para não somente o devido saneamento, mas, em especial, para se evitar a sua
reincidência, como normalmente fazem os governos sérios, competentes,
eficientes e responsáveis, tendo a preocupação de somente acertar, evitando
erros na gestão pública, porque eles são extremamente prejudiciais aos
interesses da população.
Tenho enorme preocupação com os brasileiros que entendem que o
presidente da República, fazendo algo importante para o país e o povo, mereça a
normal condescendência no sentido de que possa ser normal que ele seja
compreendido na prática de possível deslize administrativo, em forma compensativa,
já que ele faz muito de bom e aceitável e sua excelência merece sim o devido
beneplácito por parte de seus súditos.
Penso, ao contrário, que os brasileiros de boa vontade precisam
compreender apenas aceitar satisfatório o desempenho funcional do presente em
tudo que fizer de bom, porque isso se harmoniza perfeitamente com o ajuste do
que foi prometido na campanha eleitoral, o que não é algo que possa ser
considerado extraordinário nem excepcional, mas sim tão somente a comprovação
do dever em fiel cumprimento do que já estava programado perante os
brasileiros.
Por seu turno, compete a esses mesmos cidadãos, no âmbito do seu dever
cívico e patriótico, serem rigorosamente vigilantes com relação aos atos
desviados da finalidade pública, ou mais direto ao assunto, não permitindo que
o governo seja ineficiente na execução dos atos sob a sua incumbência, quanto
mais desidioso no cumprimento de suas promessas de campanha, onde somente
constavam metas em benefício da população e do país, não havendo qualquer
indicação de que ele pudesse cometer falhas contra o interesse público.
Eu gostaria muitíssimo que os brasileiros se conscientizassem sobre a
verdadeira incumbência dos governantes, que, em princípio, precisam seguir, com
muito rigor, a cartilha da administração pública, onde somente constam as
normas exigindo o fiel cumprimento da legalidade na realização de seus atos
como agentes públicos, sob pena de ser sancionados quando seus atos estiverem
em desconformidade com o ordenamento jurídico do país, em especial no que se
refere às normas aplicáveis à administração pública.
Fico muitíssimo agradecido com a preocupado do amigo sobre o meu
posicionamento, embora não veja motivo suficiente para tanto, esclarecendo que
venho sim observando fiel e efetivamente, e não tentando, o que o Executivo
anda realmente fazendo de ruim pelo Brasil, porque penso que assim presto
importantes serviços como cidadão muito cônscio sobre o meu dever e a minha
responsabilidade como brasileiro que verdadeiramente ama o Brasil e o seu povo.
Não acho que contribui para o interesse público se perceber a desgraça
que se abate sobre as cabeças da população, por causa da terrível pandemia, que
já dizimou mais de 215 mil vítimas, muito mais por notória incompetência
administrativa, conforme mostram os fatos, e simplesmente fechar os olhos para
tamanha desumanidade e considerar que seja normal monstruosa insensibilidade
aos sentimentos do ser humano.
Para o bem da minha consciência e certamente a da de muitos brasileiros
que desejam o melhor para o Brasil, não tenho, infelizmente, como pensar e agir
diferentemente como venho analisando os fatos do dia a dia, porque tenho a
maior satisfação em defender meus sentimentos de pura brasilidade, em coerência
com o que venho escrevendo ao longo dos tempos e em muitos governos, sempre
trilhando as mesmas linhas de críticas objetivas e claras, mostrando a
imperiosa necessidade de mudanças da gestão pública e dos rumos do governo,
para que os brasileiros possam ser mais felizes e sejam tratados com a
dignidade que eles tanto merecem.
Procuro jamais compactuar com atos que não estejam conforme o figurino
da satisfação do interesse público, embora reconhecendo que isso tem realmente
desagradado bons amigos, para quem digo que continuo tendo os mesmos respeito e
admiração por eles, porque sei perfeitamente que cada qual tem o direito de
pensar conforme a sua índole, que difere segundo a sua conveniência, o que é
absolutamente normal.
Finalmente, quero deixar bastante
claro que eu ficaria extremamente preocupado se o meu posicionamento fosse o de
observar somente o que o governo anda fazendo pelo Brasil, deixando de enxergar
e falar sobre as graves falhas que
grassam no país, em especial, em decorrência do combate à pandemia do
novo coronavírus, porque somente a alarmante quantidade de quase 220 mil
vítimas fatais dispensa comentários sobre a monstruosidade da incompetência no
seu controle, culminando com o desastre na condução da imunização.
Brasília, em 24 de janeiro de 2021
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